𝗘𝗦𝗖𝗢𝗡𝗗𝗜𝗗𝗜𝗡𝗛𝗢, 𝖿𝖾𝗆𝖽𝗈𝗆

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𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌 ⚤ 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄

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— 𝐒hhh... — a garota sussurou no ouvido do amigo, o vendo assentir freneticamente, se tremendo todo.

Estavam na festa de pijama de Donnie, onde inicialmente a garota de franja não queria ir. Odiava aglomerações principalmente se elas eram de adolescentes e esses adolescentes no caso fossem seus colegas. Quando Donnie, o garoto que se senta no fundinho da turma veio até ela, com as bochechas vermelhas e um envelope todo glitterado em frente a sua mesa, gaguejando semelhante a um condenado, ela só fez revirar os olhos e voltar sua atenção ao joguinho online em seu celular. Achou cafona e ridículo da parte do garoto.

Era a primeira vez que ele organizava uma festa de aniversário e tinha escolhido sabe se lá porquê uma festa pijama. De início, a garota decidiu ignorar e não ir, mas depois ao lembrar o olhar desolado do garoto — que não era segredo nenhum, para literalmente ninguém, que gostava dela —, decidiu abrir uma exceção e marcar sua presença, um tanto mal humorada e á contragosto, mas foi.

A casa estava tão decorada que doía nos olhos, um monte de gente presente na celebração, por que ao que parece, o garoto não filtrou quem ou não convidar, a mãe dele era tão simpática que enjoava porque na sua opinião era forçado — talvez por ser a primeira vez que seu filho trazia colegas. — e havia tanto doce que com certeza muitos ali sariam gordos feito porcos e com cáries de brinde. Esses detalhes todos eram o suficiente para Naizy dar uma volta e fingir que nunca pisou naquela casa. Mas seu plano foi para o ralo quando Donnie a avistou e grudou em si. Todo felizinho após murmurar “você veio” com os olhos azuis claros brilhando.

Desde aí o garoto não saiu do seu pé. Inexplicavelmente alegre seguindo-a como uma sombra, sendo ousado o suficiente para se agarrar ao braço dela, e passar a caminhar assim em sua festa.

Naizy até que o achava bonito, legal, e fodidamente adorável, mas tinha certeza que garotos como ele não eram para o seu bico, e olhando para o loirinho de cabelos cacheados, era fácil notar o quão fácil era estraga-lo.

Fizeram jogos, cantaram parabéns, felicitaram os 18 anos do garoto, comeram até cair para trás, jogaram de novo e na calada da madrugada, tudo que se via era um monte de adolescentes esparramados na sala.

Não conseguindo dormir naquele caos, arrumou um jeito de se esconder em canto afastado qualquer da sala, decidindo ficar por ali. Com a pouca luz do ambiente estava quase dormindo quando sentiu alguém invadir seu edredom e se encostar na sua almofada. Estava prestes a xingar e chutar o filho da puta quando reconheceu o perfume doce.

— Donnie? — sussurou confusa, sentindo o garoto se ajeitar á sua frente, numa conchinha com ele sendo a parte de dentro.

— S-sou eu. — respondeu com a voz levemente grave, porém suave.