Me chamo Lia Smith; pele clara, olhos verdes, magra, 1,57 de altura, cabelos longos e pretos. Tenho 16 anos e moro com meu pai. Minha mãe morreu quando eu era muito pequena em um acidente de carro: até hoje meu pai se culpa por isso, mas eu tento evitar tocar no assunto.
Bem, chega de falar de mim.Chego da escola e encontro alguém deitado no sofá da minha casa! Dou um pulo na cozinha, pego uma frigideira e volto pra sala; vou devagarinho e taco a frigideira na cabeça do indivíduo...
- Você ficou maluca?
- Quem é você e o que está fazendo na minha casa?
- Prazer gatinha, me chamo Jonas Wallace, tenho 18 anos.
- O que está fazendo na minha casa?
-Sua casa? Nossa casa, né querida? Não ficou sabendo?
- Sabendo do que?!
- Seu pai deve ter esquecido de te contar. Somos irmãos...
- Olha engraçadinho, eu não sei que droga você tomou mas eu não sou sua irmã e quero você fora da minha casa agora!
- Seu pai casou com a minha mãe e mandou a gente dividir a casa, gatinha.
- Sai da minha casa!
- Essa casa é minha também, maluca.
De repente abrem a porta de casa. Quem chegou? Era meu pai com uma mulher loira, magra dos olhos castanhos.
- Oi filha! Tudo bom?
- Quem é essa mulher e porque esse garoto está na nossa casa?!
- Bom dia pra você também, minha filha. É uma longa história, filha.
Meu pai se chamava Chaudio Donat Smith, um homem de uns 40 anos, magro, alto, cabelo liso e preto. Ele adorava viajar; nunca parava em casa. Ele tinha acabado de chegar de uma viagem de trabalho e chegou acompanhado por aquela mulher loira que eu ainda não conhecia.
- Filha, desculpa. Com essa correria toda acabei esquecendo de te apresentar. Essa é a Lorena, minha esposa; sua madrasta agora.
Dou um pulo do sofá, revoltada.
- Espera aí! Como assim minha madrasta?! Pai, que história é essa?
- Filha, por favor, não faz drama. Casei com ela na Califórnia.
- Pensei que você tivesse ido para trabalhar e não para voltar casado.
- Pois é, filha. Aconteceu.
- Ok. Está explicado... Mas quem é aquele pirralho no sofá da sala?
Sentado com os pés encima da mesinha, cinicamente o pirralho responde.
- Ô guria, me respeita! Sou maior de idade.
- Fala isso para o seu pênis, que tenho certeza que ainda não cresceu.
Riu cinicamente e se aproximou de mim.
- Você quer ver, guria?
- Chega vocês dois. Filha, por favor respeite o seu meio irmão. Por favor.
- Ele não é meu "meio irmão" e eu não vou respeita-lo.
Fiquei com tanta raiva que virei as costas e fui para o meu quarto.
- Ela é sempre assim? - Perguntou o Jonas, ainda com o sorriso cínico no rosto.
Ouço a porta do meu quarto abrir; era ele.
- Ei! Qual é? Por que você não bate na porta antes de entrar?
- Desculpa, pensei que esse fosse meu quarto...