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Emma Queen

Eu posso estar enlouquecendo? Posso.

Mas não aguentava mais, não poderia suportar, olhar para Emilly mais algum segundo sequer. Não suportaria ter que encarar aquele sorriso se formando perfeitamente em seus lábios, a ruborização em seu rosto a deixando adoravelmente como uma flor em plena primavera, seus cabelos soltos como a grama alta de uma floresta, quando bate um vento e elas se misturam e se conectam uma as outras, como os loiros fios de Emilly. Cada detalhe, cada movimento, sorriso, cada fala e expressão que ela fazia, me deixava mais atiçada para puxa-la para perto e me perder mais uma vez nela, me perder como no dia o qual nos trancamos naquele quarto de bar, e apenas de me tocar, fez com que eu perdesse todos os meus sentidos.

Era insuportável.

Não tinha escolha a não ser fazer com que ela parasse de sorrir perfeitamente por mim mesma. Ataquei seus lábios ferozmente, esquecendo qualquer probabilidade de alguém estar vendo. Apesar de ela me lembrar por um momento, sussurrando em meio ao nosso beijo, algo como:

- Emma, podem nos ver...

Depois disso, não houve mais nada de palavras. Pois me agarrei mais nela, e ela entendeu o recado: Eu não dou a mínima.

Então ela se agarrou a mim também. Obviamente também não ligando, apenas agindo pelo hábito da desconfiança.

Emily pousa suas mãos em meu pescoço, e depois as tira, então as leva para minha cintura, minha barriga, volta para a cintura, e desesperadamente move elas por todo meu corpo, não por não saber onde tocar, mas pelo desejo de tocar em todos os lugares.

Eu apenas mantenho minha mão em sua cintura, apertando-a mais a cada minuto que se passava, a cada vez que ela atritava sua língua à minha, tentando não desliza-las para mais baixo, e arrancar cada pedaço fino de tecido da Princesa. A vontade era tão grande, eu só queria me perder nela ali mesmo, em meio à todo aquele mato, em meio à toda aquela bagunça. E antes que eu mesma me toque, ela já levantou, me puxando para cima, e me arrastando para seja lá onde ela deseja me arrastar.

Por Deus, não importa, que essa mulher me leve para o inferno e volte, eu a seguirei em suas rotas apenas para senti-la mais uma vez fazendo de meu corpo alvo de suas ásperas mãos. Ásperas e delicadas, cada dedo seco por conta do costume ao frio da Inglaterra, mas tão leves e sucintas que voam como o vento por todo local em que toca.

E ela me voa com ela para mais adentro da floresta, me puxando à um local mais escuro, mais privado - com certeza mais sujo. - nem me toco, tudo que olho, é sua mão na minha, me direcionando por uma pequena trilha formada ao mato, olho para frente, Emily de costas para mim, nem sequer por um momento se vira para me encarar, apenas continua caminhando, suas loiras mechas ondulando com o vento da primavera.

Eu espero, com muito fervor e impaciência, ela me guiar até onde deseja. E quando me toco, estou entrando em uma cabana abandonada, o que tem dentro? Eu não sei. Pois assim que entro, minha jovem-loira me prende na primeira parede de madeira que avista, pousando aquela mão fria em minha pele descoberta do ombro, causando calafrios até onde não deveria. E não importa o que tem dentro depois disso, fecho meus olhos e me delicio novamente com os seus lábios capturando os meus.

Parece que eu ansiava por isso desde que chegara à Inglaterra, desde do meu primeiro suspiro, o toque de Emily, em todo meu corpo, em todo lugar, seu cheiro me encurralando e seu corpo se encostando ao meu de maneira tão excitante e explosiva que mexe com cada superfície minha. Suas mãos sobem e descem, por tudo, acariciando, descobrindo, tentando arrancar qualquer coisa que me cubra - o que era muita coisa.

Ela sabia que era muita coisa, apesar de não vestir a mesma absurda quantidade de tecido, seu vestido fino e longo, solto e raso, correndo em seu corpo como um véu, não tinha nada de pesado ou absurdo, mas eu não podia ver a hora de tira-lo. E era isso, podíamos não tirar nossas roupas, na verdade, nescessitavamos. Nescessitava ver Emily tanto quanto ela precisava sentir cada arrepio de minha pele. Sabíamos disso. Não precisavamos falar, estava claro no modo selvagem que ela levou suas mãos para minhas costas, e tirava com impaciência cada fio que pendia o corpete, ou como eu olhava com atenção para seu corpo, esperando com anseio a hora em que não haveria mais um véu lhe cobrindo.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora