Capitulo 27

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*Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles.*

Quando Max falou que "nunca é uma noite tranquila quando todos do bando estão reunidos", eu não achei que a noite acabaria daquele jeito

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Quando Max falou que "nunca é uma noite tranquila quando todos do bando estão reunidos", eu não achei que a noite acabaria daquele jeito. Talvez bêbados, talvez arrumando alguma confusão, quem sabe até uma briga. Mas nunca pensei em assassinato!
Depois da ligação de Tanshi, nós descansamos no sofá, que por acaso era incrivelmente confortável. Quando comentei sobre isso, Max disse:
– Agradeça ao Ohm, eu passei um tempo sem conseguir ir para casa, por isso dormi muito no escritório. Ohm trocou os sofás de todos os escritórios que temos, por esses confortáveis. Agora é Krist quem os aproveita mais.
Ok, mais uma informação para a lista. Até agora eu sabia que Max teve uma ex chamada Siriporn, aparentemente ela era uma vadia total, que ele sofreu muito por um tempo, que ele perdeu alguém e, a nova descoberta, que não conseguia nem entrar na própria casa.
Eu tinha algumas teorias na minha cabeça a mais forte delas era terrível. Mas eu resolvi mudar de assunto e fingir que não entendi o que ele quis dizer, afinal quando ele decidisse que eu deveria saber, ele me contaria.
– Terminamos? – perguntei para Mew, depois que Lalisa e eu saímos da sala da tomografia, onde minha irmã tinha feito o exame. Tínhamos ido assim que amanheceu e minha irmã parecia um pouco grogue de remédios e sono.
– Sim – o alfa respondeu – os exames não deram nenhuma alteração, tudo o que sua irmã precisa é descansar.
– Isso eu concordo – Lalisa falou bocejando.
– Vamos te levar para a casa da Anong, ela tem um quarto te esperando lá – Max falou, mas minha irmã não se importou muito, só encostou a cabeça no meu ombro e dormiu.
– Achei que ela fosse ficar com a gente – eu falei para o meu alfa, que dirigia o carro.
– A Anong tem curso de enfermagem e uma das ajudantes que fica a noite é enfermeira. Pensei da sua irmã ficar lá essa noite caso precise de algo. E como vamos buscar Tanshi e as outras no aeroporto, Lalisa não ficará sozinha – Max respondeu – Se você não estiver no aeroporto quando elas desembarcarem, Samantha vai reclamar e Tanshi vai fazer da minha vida um inferno, porque ela não sabe dizer não para a Sammy.
– Ninguém aqui pode falar nada – Mew zombou. Ele e Max estavam nos bancos da frente, enquanto Lalisa e eu no de trás – Gulf pede uma coisa, que já volto com três. Tuly fala A e você já responde Amém.
– Exagerado – Max falou rindo.
– Você está dizendo Obrigado e Por Favor! E sem ser irônico – Mew se virou e continuou falando, enquanto Maxiin bufava – Sabia que seu alfa não era muito a favor de usar as "palavrinhas mágicas"? Para ele dizer um simples 'com licença', era quase o fim do mundo. Se ele agradecia por algo então, pronto, era sinal dos fins dos tempos.
– Você está me fazendo parecer um monstro – Max reclamou.
– Estou sendo sincero – Mew se defendeu – Teu alfa é quase um demônio em forma de anjinho. Esse rostinho bonitinho que amamos, esconde um ser obscuro e mal.
– Mew! – Maxiin disse em tom de aviso, mas eu via que ele também estava se divertindo. Eu já estava rindo faz tempo, mas tinha que me segurar para não acordar Lalisa.
– Cara, eu tenho que aproveitar o momento em que você não pode me bater, para jogar a real para o Tul.
– Eu tenho certeza que ele já está bem ciente sobre mim.
– Mas um lembrete nunca é demais. Então, Tuly...
– Tul –  Max corrigiu – Qual o problema de vocês em falar o nome dele corretamente?
– Ok, Tuly, sabia que para eu realmente ficar com Gulf, eu tive que lutar com Max? – Mew perguntou e eu fiquei confuso.
– Como assim? Achei que vocês estivessem juntos desde antes de conhecer o Max.
