O Mago

📜14- O Encontro Inesperado

Orochimaru leu e releu a carta, tendo uma crise de choro depois. Kabuto, que estava ajudando Tsunade a limpar a louça e organizar a cozinha, chegou depois na biblioteca. Ao ver seu amado chorando daquele jeito, o abraçou e olhou interrogativamente para o mais velho, que apontou a carta. O rapaz, mesmo sem ler o conteúdo, reconheceu a letra da mãe do moreno, a mesma que vira no grimório tantas vezes. Entendeu o que poderia estar acontecendo e só apertou mais seu amado nos braços, esperando que ele chorasse o quanto fosse necessário para aliviar seu coração um pouco.

Uns minutos depois, entre um suspiro e outro, enquanto se recompunha, o moreno entregou a carta para Kabuto e sinalizou que ele lesse junto com Hiruzen. Após lerem, foram capazes de compreender o porquê das lágrimas.

Hiruzen foi na cozinha e pediu pra Tsunade, fazer chá de camomila para todos. Ajudaria a acalmá-los um pouco. Depois de tomarem o chá, Kabuto foi pegar o diário. Orochimaru usou um feitiço e os caracteres se tornaram visíveis nas páginas. Começaram a ler.

Havia mais de quinze páginas escritas com comentários, trechos da história da mãe dele e os feitiços citados na carta, que eram um pouco mais complexos que aqueles que havia treinado até então. Foi difícil ler, o moreno chorava um pouco às vezes e precisava de uns minutos para se recompor. Hiruzen foi ajudar a Tsunade com o almoço e os dois jovens ficaram estudando os feitiços e fazendo anotações.

Ao chegar ao final, quase na hora do almoço, Orochimaru respirou fundo e falou, secando as últimas lágrimas:

- Já chorei demais. Chega! - os olhos amarelos exibiam o brilho da determinação - Passarei a tarde estudando esses feitiços. Vou me fortalecer e esperar. Pelo que minha mãe falou na carta, eles virão atrás de mim. São orgulhosos e prepotentes. E eu estarei esperando.

~~~ 💣 ~~~

Nas proximidades, através do seu shikigami que era igual a um gavião comum daquele lugar, o rapaz ouvia aquelas informações incrédulo. Através dos sentidos aprimorados do shikigami, Sasuke soube de tudo o que fora dito naquela sala, sobre aquela carta. Só não conseguiu ver ou ouvir sobre os feitiços, pois uma barreira mágica foi acionada assim que eles abriram o diário. Provavelmente um feitiço de ocultamento que a mãe dele fizera. Mas mesmo que não houvesse esse feitiço, não conseguiria prestar a atenção. Ficara estupefato demais com a atitude do avô para pensar em outra coisa.

Resolveu dar uma saída, precisava beber algo. Ali ninguém o conhecia, mas por precaução, escolheria um lugar mais afastado. Manteve a conexão com o shikigami, pra ser informado de qualquer coisa importante e saiu. Antes que Itachi voltasse, ele estaria no posto.

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Em seus aposentos, Madara olhava as aquarelas com imagens da sua ingrata filha. Sua vingança estava próxima. Por quê ela havia resolvido fugir, e depois, preferiu morrer do que fazer a vontade dele? Tinha feito tudo por ela. Depusera o mundo aos seus pés! E aquela mal agradecida não foi capaz de cumprir uma vontade simples. Seus filhos eram bonitos, pois todos os Uchihas eram. Tinham poder, dinheiro e status... Ela poderia escolher entre os três para se casar, pois nenhum deles ousaria desobedecer suas ordens. E teria um herdeiro forte para continuar a linhagem. Poder para o seu clã, ao qual ela também pertenceria!

- Maldita!!! - gritou esmurrando a parede

Mas ele teria o prazer de destruir o filho dela. E pensar que quase havia chorado quando ela morreu. Coisa que ninguém saberia! Nunca! Realmente a amara como uma filha, a filha que não pode ter com a sua falecida esposa. Mas passou! Agora só tinha ódio por ela e pelo seu descendente.