Colorir-te

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estava com brisa de escrever algo envolvendo cores desde que eu descobri que tenho sinestesia(meu cérebro assimila memórias emocionais e afins a sentidos), e esses dias, em uma aula de física, estávamos falando sobre as cores, o espectro visível delas e ondas eletromagnéticas e eu lembrei dos danthur e da pira que esse fandom tem com cores...

a playlist dessa fanfic está no external link, ou vcs podem procurar meu perfil no spotify, 3lucifr.

(notem que eu tentei organizar as músicas pela cor das capas, beeem temático)

não se esqueçam de comentar, favoritar, deixar kudos, votar, etc. se gostarem da história!! me ajuda e motiva muito(e confesso que adoro interagir com vocês também, me ajuda a saber o que mais eu posso escrever!!)

dito isso, boa leitura.

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Infravermelho, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta e ultravioleta(1/1).

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O céu estava um cinza desanimado, a casa estava um pouco vazia demais para uma sexta-feira, já que Agatha e Ivete trabalhavam na ordem sem parar. Arthur decidiu mandar mensagem para Dante. Bastou uma simples mensagem o chamando para sua casa para o loiro aparecer lá, em um pouco mais de meia hora. Cabelos loiros soltos, roupas confortáveis e bonitas adornando seu corpo tatuado, e uma sacola em suas mãos, junto a uma bengala com uma faixa verde em sua base.

A verdade era que Arthur estava intensamente apaixonado e viciado na companhia do loiro. Achou uma espécie de conforto tão grande perto dele, importantíssimo naquele momento de tanta dor em sua vida. Não que Dante fosse substituição para Joui ou César, mas alguém novo para se importar e cuidar.

O loiro tracejou a parede com as pontas de seus dedos pelo número da porta, com relevo em braille, até achar a campainha. Ele ouviu essa, por sua vez, soar pelo corredor, e logo depois viu o borrão marrom se distanciar, encontrando-se com um borrão bege, marrom e preto no lugar. O reconheceu como o Arthur, e sorriu.

- Oi, Arthur. Eu trouxe o chiclete que você gosta e aquele sorvete que você é apaixonado - disse, entrando na casa com cuidado, sentindo e vendo borrões da parede familiar pouquinho por pouquinho. Dobrou a bengala novamente e a deixou em cima de uma mesa próxima dele.

Dante não conseguiu reconhecer dentre o borrão de cores belas que Arthur tinha, mas ele estava usando uma camiseta que havia esquecido na sua casa, quando passou um tempo ali, se recuperando dos eventos que Kian trouxe.

- Obrigado! O que eu seria sem você? - Arthur riu, dando um abraço forte no mais alto, que se encheu de surpresa com o afeto repentino - Que bom que você conseguiu vir, esse céu já tava me contaminando com tanto desânimo.

- Entendo - Riu baixinho - Um dia tão monocromático, é bom estar perto de faces familiares.

Ele brincou, sorrindo, quando sentiu o pêlo macio da gatinha de Arthur passando por sua perna. Deixou a sacola em cima da mesa da cozinha.

- O quão borrado é? - Arthur se encostou contra o balcão, alcançando pela sacola, abrindo o chiclete Bident azul.

- Muito, parece que estou sempre vendo as coisas com um vidro embaçado na frente - Olhou ao seu redor, suas pupilas desaturadas - Pelo menos ainda vejo cores.

- Isso é bom. Quer um? - Estendeu sua mão para mostrá-lo o pacotinho de chicletes.

- Não, obrigado - Seguiu o borrão cinza para se sentar no sofá.

- Você acha que o paranormal vai conseguir reparar mais da sua visão?

- Pelos estudos que eu e Agatha tivemos, sim. Talvez será como aconteceu com minha miopia, lembra que eu usava óculos, antes?

Ultravioleta (Danthur)Onde histórias criam vida. Descubra agora