Prólogo

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04 de Agosto de 1899 - Cumberland Forest

Ele se apressava arrumando suas coisas no lombo de seu cavalo, enquanto olhava apressado para os lados perto de sua cabana, reafirmando de que não havia esquecido nada enquanto cantarolava em sua mente uma música que havia escutado uma bela moça do saloon da cidade cantar em sua apresentação há alguns dias, era a primeira vez que se via relaxar em alguns dias, sem aquelas insistentes enxaquecas que insistiam em atazanar sua vida
Enquanto buscava sua próxima bolsa que se encontrava em sua cabana olhava em volta do acampamento, aquela porra de acampamento que queria deixar o mais longe possível da sua vida por agora
Pensava nisso enquanto viu Luther McMahon passar correndo habitualmente atrás de seu cachorro Milton, toda manhã o animal corria da criança por não querer entrar no lago próximo junto a ele, normalmente ó ajudaria a pegá-lo, mas hoje sua mente está focada em outra coisa
Pensava isso enquanto pegava sua última bolsa e voltava ao ponto de partida para joga-las no lombo de seu cavalo

- Está tudo aí com você? - Perguntou Karen, sempre com seu longo vestido carmesim e seus cabelos castanhos encaracolados que sempre pareciam ter saído de uma dessas capas de revistas que você veria por ai, realmente uma bela moça - Não quero você vindo e voltando por aqui, pode revelar nosso esconderijo - disse a mulher com um tom seco em sua voz, quase como se tivesse algo entalado em sua garganta pronto para explodir no ruivo

- Não se preocupa, eu não quero trazer problema pra ninguém - O ruivo evitava contato visual com a mulher, não por medo dela em si, mas sim por medo de ver ódio em seus olhos azuis, pois mesmo não admitindo, no fundo de seu peito ele admirava a mulher

- Assim como não quis trazer problema ao seu filho? - O tom seco da mulher automaticamente se tornou ainda mais arrogante com leves pingos de raiva em seu tom de voz, bem inesperado de uma mulher de classe como ela
O ruivo no mesmo momento entra em choque, sentindo seu corpo dar um espasmo de desprezo e sentindo seu sangue começar a ferver em suas veias começarem a pulsar ele se controla para não simplesmente tirar sua arma do coldre que se encontra em sua calça e apontar para a cabeça da mulher, fazendo-a implorar por misericórdia

O ruivo decide apenas subir em seu cavalo após jogar o resto de suas bolsas em seu lombo e começar a cavalgar em direção oposta para seu acampamento, sem se despedir de nenhum de seus companheiros e muito menos considerar a possibilidade de olhar para trás, apenas seguindo em frente em sua viagem a caminho da cidade de Valentine
Em busca de ficar alguns dias longe de seus companheiros de gangue, apenas se hospedar no hotel mais próximo e resolver assuntos sobre sua vida
Sem correr o risco de alguém xingar todas suas futuras gerações por algo que fizesse errado

E dito e feito

06 de agosto de 1899 - cidade de Valentine

Após dois dias de uma longa viagem até a cidade mais próxima do seu antigo acampamento o ruivo finalmente havia chegado até ela
Aquela maldita cidade cheia de moças com seus vestidos longos e pesados e senhores com seus ternos fingindo ter toda riqueza do mundo
Logo desceu do lombo de seu cavalo, retirando suas bolsas e alguns pertences logo em seguida logo em seguida seguindo seu caminho para dentro da recepção do hotel, aonde uma moça que trabalhava em sua recepção aguardava pacientemente o próximo cliente

- bom dia - disse o ruivo acomodando sua bolsa ao chão de madeira bruta do local, pois estava muito cansado no momento para carrega-la, havia sido uma viagem longa - gostaria de um quarto por favor, se necessário pago agora - disse para a mulher enquanto ela se virava para pegar uma das chaves dos quartos que estavam livres

- bom dia - disse em um tom reconfortante para um homem que estava completamente cansado e sem dormir a quase 72 horas, era bom ouvir uma voz baixa, quase como um veludo em suas orelhas - aqui está, quarto 17 senhor, mas antes preciso saber seu nome para que poça anotar se o senhor nos pagou - disse ela em um tom compreensivo

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