De uma hora para outra, as luzes se apagaram numa espécie de blackout, alguns guardas como o Oliveira olhavam para tudo quanto é lado, confusos com a situação atual, enquanto o prisoneiro baixinho ria, se vangloriando.
???: Eu já conheço esse seu truque Phone Freak, rapazes ! Mantenham a compostura e não se deixem levar pelos truques desse fedelho. – O superior daquela tropa não ficou impressionado com a queda de luz, ele ainda se mantia intacto e sério.
S: Conhece mesmo Lawrence ? Então dá uma sugada aqui no meu Tazer ! – Logo após concluir sua frase, garoto estende seu braço esquerdo e aponta seu indicador e dedo do meio para frente.
Após tal ato, faíscas esverdeadas apareciam aos poucos em todo seu braço e descendo até a ponta de seus dedos, e depois de concentrar boa parte da eletricidade de tinha, ele atira duas rajadas dos dedos na direção dos guardas que o cercavam. A boa notícia é que a maioria deles foram acertados e derrotados, a má é que o tal Lawrence ainda estava de pé, a raja tinha sim o acertado mas não tido dado o efeito.
S: Então. . .tá em cho- Mas o quê ?! – Ele fica surpreso ao ver que seu alvo primário não desacordou com a rajada.
Lawrence(L): O que foi fedelho. . .? Tá em choque é ? – O último guarda restante da trupe encara o prisioneiro, era como um predador encarando sua presa.
S: Epa ! Tu roubou minha frase Lawrence, tá me devendo 300 pratas por direito autoral !
L: Me poupe de sua conversinha Phone Freak, você ainda tem a chance de se render e ficar só 1 semana na solitária. – Ele dá um passo a frente e mira seu rifle na cabeça do garoto encuralado.
S: Aí merda. . .aonde tá o plano B quando a gente precisa. .. ? – Parece que aquela auto-estima de Sam desceu pelo ralo, ele fecha os olhos e espera o pior acontecer.
O: É. . .poderia me explicar o que tá rolando ? – Ah é né, o Oliveira e o Aluísio estavam perdidassos nessa treta toda.
L: Hm ? Por acaso você é lerdo ? Ele é um prisioneiro e seu trabalho é conter ele. . .simples assim. – O guarda mais experiente nova o novato e se distrai por um momento.
S: Eita, agora é minha chance ! – O garoto aproveita a oportunidade e vaza dali, virando a primeira esquina dos corredores e sumindo de vista.
Ao ver seu prisioneiro fugir por baixo de seu próprio nariz, Lawrence joga todo seu ódio pra cima do superior:
L: V-Você por acaso sabe o que fez ?! Agora o puto fugiu e é tudo sua culpa ! – O cara só faltava saliar de tanto ódio que estava sentindo.
O: Olha aqui rapaz, eu sou o seu superior e exigo um pouco mais de respeito ! – Ele usa sua autoridade pra repreender o rapaz, só que claro que ele passa por cima disso e continua nervoso.
L: Superior ?! Você nem entende como essa merda de prisão funciona ! Você só tá aqui pra preencher vaga do outro que morreu semana passada no último motim, é melhor você começar a aprender algumas coisas "novato". – Ele dá até uma empurrada no ombro de Oliveira como forma de ameaça, e eles ficam trocando maus olhares por um tempo.
A: Eu não queria atrapalhar o romance de vocês mas. . .vocês estão ouvindo isso ? – Aluísio que só tava observando aquela situação toda, consegue ouvir de longe alguma coisa.
Enquanto os dois carcereiros estavam se mordendo, o prisioneiro escuta com mais atenção o que chamava sua atenção, eram gritos que cada segundo ficavam mais altos e próximos, até que por um momento, eles são silenciados e de repente, a luz volta.
O: Hm ? Parece que as luzes voltaram. . . – Ele nota as luzes voltando e se distrai com elas.
L: Heh. . .parece que o pessoal do subsolo conseguiu dar um jeito no gerador dessa Ala. . .agora chega de distrações, precisamos ir atrás daquele pentelho que fugiu. – O carcereiro mais experiente pega no pulso do novato e puxa, querendo seguir o rastro de fuga do Sam.
Antes que os dois pudessem dar seus primeiros passos na busca, eles notam que tudo não passava de um plano bem arquitetado. Sam estava no final do corredor com diversos presos armados com armas brancas e até algumas de fogo, todos eram mal-intencionados e olhavam com ódio para os dois únicos carcereiros ali.
S: Estava me procurando Lawrence ? Porque você não vem aqui me pegar ? Hahahah ! – O baixinho começa a gargalhar e todos os prisioneiros que o acompanhava riem da mesma forma.
