CAPÍTULO ÚNICO

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Estacionei o meu carro e comecei minha caminhada rápida do estacionamento até o prédio do meu escritório esperando chegar a tempo, meu estômago roncando para me lembrar o quão urgente é minha situação. “Por que não usei o banheiro de casa?” Eu pensei, me xingando mentalmente por não planejar adequadamente com antecedência. Cada passo coloca mais pressão em meus intestinos... será que eu vou realmente vou conseguir?

“Seria mais fácil deixar pra lá” pensei enquanto a fralda entre minhas pernas parecia tão convidativa. "É para isso que elas servem,né?" Comecei a pensar, mas rapidamente me livrei dessa idéia. “Não, eu não sou um bebê, posso segurar até pelo menos chegar ao banheiro para ter um pouco de privacidade.” Mesmo que eu tenha usado fraldas nos últimos 3 anos, ainda tenho controle sobre isso... certo?

Finalmente chego ao prédio e abro a porta. Agora eu só tenho que chegar ao banheiro do lado oposto do corredor de onde estou... estou tão perto... eu definitivamente posso fazer isso! Comecei a acelerar, esperando pelo menos chegar a um banheiro para sujar as minhas fraldas. A essa altura estou desesperado, não tem como tirar as calças a tempo de usar o banheiro. Na realidade, não é mesmo uma opção.Usando fraldas 24 horas por dia, 7 dias por semana nos últimos anos, raramente tive a opção de usar o banheiro, sempre me vejo obrigado a usar minhas fraldas. “Então por que lutar contra isso?” Discuti comigo mesmo quando outra cãibra na barriga me fez fazer careta. Eu poderia simplesmente fazer aqui, não há ninguém nestes corredores pra me julgar.

"Não." Eu pensei.

Eu preciso provar a mim mesmo que eu ainda tinha o controle... Eu ainda tinha a escolha de onde e quando eu iria ao banheiro. Se eu não posso ir ao banheiro neste momento, então eu sou realmente aquele adulto que eu dizia ser? Finalmente a cãibra passou e comecei a acelerar para recuperar o tempo perdido. Eu mal estou me aguentando neste momento…

E então eu vi ela…

A porta do banheiro estava escancarada.Dava até pra ver as pias e os Boxes.

Eu estava tão perto! Com a esperança renovada, comecei a andar o mais rápido que pude em direção às portas, quase oscilando em uma corrida a todo vapor... me senti aliviado! Eu definitivamente vou conseguir agora, são apenas alguns metros...

Mas então…

Eu parei. "N-não..." Eu choraminguei quando meu corpo decidiu assumir o controle e com uma última cãibra eu me agachei involuntariamente,a poucos passos da porta do banheiro. Eu perdi... Comecei a grunhir baixinho enquanto empurrei uma pilha de côco para a minha fralda bem no meio do corredor. Senti minha fralda formando uma protuberância que meu jeans tentava conter. Acontece que o jeans não lhe dá tanto espaço para encher suas fraldas, fazendo com que eu tenha que me esforçar um pouco mais para tirar todo o meu lanche já digerido. Agachei-me um pouco mais fundo e grunhi um pouco mais alto, apenas esperando que isso faria com que eu terminasse mais rápido... Comecei a me preocupar com o fato de as pessoas começarem a vir para o trabalho e me encontrarem agachado e grunhindo... puxei um pouco mais... eu resmunguei uma última vez...e finalmente terminei...

Eu estava exausto e envergonhado. Eu não me mexi... eu podia sentir o peso da minha fralda no meu bumbum. Meu rosto estava vermelho... aqui estou eu, um adulto trabalhador que acabou de completar mais um ano, sem conseguir chegar ao banheiro a tempo. Crianças de 5 anos podiam fazer isso sem problemas… O cheiro começou a ficar mais aparente, acrescentando outra camada de humilhação… não há como esconder o que eu tinha acabado de fazer… eu fiz cocô em uma fralda… como qualquer outra criança de 2 anos que não sabe usar o penico... naquele momento eu me senti tão pequeno... tão infantil... eu me senti como um bebê... eu provavelmente não parecia tão diferente de um.

Comecei a me levantar lentamente. Meu jeans era meu inimigo e meu amigo, certificando-se de que minha fralda não caísse muito, mas também certificando-se de me lembrar do que eu tinha acabado de fazer. Senti o conteúdo da minha fralda se mexer a cada passo que me aproximava do banheiro.
Andando mais igual a um pinguim do que uma caminhada normal, enquanto eu me esforçava para minimizar os danos para facilitar a limpeza.

Eu não acho que vou me esquecer dessa memória por um longo tempo… e provavelmente vou usar fraldas por mais tempo do que isso…

Perdendo o ControleOnde histórias criam vida. Descubra agora