Problemas Resolvidos

Briga (único)

    — Você não precisa de mim, mas pelo visto, precisa da porra da Mina — Bakugou esbravejou com tom de deboche, suas bochechas estavam rubras e completamente molhadas pelas lágrimas que escorriam pelo seu rosto, seus olhos semicerrados olhavam o rosto de Kirishima que demonstrava estar desesperado.

  — Katsuki, pelo amor de Deus. Me escuta, por favor. Eu e a Mina não temos nada e nunca vamos ter. E quem disse que eu não preciso de você? Por favor entenda que é você quem eu amo, Katsuki. Por que toda essa insegurança? — Kirishima tentava explicar, logo fez a pergunta que rodava em sua cabeça.

  — Porque você vive colado nela, você anda esquisito já faz mais de 2 semanas e eu recebi algo que só provou todas as minhas paranoias.

  — Como assim? O que você recebeu? — Kirishima pergunta confuso, tombando sua cabeça para o lado.

  — Se quer tanto saber, eu lhe mostro — Mostra uma foto de Kirishima e Mina se beijando.

  — Ela... Vadia... Esse beijo foi forçado! Ela me forçou. Por favor, meu bem, acredita em mim, igual eu acreditei em você quando a Mina falou que você estava me traindo com o Midoriya... — Kirishima parou para pensar um pouco, percebendo que a maioria das brigas do casal, principalmente as mais violentas e feias, eram por culpa de Mina.

  — E POR QUE DIABOS VOCÊ NÃO ME FALOU ISSO QUANDO ACONTECEU? E POR QUE CARALHOS VOCÊ TAVA COM A MÃO NA CINTURA DELA SE FOI UM BEIJO FORÇADO? — Katsuki gritava enquanto a sua respiração ficava ofegante pelo choro. Bakugou se sentia inseguro, com raiva e tristeza, eram tantas coisas rodando e enchendo sua mente, não sabia controlar isso.

  — Eu não achei necessário você saber, não tinha importância. Eu já disse que ela me forçou — Kirishima tentava se explicar, mas o ângulo da foto não o ajudava em nada. Realmente parecia que eles estavam mesmo se beijando.

  — Kirishima, sai daqui... — Bakugou apontou para a porta de sua casa.

  — Mas Katsuki- foi interrompido pelo loiro.

  — A partir de agora, para você é Bakugou. E eu já mandei sair!

  — Porra, Katsuki! Acredita em mim — Kirishima ainda tentava.

  — EU JÁ MANDEI VOCÊ SAIR! — Bakugou se sentia fraco, vulnerável, odiava se sentir assim.

  — Eu não vou, até você me ouvir e entender o que aconteceu. Se quiser provas de que eu não fiz isso, o Kaminari e a Jirou estavam conosco e viram tudo e eu pedi que não contassem, se quiser pode confirmar com eles, mas confia em mim.

  — Eiji... por favor, sai daqui — Katsuki pediu com a voz falha.

  Kirishima olhou os olhos de Katsuki, vendo o sofrimento do loiro, vendo o desespero de seu amado. Odiava o ver assim. Kirishima suspirou e beijou a cabeça de Bakugou, o surpreendendo.

  — Eu vou, mas juro meu amor por você que eu volto.

  Eijiro enfim saiu. Katsuki desabou de joelhos, mas não ficou lá por muito tempo. Bakugou logo depois foi para o banheiro, tomar um banho para tentar esfriar a cabeça.

  Esta briga não poderia ter vindo em hora pior para Katsuki. Primeiro, sua mãe disse que viria o visitar, mas aí vocês me perguntam: "Qual o problema nisso?". Bom, a mãe de Katsuki, Mitsuki Bakugou, era religiosa e bastante, podemos dizer, preconceituosa. Sendo assim, ela não sabia da sexualidade de seu primeiro e único filho.

  Ele esperava ao menos ter Eijiro ao seu lado nessa semana, sim, semana. A mãe de Katsuki ficaria uma semana na casa do filho. O trabalho também estava torrando a paciência que Katsuki não tinha. Ele recebeu as fotos de um número desconhecido no meio de seu expediente, nelas haviam Kirishima beijando Mina, está que era, ou pelo menos o que diziam para o loiro, melhores amigos desde a infância, como ele e Deku. Quando recebeu essas fotos, Katsuki faltou explodir. Pediu para sair mais cedo, para tirar satisfação com o namorado, e deu nisso que vocês acabaram de presenciar.