L: V-Você. . .seu merdinha ! Então você organizou outro motim ? Pra quê agora ?! – Parece que ver aqueles prisioneiros mal-encarados o deixou apreensivo e nervoso.
O: Espera, eles realmente organizaram um motim ?! Nessa prisão não existe respeito ?! – Ele estava tão impressionado com a audácia dos presos, novato é novato.
S: Você é o Superior Oliveira né ? Rapazes, vocês já sabem em quem focar – Sam diz e aponta para Oliveira, fazendo todos os presos brilharem os olhos para ele.
O: Mas que merda. . .o que fazemos agora Lawrence ? – Ele nota que sua cabeça agora estava a prêmio e também fica nervoso.
L: E o que você acha que temos que fazer ? Vamos acabar com todos esses infelizes ! – Mesmo com um pé atrás, ele não recua em serviço e mira o rifle naquela multidão.
O: Ok, parece ser um bom plano. – Ele estala seus dedos e seu crânio entra em combustão, dando lugar a uma chama eterna alaranjada.
S: Vocês ouviram seus degenerados, vamos cair em cima deles ! – Sam vê os guardas se preparando e demanda seus homens irem com tudo.
??: Do que você chamou a gente baixinho ?! – Um dos prisioneiros nota do que foi chamado e todos os outros olham torto para o mini-líder.
S: É. . .só vamos a luta ! – Ele fica sem jeito com todo mundo o olhando daquela forma e tenta contornar a situação.
Todos decidem relevar sobre o que Sam disse e avançam com tudo pra cima dos dois guardinhas, que claro que começaram a briga na desvantagem, já ficando encurralados naquele corredor. A situação começou com uma simples queda de luz, e agora virou um motim generalizado.
A: Mas que caralho. . .? – Aluísio via aquilo totalmente confuso, sem saber o que fazer.O: Melhor você nem entrar na briga Aluísio, fique quieto bem aí ! – O carcereiro flamejante usa uma parcela do seu poder, soltando fogo das mãos e transformando alguns presos em churrasco.
A: Tá bom né, vou ficar quietinho aqui. – Aluísio nem queria se meter nessa zona toda, ele sente na cama e pega uma revista pra ler.
A briga entre os dois carcereiros e uma porrada de prisioneiros continuava a todo vapor, Oliveira e Lawrence estavam dando seu melhor para abaterem o máximo de condenados que viam, mas sua situação estava começando a apertar. Quando mais inimigos eram abatidos, mais deles apareciam, como se eles tivessem se multiplicando ! E entre tiro, porrada e bomba...Aluísio estava desfrutando de um cátalogo de jardinagem.
A: Talvez eu tente plantar uma laranjeira quando sair daqui. . . – Ele começa a se imaginar sendo um jardineiro, seria algo bem engraçado.
Enquanto ele se imaginava plantando árvores e flores, um pequeno barulhinho dentro de sua cela começa ao incomodar, mesmo no lado de fora rolando uma gritaria desgovernada, ele conseguia distingir o som dessa putaria rolando e desse barulhinho.
Aluísio então se levanta da cama e olha para a parede que era a origem desse barulhinho, era um barulho de alguma coisa batendo em algo sólido, como se alguém estivesse escavando por dentro da parede, quando ele se aproxima da parede para ouvir melhor, a privada da sua cela é empurrada pra frente e um pequeno diabrete sai de lá:
??: Rapaz, será que eu acertei a cela agora ? – Era um prisoneiro baixinho como geralmente são os diabretes, ele tava segurando uma colher torta e olhou para Aluísio de cima.
A: Então os prisioneiros realmente cavam túneis usando colheres ? – Aluísio nota a colher torta só achando aquilo curioso, e não o fato de um invasor aparecer na sua cela.
??: Geralmente a gente cava com as mãos, a colher serve como uma ajuda extra.
A: Entendi, e porque você tá aqui ? – Agora coloca uma das mãos na cintura e questiona o diabrete, finalmente né ?
??: Primeiro você responde minha pergunta, você é o Aluísio Castiel que foi preso hoje, tem 1,90m e foi responsável por matar 10% dos Succubus e Inccubus do Anel da Luxúria ? – O pequeno tira a poeira do seu uniforme e cospe vários fatos sobre o protagonista.
A: Sim, mal cheguei e já estou famoso hein. – Ele cruza os braços se sentindo importante por um momento.
??: É, você tá tão famoso aqui que o Monarch me mandou vir aqui pra te apresentar a ele.
A: "Monarch" ? Quem caralhos é esse ? – Aluísio ouve o que o diabrete diz e ergue uma das sobrancelhas, confuso.
??: Uma pessoa bem importante aqui na cadeia, ele quer te ver agora e você não tem opção.
