The Beginning

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Qual é o seu conceito de Inferno ? Muitas crenças tentam dar o seu ponto de vista sobre esse lugar, mas na verdade, o tal "lugar de sofrimento eterno" não passa de um reflexo do mundo humano. Ele é dividido nos 9 Círculos ou Anéis que Dante relata na Divina Comédia e cada uma tem sua própria civilização.

  Todas as civilizações tem leis e regras a seguir, e no Inferno não é diferente. Quem não consegue se comportar em sociedade é levado para para os Centros de Contenção de Indivíduos espalhados por todos os círculos infernais. Esses lugares são os C.C.I, ou popularmente chamados de Prisões.

  Em uma Prisão localizada no Anel da Luxúria, dentre os corredores altamente vigiados e passando por revistas corporais, um homem era levado para sua cela acompanhado por dois guardas ou carcereiros.

  O homem em questão era Aluísio Castiel, considerado a cabeça mais procurada no Anel que nasceu. Já participou e criou várias brigas e confrontos em boates, restaurantes, na rua e até em becos. Na época desses incidentes, ele foi responsável por exterminar 10% dos Inccubus e Succubus do Anel da Inveja.

  Desde o momento em que foi capturado até sua chegada na prisão, ele não tinha falado nada, mas quando ele ficou frente-a-frente a sua cela, ele olhou para um dos carcereiro e dá um pequeno sorriso:

Aluísio(A): Como é a comida daqui ? Soube que eles servem merda numa telha.

??? : Não vamos estragar a surpresa Novato, melhor já se acostumar com sua nova casa.  – O carcereiro abre as grades e convida o prisioneiro a entrar.

A: Hm, confortável.  – Era uma cela simples com uma cama e uma privada, tudo que um homem precisava.

??? : O Superior vai vir aqui para te mostrar a prisão, enquanto isso, vê se não faz nenhuma merda.  – Os dois dão vista grossa ao Aluísio e vão embora.

A: Amigável pra caralho. . .  – Como forma de retribuição a vista grossa, ele murmura e se joga na cama, a viagem foi longa e ele queria dar uma pausa.


* Algumas horas depois *


??? : Acorda seu pedaço de merda !  – Um grito acompanhado de um porrada nas grades acordam o Aluísio, que coloca a cabeça pra fora do cobertor pra ver quem era.

A: Mas que caralho. . . Só mais 5 minutos. . .   – Ele esconde a cabeça na coberta de novo, que nem um adolescente.

???: Sério que vou ter que usar a força pra te acordar ? – O carcereiro fala num tom desafiador. A: Adoraria ver você tentar !  – Ele até dá um pulo da cama e entra na posição de luta, estalando os dedos e se preparando.

???: Ah é ? Então melhor se preparar. . !  – Antes de partir pra cima, o carcereiro esquelético reconhece o Aluísio de algum lugar. – Tira esse cabelão da cara.

A: Porra, valeu por me lembrar, essa merda tá grande pra caralho.  – Ele carregava um longo cabelo até metade das costas, e a pedido do carcereiro, ele amarra o cabelo pra trás e mostra o seu rostinho lindo.

??? : Puta merda, então você veio parar aqui Aluísio ? Você também recebeu uma dispensa honrosa ?  – O carcereiro faz umas perguntas, como se já conhecesse o Aluísio.

A: Dispensa honrosa ? Quem caralhos é você ?!  – Ele exigia respostas e partiu para a principal.

Oliveira(O): Oliveira, não tá lembrado ? A gente trabalhou na P.S.C.I antes do Yuki virar o chefe.

  Agora tudo estava claro, o carcereiro esquelético e o prisoneiro cabeludo trabalhavam juntos na tal P.S.C.I. Uma organização do submundo do Inferno que passou por algumas mudanças na gerência.

A: Então não foi só eu que aquele vampiro escroto jogo pra fora de campo, que parada é essa de "dispensa honrosa" ?   - Ele encosta nas barras já que não entendeu bem essa parte.

O: O Yuki me deu essa tal de dispensa honrosa, eu não entendi muito bem, só sei que ele me garantiu uma vaga aqui, e aqui estou.

A: Aquele puto não tinha moral nenhuma pra te tirar da linha de frente Tenente ! Você sempre foi um ótimo cavalo nessa partida de xadrez.   – Isso era pra ser um elogio na língua do Aluísio.

O: Ah, assim eu fico até envergonhado Haha !   – E o carcereiro seguiu o fluxo, brincando com o prisioneiro.

A: Mas tenho que admitir que você tá bem diferente, seu crânio geralmente ficava pegando fogo toda hora.  – Agora que ele notou que o crânio do Oliveira estava preto igual carvão.

O: Por medidas de segurança e pra não ativar os detectores de fumaça, eles pediram pra eu ficar assim, ridículo né ?

A: Não sabia que você ainda tinha crânio, achei que ele já tinha virado fumaça ! Hahaha !  – Os dois acabam rindo das merdas ditas pelo Aluísio.

  Os dois riam e se divertiam um pouco, até que as risadas acabam depois de uma sirene começar a tocar por toda a instalação, geralmente sirenes tocando em prisões não é sinal de coisa boa. Enquando os dois olhavam em volta, um prisioneiro reconhecido pela roupa laranja que vestia esbarra no Oliveira, e antes mesmo dele ter uma reação, vários outros carcereiros esbarram no esqueletão, que fica até zonzo:

???: Vamos lá Phone Freak, não torna o nosso trabalho difícil.  – Um dos carcereiros que cercaram esse prisioneiro diz, dando um sinal para seus companheiros mirarem suas armas angelicais na direção desse prisioneiro.

Sam(A): Pela última vez é Sam ! Já tô cheio dessa merda de apelido !  – O tal do Sam estava numa sinuca de bico, enculado de todos os lados e sem alternativa de fuga.

???: Nós sabemos que você ama esse apelido esquisitão ! Não é verdade rapazes ?  – Todos eles junto do que estava falando começam a ir e zombar da cara dele, e isso não o deixa nada feliz.

S: Ah é ? Vamos ver se vocês vão gostar ficar no escuro um pouquinho seus porcos de merda !  – Ele olha para o lado e vê uma câmera de segurança e estende sua mão para ela, soltando uma corrente elétrica do braço que "infecta" a câmera.

A: Ei fedelho, o que caralhos você pensa que tá faz. . .  – Antes mesmo do Aluísio concluir sua frase, a prisão toda fica escura, rolou a pior coisa que poderia rolar numa prisão: Um queda de luz.


* End Chapter *

A New Life for Us in a PrisionOnde histórias criam vida. Descubra agora