– Estávamos – Mew concordou – mas quando eu conheci o Gulf, ele tinha doze anos e eu dezessete e eu passei a cuidar dele, meninos que moravam na rua a história de sempre. Não aconteceu nada entre nós até três anos depois, mas aí já estávamos no bando e quando falei que Gulf e eu estávamos juntos. Max me fez provar que eu realmente gostava do meu ômega no ringue!
– Max – eu exclamei.
– O que? Gulf tinha quinze anos e Mew vinte. Era uma diferença de cinco anos e, nesse caso, era muita coisa. Além de que, para nós, você só é "maior de idade" com dezesseis, então eu precisava ter certeza que Mew realmente o amava, afinal eu meio que era o responsável pelo Gulf, pelo menos nessa situação.
– E o que aconteceu? – perguntei.
– Um nariz quebrado, lábio partido, uma contusão no ombro e a bênção do Max para o nosso relacionamento – Mew deu de ombros.
– Vocês são loucos! – eu falei – Completamente.
– Falou o ômega que deu uns tiros em um alfa nessa madrugada – Mew me provocou e eu ri – Aliás, Tuly quantos anos você tem?
– Vinte e três, por que?
– Seu cretino hipócrita! – Mew gritou para Max, que revirou os olhos – vocês também tem cinco anos de diferença!
– Situações completamente diferentes. Gulf era menor de idade naquela época e hoje o Tul é mais velho do você era quando que isso aconteceu – Max respondeu estacionando o carro – E se você quer que eu prove que amo o Tuly no ringue, eu aceito sem problemas. Você que vai me enfrentar?
– Viu o que eu falei – Mew disse se virando para mim – Demônio!
Tive que acordar Lalisa, tanto Max quanto Mew se ofereceram para leva-la no colo, mas não acho que seria bom para minha irmã se ela acordasse sendo carregada por um alfa, independente de quem fosse.
– Bom dia – Anong falou ao abrir a porta – tem café da manhã na cozinha, algumas crianças já foram para a escola e outras ainda nem acordaram. Eu vou levar os pequenos para a pré-escola e já volto.
– Mew! – Klahan veio correndo e pulou no colo do alfa
– Hey amigão – Mew o abraçou forte – porque você não está arrumado para ir para escola?
– Ela esqueceu de mandar minha mochila de escola, de novo – Kla deu de ombros, igual Gulf e Mew sempre fazem.
– Ah, ela esqueceu – Mew e Max se entre olharam, o alfa loiro não parecia feliz – Então que tal você passar o dia comigo, você pode dormir em casa e amanhã vamos na festa da Lin?
– Sim! – o pequeno alfinha comemorou
– Vou pegar minhas coisas – então ele saiu correndo, subindo para os quartos.
– Mew, eu ia te avisar – Anong falou – mas aqui é uma loucura de manhã.
– Tudo bem, nada disso é culpa sua – Mew falou – Quanto tempo Klahan está aqui?
– Chegou há duas noites, Sroy disse que traria o resto das coisas dele ontem pela manhã, mas não trouxe nada.
– Estou levando ele comigo, me avise quanto tempo vai demorar para ela perceber que Kla não está aqui – ele não parecia nada feliz.
– Certo – Anong concordou – Eu vou ir antes que as crianças se atrasem. Cambada, vamos! – ela gritou cinco crianças, de idade entre três e seis anos vieram, todos vestidos com roupas quentes e com suas mochilas. Uma delas veio até nós e parecia bem brava.
– Padrinhos – Law falou e eu me surpreendi por ter sido incluído – estou chateada com vocês.
– E por que? – Max perguntou desconfiado.
– Porque eu não estudo com a Lin – ela choramingou – Não é justo a Lin e a Lee estudarem na mesma escola e eu não! Eu quero estudar com elas! – Law começou a chorar e Max se ajoelhou, a abraçando.
– Tudo bem, me perdoe por isso. Você vai na escola hoje e se despeça de todo mundo, segunda feira você começa a estudar com a Lin e a Lee, tudo bem? – Law abraçou Max, Anong bateu na própria testa gemendo.
– Obrigada! – a pequena ômega limpou as lágrimas, depois me abraçou também e foi junto das outras crianças.
– Depois conversamos – Anong rosnou e saiu com as crianças dali.
– Suas manhãs são sempre assim, tão cheias de drama? – Lalisa me perguntou.
– Hoje até que foi um dia calmo – respondi.

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