Capítulo 80 :

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Fui despertada com a boca de Arthur em um dos meus mamilos. Gemi de maneira preguiçosa ao mesmo tempo em que me sentia excitada. Os primeiros raios de sol atravessavam a janela clareando o quarto e eu abri as pernas de maneira involuntária sentindo os dedos longos de Arthur percorrerem até minha intimidade. Ele me estimulou e sem precisarmos dizer nada, fizemos amor de maneira lenta naquela primeira hora da manhã. Cheguei ao orgasmo arqueando o corpo e sorri sentindo os lábios dele roçando os meus com admiração. Sem perceber, peguei no sono novamente me aconchegando ao seu corpo forte, sentindo seu calor.

Acordei algum tempo depois com os raios de sol clareando o quarto e precisei piscar algumas vezes até finalmente conseguir manter os olhos abertos. Estiquei o corpo e passei a mão ao meu lado na cama para saber que Arthur já havia levantado. Suspirei e me sentei procurando meu robe que estava sobre a poltrona no canto do quarto. Bocejando, me levantei com calma e cobri meu corpo sentindo a seda deslizar pela minha pele em uma carícia suave e fui até o banheiro.

Quando saí, já recomposta, Arthur acabava de entrar no quarto vestido com apenas uma bermuda xadrez de cor marfim e listrar em tons de cinza, exibindo o torso musculoso e as tatuagens na lateral do seu corpo. Ele sorriu para mim com seus dentes perfeitos e se aproximou fazendo com que eu sentisse o delicioso perfume masculino que ele sempre usava. Envolvi meus braços em seu pescoço sentindo o beijo calmo em meus lábios e suas mãos possessivas em minha cintura.

Arthur: Bom dia, dormiu bem na sua primeira noite aqui no hotel?

Carla: Claro, tive que acordar duas vezes porque Malu chorou, mas estou acostumada.

Arthur: Já pedi o café, está pronto na varanda do hotel, e por falar em Malu, ela está acordada no berço.

Carla: E não chorou? — perguntei surpresa já que ela estava em um lugar diferente e poderia estranhar.

Arthur: Não, na verdade ela ia começar a chorar, mas eu a distraí.

Carla: Como? — olhei curiosa deslizando a ponta dos dedos em sua nuca.

Arthur: Peguei a boneca que você trouxe na mala. Não foi nada de muito extraordinário.

Carla: A boneca que você deu no aniversário dela. Malu adora. — deslizei meus dedos por entre seus cabelos — Parece que mesmo sem saber naquela época, você já tinha algo especial em relação a crianças que ultrapassava sua frustração.

Arthur: Eu só descobri isso graças a você.

Carla: E a você, meu amor.

Ele sorriu e novamente me deu um beijo, me conduzindo para a sala e soltando minha mão quando fui até o berço e peguei Malu no colo lhe dando um beijo no alto da cabeça. A levei para varanda comigo e me surpreendi com uma mamadeira rosa cheia de suco de laranja. Olhei para Arthur ainda mais impressionada com detalhes simples, mas que para mim fazia toda diferença, afinal, ele estava mesmo abrindo seu coração para aceitar que agora havia um bebê também em sua vida.

Carla: Você pensou em tudo. — sorri me sentando em uma das cadeiras que ele puxou para mim como um verdadeiro cavalheiro.

Arthur: Estou me esforçando. — acomodou-se de frente com movimentos calmos — Você tem uma filha, nós temos um relacionamento, eu quero que entre nós haja carinho, isso inclui aceitar Malu e cuidar dela também.

Carla: Sinceramente, Arthur. Eu fico muito contente ouvindo isso. Eu te amo muito e ver que você abriu seu coração para lidar com Malu, que está disposto a cuidar dela, me enche de emoção. — suspirei sentindo o nó se formando em minha garganta — Fico até sem palavras.

Arthur: Não precisa dizer nada, querida. — ele se inclinou um pouco, passando o braço por cima da mesa redonda e tocou meu rosto com carinho — Apenas seja minha, eu me encarrego de tudo. Agora quero que você aproveite bastante nossa viagem. Daqui a pouco vamos à praia.

Não estava sol, mas ainda sim o tempo estava abafado e ideal para uma volta na praia ou um banho de mar. Arthur vestiu uma camisa simples branca e eu coloquei um vestido florido por cima do meu biquíni rosa. Vesti um pequeno maiô com estampa da bandeira do Estados Unidos em Malu e fiz duas marias chiquinha em sua cabecinha um.

Saímos do hotel e em poucos passos já estávamos na praia

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Saímos do hotel e em poucos passos já estávamos na praia.

O vento jogava meus cabelos para o lado e eu coloquei Malu para caminhar na areia pela primeira vez. Ela ficou parada e eu a observei. Arthur estava com a mão em minha cintura me mantendo grudada ao seu corpo másculo e continuei em silêncio esperando que Malu esboçasse alguma reação. Ela começou a chorar e sacudir os pezinhos batendo-os na areia claramente irritada. Rapidamente, Arthur se abaixou e a pegou no colo deixando-a em seus braços enquanto ela continuava chorando.

Arthur: Acho que Malu não gostou muito da areia. — disse desviando o olhar para mim, mostrando-se confiante no que fazia e me deixando ainda mais orgulhosa e emocionada de vê-lo com minha filha no colo.

Carla: É a primeira vez, deve estar estranhando. Vou estender uma toalha na areia, quem sabe com o tempo ela fique curiosa e tente caminhar vendo que estamos com os pés na areia?

Arthur: Vamos esperar.

Coloquei uma toalha estendida sobre a areia e ele deixou Malu sentada. Enquanto isso, graças aos funcionários do hotel e ao fato de Arthur ser o dono do lugar, conseguimos duas cadeiras espreguiçadeiras que foram montadas para que pudéssemos relaxar. Acomodei-me logo ao lado de Malu que começou a brincar com um balde de praia rosa e uma pazinha amarela.

Carla: Aqui é o paraíso. — comentei me recostando e suspirando baixo.

Arthur: Só quero que descanse e pense em coisas boas, Carla. — ele esticou o braço em minha direção virando a palma para cima em um pedido silencioso para que eu segurasse sua mão, o que fiz de bom grado — Eu amo você, querida. Não sei quando isso começou, mas tive a certeza quando você me aceitou ao seu lado apesar do meu problema.

Carla: Já disse que não enxergo como um problema, Thur. Deus escreve certo por linhas tortas, é nisso que acredito. E eu acho que se você não pode ter filhos, existe um motivo que só Deus sabe por enquanto, mas um dia você vai entender com clareza e vai deixar de pensar nisso como um problema.

Arthur: Obrigado, querida. — senti que ele apertava um pouco mais a minha mão — Eu já superei muita coisa graças a você.

Carla: Tudo que faço é porque te amo, Arthur. – sorri e ele me devolveu aquele lindo sorriso de dentes perfeitos.

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