A: Aposto que é um fã lunático meu...aonde ele tá ? – Aluísio aceita sem ter muita escolha.
??: Só precisa me seguir ! – O diabrete se esgueira pra dentro do buraco que saiu.
A: Hãã. . .como que eu posso entrar nesse buraquinho ? – Claramente, o buraco era de tamanho único, pequeno demais para o tamanho do Aluísio.
??: Ah, dá seu jeito aí cara ! – Ele liga o foda-se e vai na frente.
A: Ah eu mereço. . . – Aluísio suspira de decepção e dá seu jeito para entrar naquela túnel.
* Após Aluísio fazer um cosplay de rato... *
Os dois saem no outro lado do túnel e aparecem uma enorme sala escura sem iluminação nenhuma, era estranho encontrar um cenário meio assustador numa prisão e principalmente enquanto estava rolando um motim no outro lado das parede, e isso levanta um questionamento a Aluísio:
A: Onde nós estamos exatamente ? A prisão virou uma casa mal-assombrada ? – Ele pergunta e adiciona um fato que só via em livros e filmes de terror.
??: Ué, essa aqui é a cela do Monarch. . .porque tá tudo apagado ? Será que não está tudo escuro e eu sou cego ?! – O diabrete acaba exagerando e se exaltando.
A: Claro que não, sossega o rabo aí baixinho. . .precisamos achar algum interruptor ou- – Antes que concluísse sua frase, uma terceira voz toma espaço.
??: Alguém por acaso citou o meu nome ?! – Após a alta voz se manifestar, as luzes do teto começaram a se acender, uma a uma.
A última luz acesa acaba iluminando uma figura, um ser sentado numa espécie de trono dourado com vários degraus se levanta e começa a descer esses mesmos degraus, aquela pessoa usava uma coroa dourada com várias jóias, um óculos escuros com aros amarelados e um longo manto estufado no pescoço e descendo até o chão, realmente parecia alguém da realeza.
??: Então é você que me chamou. . .procura alguém da realeza ? Acabou de encontrar. . . – A figura vai descendo calmamente cada degrau e ergue uma das mãos, mostrando os dedos cheios de anéis brilhantes.
A: Então...você é o tal Monarch. . .o cara que estava me procurando. – Aluísio se impressiona com a extravagância do que se aproximava, cumpria o seu apelido.
Monarch(M): Sim meu amigo. . .eu sou o ser que controla essa parte da prisão, o homem que conquistou todo o respeito desses infelizes, o homem que controla tudo que acontece aqui ! Eu sou como um- – Antes que terminasse seu monólogo superior, ele pisa no próprio manto e escorrega nele.
Realmente o cara que estava se achando o mais fodão, tropeçou sozinho e começou a cair pelos degraus até finalmente cair de cara no chão que nem bosta. O Aluísio e seu companheiro ficaram sem reação ao ver aquele show todo terminando igual a uma video-cassetada do Faustão, e nessa quebra de clima, as luzes se acendem por completo e releva que todo esse tempo, eles estavam apenas em uma cela grande demais.
??: É. . .chefe ? Você está bem aí ? Você teve um tombo feio. . . – O diabretezinho vai se aproximando devagarinho do tombado no chão, conferindo se ele estava bem.
M: M-Mas que caralho alado ! Quem fez essa merda de manto tão longo assim ?! Na moral, eu vou sentar pipoco nesse puto se ele aparecer na minha frente ! – O cara tirou todos os utensílios que vestia e se levantou bem putasso.
Parece que a real identidade do Monarch por baixo daquele brilho e elegância, estava um Lobo-Guará bípede com olheiras, um par de sobrancelhas grossas e uma típica expressão de mal-elemento, com certeza a prisão era o lugar certo que ele deveria estar.
A: Baixinho, você está me dizendo que esse é o cara que está me procurando ? – Aluísio se aproxima do lobão e do diabrete totalmente confuso sobre quem era o tal Monarch.
M: É consagrado, eu sou o Monarch, por trás daquele brilho e baitolagem toda, eu sou lindão, pode admitir ! – Ele solta um sorriso carismático e levanta as sobrancelhas, querendo ouvir o seu convidado lhe responder.
A: Mas...o que caralhos é você?! – Aquele comportamento todo deixava o Inccubus ainda mais confuso e sem reação !
* End Chapter *
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A New Life for Us in a Prision
FanfictionAluísio Castiel é um Inccubus que foi preso em um Centro de Contenção de Indivíduos, mas conhecido como uma boa e velha Prisão e agora ele precisa tentar viver pacíficamente lá dentro...mas sabem como é, viver com loucos acaba nos tornando loucos...