um girassol;

240 31 20
                                    

"O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, cego e tão potente."

— William Shakespeare.

🌻

Maio era provavelmente o melhor mês para abrir suas janelas e respirar fundo ao acordar de manhã, podendo sentir o Sol lhe beijar o rosto, o vento lhe abraçar a pele e a bela paisagem dançar para suas orbes sensíveis à beleza. Will não se considerava uma pessoa extremamente sensível, mas agradecia por poder ter tamanha visão todas as manhãs, depois de tanta neve e folhas alaranjadas, ter folhas esverdeadas com flores coloridas era uma benção.

Talvez o fato de hoje ser sua folga tornasse todas as coisas belas em sua visão, mas preferia acreditar que era uma pessoa sensível que amava a natureza.

— Ugh, fecha a janela — Uma voz feminina e cansada soou ao seu lado, se revirando na cama, tentando se cobrir ainda mais.

— Já são meio-dia, Jane, levanta — Caminhou até a garota, lhe arrancando o cobertor, e não conseguiu não rir da feição irritada de sua irmã, com seus cabelos bagunçados e rosto amassado.

— Hoje é minha folga, William, vou dormir até a hora que eu quiser — Tentou puxar de volta o cobertor, mas o garoto era muito mais forte, da forma injusta que as garotas aprendem a lidar com o passar dos anos.

— Pelo o que me lembro, hoje você vai ter que ir comigo na livraria, querida — Provocou, risonho, e a garota bufou alto, chutando a coberta até estar livre da mesma.

— Eu te odeio às vezes — Murmurou, mal-humorada.

Will se aproximou e deixou um beijinho na bochecha da irmã:

— E eu te amo! — Se afastou, mas a garota o puxou para si, rapidamente o jogando na cama, fazendo cócegas em suas costelas — Jane! — Gritou entre risos, tentando se afastar, mas a garota tinha lhe prendido ali, também rindo, divertida; brincar com Will sempre afastava seu mal-humor com rapidez.

— Crianças! — A voz carinhosa de Joyce surgiu no corredor, abrindo a porta com a rapidez de uma mãe com milhares de tarefas em sua mente, até mesmo em um dia vazio de tarefas.

A Byers suspirou alto ao encontrar a cena:

— Jane, solte o Will, por favor. E venham comer, já está na hora do almoço.

Will fez um bico, se soltando da irmã, ainda sentindo a dor das cócegas:

— Eu queria tomar café da manhã.

— Ao meio-dia? — A mulher levantou uma sobrancelha, confusa, ganhando um riso solto de Jane. Will abriu a boca para argumentar sobre café da manhã ser a primeira refeição, e não necessariamente de manhã, podendo ser à tarde, mas sua mãe já prosseguia — Venham comer, ok? — Sorriu calorosa e desceu as escadas, respondendo a alguma pergunta de Jim, na cozinha.

Jane pulou da cama, indo até sua mesinha repleta de pentes, maquiagens e flores. Will revirou os olhos.

— Você vai mesmo se maquiar para ir na livraria?

— Você não deveria estar indo tomar-café-mesmo-sendo-meio-dia? — Respondeu, despreocupada, já penteando lentamente suas madeixas castanhas.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 21, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Nossos Traços Roxo Azulados | byler Onde histórias criam vida. Descubra agora