Um amor para sempre by CS Araujo (Completa até 31/01/2016)

Carol

Carol, era filha de uma família típica da classe média alta carioca, morava numa casa confortável, num dos bairros mais chics da cidade, seus Pais, eram Profissionais Liberais de renomes em suas respectivas carreiras, ele Advogado e ela Psicóloga.

Carol e seu irmão gêmeo Carlos, estudavam num Colégio tradicional, que ficava no mesmo bairro e que era administrado pela Igreja Católica.

Ela sempre fora uma menina tímida, porém muito decidida, determinada e estudiosa, adorava ler, era uma leitora contumaz e tinha uma clara preferência pelos romances, e adorava assistir a filmes baseados em livros que ela já tinha lido.

Desde pequena, que ela praticava ballet, mas ela gostava mesmo, era de dançar os novos estilos, tendo preferências pelas danças contemporâneas, sobretudo esses ritmos novos como o Hip Hop, dança de rua ou o Zuck.

Era justamente, quando dançava, que ela esquecia por completo sua timidez, e se transformava numa pessoa completamente diferente, mais confiante e solta e pronta para encarar, qualquer desafio que aparecesse na sua frente, e ela desejava muito conseguir trazer esse seu jeito de ser para o seu dia a dia.

E foi dançando, que ela acabou desenvolvendo uma inflamação no joelho, que a obrigou a frequentar uma academia de musculação, para fazer um trabalho especifico de reforço da musculatura, tomando o cuidado de não os fortalecer demais, a ponto de atrapalhar seu desempenho como dançarina.

Normalmente, ela preferia ir para a academia por volta das 15 horas, que é antes do horário de pico, pois assim, além de dar tempo, dela ir para a sua aula de dança com calma, tinha a vantagem, de sair antes daquele monte de rapazes, que frequentavam a academia, apenas com o intuito de ficar paquerando as meninas chegassem para malharem, muitas vezes, essas paqueras beiravam o assédio, tal era insistência da parte deles, sempre se oferecendo, para ajudá-la para depois tentarem convida-la para sair, ela detestava esses ratos de academia.

Assim que ela chegou, foi direto para a esteira, e logo percebeu, que hoje ela teria companhia, pois um daqueles paqueradores de plantão, tinha acabado de chegar e não tirava os olhos dela. - Será que esses papas anjos, não se tocam que eu não quero nada com nenhum deles. Pensou enquanto corria na esteira.

Depois de 30 minutos de esteira, ela foi fazer a sua série, e no momento, que estava fazendo exercícios para fortalecimento da musculatura das pernas, teve aquela sensação de que estava sendo observada, e pensou, que deveria ser um daqueles ratos de academia e sequer olhou para trás, até que sentiu que alguém se aproximava dela, pelo seu lado esquerdo, e quando ela virou para olhar para a pessoa de cara feia, já na tentativa de deixar claro, que ela não estava a fim de ser assediada ou tão pouco disponível para ficar jogando conversa fora, mas, quando ela se virou e deu de cara com o amor da sua vida, andando em sua direção com aquele sorriso lindo e sexy estampado em seu rosto, e já lhe cumprimentando, ela gelou, e ficou paralisada apenas observando ele se aproximar de onde ela estava se exercitando.

De fato, ela não esperava, encontra-lo antes do primeiro dia de aula, que seria daqui a três dias, então a presença dele ali, em plena sexta-feira, acabou por lhe surpreender, a ponto de deixa-la sem ação, e ela demorou a responder ao seu cumprimento, eram tantos pensamentos passando por sua cabeça naquele momento, tipo: - Quando ele voltou de viagem? Por que, a Diana não me contou, que ele já estava na cidade? E desde quando, que ele malha na mesma academia que eu? Eram tantas as dúvidas na sua mente, que foi até difícil, de formular uma simples frase, que o máximo que ela conseguiu responder, a maneira que ele disse pausadamente o seu nome, foi falar um simples. - Oi! Alex. E mesmo assim, sem conseguir sequer esconder, a sua cara de surpresa.

Quando ele fez, a segunda pergunta, ainda atormentada com sua inesperada presença, e tentando em vão acalmar seu coração, que teimava em bater mais rápido e forte do que a bateria de uma escola de samba, que quando, ela foi lhe responder, acabou por fazê-lo de forma ríspida. - Alex me desculpa não queria ser ríspida com você, só estou muito nervosa com sua súbita presença. Pensara, logo assim, que respondera de forma atravessada a pergunta dele.

Mas, como não tem como mandar retroceder, as palavras que foram ditas e tão pouco voltar no tempo, ela o viu, aos poucos se afastar de onde ela estava, e começar a fazer a sua série, num aparelho longe dela.

Ela ficou ali tentando fazer a sua série, mas, ela já não estava mais conseguindo, sequer fazer o exercício de forma correta, pois, não parava de pensar nele, e na maneira que acabara de trata-lo, e por mais que tentasse evitar, seus olhos pareciam ter tomado vida própria, e insistiam, em percorrer todo o seu corpo, admirando cada detalhe daquela linda escultura de Apolo, de tão belo, era isso que ele parecia uma versão em carne e osso da perfeição física do Deus da Beleza.

Ela ficou tão sem graça, por ter lhe tratado mal, que ela precisava, desesperadamente sair de perto dele, e o jeito foi desistir da malhação e deixar para complementar a sua série, em outro dia, e para ele, não ficar achando que ela estava com raiva ou magoada, ela tomou o cuidado de acenar para ele, na hora que estava indo embora.