Ela acorda, vai até lá, olha pra ela, segue seu dia.
Ela acorda, vai até lá, olha pra ela, segue seu dia.
Ela acorda, vai até lá, olha pra ela, segue seu dia.
Ela acorda, vai até lá, olha pra ela, segue seu dia.Os olhos vazios, sem vida, não expressão nada além de emoções forçadas. Ela está cansada.
Os dias tem sido desgastantes como sempre foram, mas o problema é que não existe quase nada para tirar de si.
Ela está indo embora, e ninguém ao seu redor parece notar.
Abigail sorri de maneira triste, ela simplesmente não consegue mais respirar.
Abigail passa alguns longos minutos com ela, abby lhe olha e derrama todo o amor e carinho que pode ter.As horas parecem demorar a passar, ela só quer ir para casa dormir.
Seus olhos ameaçam lhe trair, a visão turva se faz presente aos poucos e Abigail se sente fora de sua cabeça.
Seu corpo não parece certo, há algo errado, o corpo dela não parece ser dela então abby se sente fora do lugar.
As pessoas falam com ela, ela os responde de maneira monótona e nem sequer sabe o que está falando.
Mas as pessoas apenas concordam e nada parece errado para eles.
As vezes ela nem sequer os responde.
Sua voz não parece sua, ela não sabe aonde está."Quem sou eu?"
"Eu sei quem eu sou"Ela não sabe.
Algumas horas se passam, ela está de volta a si e ela simplesmente não se lembra do que ela fez.
Ela está no banheiro, seus braços estão feridos em listras sangrentas irregulares longas, seu rosto está machucado e suas unhas estão sujas de vermelho.
Ah, ela fez de novo.
A marca leve de sangue na parede indica o óbvio, Abigail adquiriu o horrível hábito de bater sua cabeça na parede enquanto estava dissociada de sua própria mente e também feria seus braços.As vezes ela precisa parar pra respirar um pouco e repetir a si mesma:
"Eu sou Abigail"
"Eu estou na escola"
"Eu sei quem eu sou"Mas as vezes ela não sabe.
Mas quando ela sabe quem ela é, as coisas também não são fáceis.
Sua cabeça barulhenta não lhe deixa em paz, os sentimentos ruins simplesmente não vão embora como ela deseja que fossem.
Ela se sente como a pior pessoa do mundo, ela não se sente bem o suficiente pra existir ou até mesmo digna de existir."Qualquer um é melhor que eu agora."
Depois de se despedir de todos ela vai embora pra casa.
Ela toma um banho e não se dá o trabalho de ver seus cadernos após isso, então ela se deita e tenta dormir; esperando o próximo dia difícil.E esse dia difícil chegaria logo se Abigail não tivesse lotado seu corpo com pílulas para dor e não tivesse cortado sua própria garganta antes de se deitar.
Ela engasga suavemente no mar vermelho que escorrega por sua garganta e lábios, mas isso não importa.
A dor não chega a lhe tomar como ela achava que faria, ela se sente muito dopada para sentir dor.
Ela sente o tecido embaixo de sua cabeça molhado, talvez ensopado seja melhor para descrever, os olhos dela pesam e enfraquecem.Abigail não tem tempo para segundas chances, ela não quer mais ficar e ela não pode ficar.
Ela esquece de tudo que lhe prende a existir, Abby sente como se estivesse flutuando na água do mar.
Ela move seu olhar fraco, a água que lhe carrega banhada em vermelho de seu próprio sangue. Se ela não estivesse morrendo, estaria preocupada por alucinar novamente.
Estaria preocupada por não saber a diferença do que era real e do que não era.Ela sorri suavemente, o sangue brilhando entre seus próprios dentes.
"Para minha doce querida que não é minha e nunca será, eu sinto muito."
Ela não acorda, ela não vai até lá, ela não olha pra ela, ela não segue seu dia.
Ela não acorda, ela não vai até lá, ela não olha pra ela, ela não segue seu dia.
Ela não acorda, ela não vai até lá, ela não olha pra ela, ela não segue seu dia.
Ela não acorda, ela não vai até lá, ela não olha pra ela, ela não segue seu dia.Abigail não existe mais.
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Abigail doesn't wake up.
General FictionEntão Abigail vai dormir, mas ela não está bem. [Essa história contém sangue e morte explícita]