Não teve chuva de arroz, mas teve casamento.

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Agora em frente à igreja, Ace e Sabo, seguravam uma mochila e viam Luffy correr na direção oposta à que vieram. Ele parecia agitado, mais que o normal e, acima de tudo, parecia procurar algo como se sua vida dependesse disso.

— Certeza que o Luffy tá bem? — Ace parecia preocupado com o irmão, enquanto Sabo fingia estar calmo, para não deixar claro que todos estavam tão confusos quanto estavam, afinal precisavam de alguém calmo e sensato.

— Vai ficar tudo bem. — não saberia dizer se disse aquilo mais pra ace ou mais para si mesmo. Só respirou fundo e continuou encarando o seu caçula.

Luffy virava seu rosto para toda e qualquer direção, apressadamente procurando aquele maldito carro. Carro não, a limousine da noiva.

Agora ele tinha menos de trinta minutos para conseguir impedir aquele casamento.

[...]

— Cerca de um mês atrás;

Sabo caminhava tranquilo por seu quarto, pegava suas roupas favoritas e as mais bonitas que tinha também. Ele e Ace, seu irmão mais velho, tinham sido convidados por um palestrante de outra cidade para fazer passar um mês na cidade dele.

Sabo fazia jornalismo, enquanto Ace fazia Artes, ambos na mesma universidade, e agora Yamato, estudante de Direito, que tinha os convidado para passar um tempo na cidade dele, antes que ele mesmo pedisse transferência para cidade atual dos irmãos.

Yamato era um amigo de longa data dos três irmãos, mas como Luffy não fazia faculdade nenhuma e a desculpa dele era que haveria palestras interessantes, não fazia sentido levá-lo.

Sabo estava tranquilo em relação a deixar Luffy sozinho em casa, já Ace...

— Sabo! — berrou Ace, entrando no quarto pela décima vez no minuto. — Completa certeza que dá pra deixar o Luffy sozinho em casa por mais que alguns minutos?

— Sim — respondeu calmo enquanto dobrava uma de suas camisetas, uma azul escuro com estampa de nuvens. Ele adorava aquela. Sorriu, pensando em combinações de roupas às quais ficava um gato, como Luffy dizia.

— Tem certeza? — Ace agora estava deitado em cima de sua mala, fazendo um cara de cachorrinho pidão na direção de Sabo.

— Já discutimos isso — empurrou o irmão pra voltar a arrumar sua mala. — Com dinheiro e longe do fogão, o Luffy sobrevive sem a gente, agora vai terminar de dobrar suas roupas, Ace.

Sabo tinha razão sobre isso, Ace e o próprio Luffy sabiam disso, mas será mesmo que isso daria certo? Luffy sobreviveria sem eles?

[...]

Faziam vinte e cinco dias que os irmãos tinham ido encontrar e passar um tempo com Yamato na cidade vizinha. Vinte e cinco dias, quase um mês, que Luffy estava morando sozinho, fazendo nada mais que dormir, comer e cagar.

A famosa santa trindade de um preguiçoso. Justamente o que ele era.

Mas tinha um problema, e era grande, muito grande o problema. Fazia cerca de uma semana que o dinheiro tinha acabado e as últimas coisas que Luffy tinha comprado com os últimos centavos que tinha foi miojo.

Então sim, da forma mais dramática possível, Luffy estava vivendo de miojo. E das bolachas velhas da dispensa de casa. Arroz? Macarrão? Feijão? O quem sabe a carne no congelador? Era melhor nem mexer, não queria tocar fogo na casa.

Tudo certo por enquanto, ele ainda tinha uns 30 pacotes de miojo e podia ligar pra Sabo lhe dar dinheiro, certo? Não, porque Sabo não respondia faziam cinco dias.

As mensagens chegavam mas ele não via, e as ligações só tocavam, ele não atendia. Luffy choramingava pelos cantos da casa sem saber o que fazer, só pra então cozinhar outro miojo no microondas e ir dormir com fome ainda.

Operação: Roube o noivo!Onde histórias criam vida. Descubra agora