Na moral, não via a hora pra que sextasse, papo reto mesmo. Acordei até mais disposta do que geralmente, o que uma sexta feira não faz com a gente, né?
Saí do banheiro enrolada na toalha e fui pro meu quarto me arrumar, passei meu desodorante, creme hidratante e vesti um vestido tomara que caia bem soltinho depois de vestir meu biquíni.
Sentei em frente da minha penteadeira e passei um hidratante e protetor solar no rosto antes de pegar uma escova e começar a desembaraçar meu cabelo depois de tirar a toalha da minha cabeça.
Tirei minhas tranças ontem e resolvi deixar o meu cabelo dar uma respirada e fortalecida antes de colocar outras novamente.
Depois de pentear eu finalizei ele e fui atrás da minha sacola de praia. Assim que achei saí pegando as coisas básicas, que eu levo toda vez que vou, e taquei tudo dentro.
Caçei minha bolsa da facul e quando achei saí de casa com o celular e as chaves na mão, tranquei o portão e mandei mensagem pra Mel, ao lembrar do "plano" do ex presidiário.
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Oi, gatinha.
Vai fazer o quê no fim de semana?E aí, mana?
Não tenho nada programado não.
Por quê?Vamo comigo em um pagode então.
Milagre tu ter iniciativa de chamar pra rolê. Onde vai ser?
Isso tu vai descobrir na hora.
É surpresa, vamo?Fechado.
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Continuei conversando com ela enquanto descia a ladeira e depois de passar pela barreira peguei um moto táxi que me deixou na praia mais próxima.
Paguei o moço e em seguida comprei um misto quente e um suco natural de laranja, que um senhor estava vendendo em uma barraca na orla, antes de caminhar pela areia quentinha.
Aluguei um guarda sol e uma cadeira, deixando minhas coisas no chão e tirando o meu vestido, ficando de biquíni em seguida.
Passei um óleo no corpo e coloquei meus óculos escuros antes de pegar o meu notebook e dar um gole no meu suco enquanto esperava o bendito iniciar sessão.
Sentei na cadeira, dando uma mordida no misto quente, e digitei a senha abrindo a pasta do trabalho da facul que eu tinha que terminar.
{...}
Agradeci ao motorista do táxi por ter aceitado parar pertinho da barreira, pois eu estava totalmente acabada e não teria condição física de andar até aqui, e falei que ele podia ficar com o troco antes de pegar nas minhas coisas e descer do carro, fechando a porta atrás de mim.
Tô exausta, mas é uma exaustão gostosa de pós praia.
Cumprimentei os soldados fazendo contenção na barreira, que responderam com um aceno de cabeça e deram espaço pra eu passar, e respirei fundo quando vi o Jota me encarando com os braços cruzados.
Subi na calçada oposta à que ele se encontrava e bufei de raiva quando senti sua mão puxando o meu braço.
- ME DEIXA, PORRA. - Puxei meu braço de sua mão e ele veio pra minha frente, me impedindo de continuar andando.
Jota: Tava aonde?
- Não te interessa? - Ri totalmente desacreditada da audácia dele. - Cuida da tua vida.
Jota: Minha vida é tu. - Veio mais perto e eu me afastei.
- Uma hora dessas, Jota? - Falei olhando pra tela do meu celular, que marcava onze e meia da manhã. - Me deixa em paz, cara.
Jota: Tu não me dá mais moral por quê, em? - Franziu as sobrancelhas. - Tá tendo algo com outro cara?
- E se eu estiver? - Sorri de forma desafiadora, me aproximando dele, e em um movimento rápido sua mão foi de encontro com o meu braço, apertando forte.
Tava morrendo de vontade de gritar de dor e chorar de ódio, mas não vou dar esse gosto pra ele.
Jota: Se você estiver então fica preparada para viver com remorso, porque eu vou matar qualquer marmanjo que ousar se envolver com tu. - Sorriu de maneira diabólica. - Eu vou matar, mas o sangue vai estar nas tuas mãos. - Sussurrou perto do meu ouvido e eu fechei os olhos com nojo quando ele depositou um beijo na lateral da minha cabeça. - Tá avisada! - Me soltou de uma forma tão bruta que eu tive que dar alguns passos pra trás para conseguir me equilibrar.
Subi a ladeira e quando cheguei em casa chorei mares e rios de tanto ódio.
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Inolvidável - Livro 1.
Romance+16| Inolvidável: Que não se pode olvidar; impossível de se esquecer; que fica na lembrança; inesquecível. - O que eu e você tivemos foi inolvidável, aceite. Quanto mais você negar, mais esse sentimento vai se apossar de você. "Quando um não aguenta...