Ela

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O relógio badalava meia noite uma chuva torrencial tomava conta do pequeno vilarejo o vento estava muito forte e cortava como facas, o barulho da chuva batendo no vidro dava a ilusão de que eles estava quebrando. Em uma pequena casinha não muito longe da igreja central estavam Gisele e sua neta Christina bem agasalhadas e sentadas em volta do fogo que esquentava a sopa no enorme caldeirão estava tarde para o jantar...


-Lembre-se Christina, não importa o quão assustadora possa parecer uma tempestade na madrugada o dia sempre vai vir

-Sim vovó, a senhora sempre me diz isso


Realmente Gisele sempre falava isso a neta, era uma forma de acalma-la quando as noites de trovoadas eram longas e seguidas.


-Muito bem - Ela falava dando pequenas pausas - tome sua sopa.

-Obrigada


Christina ficava apenas olhando para a comida

-Vamos coma - Ordenava sua avó - O que há de errado ? Não está com fome criança ?

-Vovó - Christina falou num tom de baixo - A senhora acredita em vampiros ?

-Vampiros ? - Gisele soltou uma gargalhada - A essa imaginação de hoje em dia, vampiros não existem menina, isso é coisa que os mais velhos como eu inventam para assustar crianças como vocês. - Ela estava com um olhar sério - Agora coma


Gisele ficou curiosa sobre a pergunta da neta, e assim que amanheceu ela correu a questiona-la o porquê da pergunta tão fora do comum na noite anterior


-Venha Cá Christina, onde você ouviu sobre vampiros ?

-Eu não ouvi, tive um sonho com um monstro que mordia pescoços e transformava as pessoas em iguais a ele.

-Você sonhou com isso ?

-Sim vovó, Amanda me disse que o nome desses monstros eram vampiros

-Quem é Amanda ? - Gisele falou com uma expressão assustada.

-É uma amiga vovó.


Naquela tarde Gisele comprou muitos dentes de alhos e muita água benta, ela temia que Amanda fosse realmente Amanda.

Espalhou pela casa vários cordões e espelhos e com muita dificuldade jogou a agua benta ao redor de toda a pequena casa, esperava que não chovesse essa noite até conseguir um lugar para morar mais perto da igreja.

Para o azar de Gisele, mas uma vez uma chuva torrencial tomou conta do vilarejo e foi assim por longos seis dias. Até que numa madrugada se ouve na porta: - toc toc


Gisele se levanta e questionando as horas coloca suas pantufas e vai até a porta, um relâmpago brilha sobre a porta e vê se a sombra de uma mulher pelo vidro, quando finalmente Gisele abre a porta lá esta, parada e toda molhada uma deslumbrante jovem de longos cabelos negros e um olhar penetrante da cor do mel, ela se apresentou:


-Olá

OláOnde histórias criam vida. Descubra agora