Carol mal entrou em casa, e já foi ligando para a amiga, para contar sobre a conversa que acabara de ter com o Alex.
-Alô! Diana sou eu Carol.
-Tudo bem?
- Está tudo ótimo!
-Nossa! Pelo jeito, a conversa na academia foi boa?
-Amiga, foi muito melhor do que eu esperava.
- Então superou todas as suas expectativas?
-Superou até a mais otimista.
-Conta logo Carol.
-Tá bem Diana, eu vou contar.
-Para de enrolar, e conta logo.
-Eu fui para a academia, disposta a fazer jogo duro. Mas...
-Mas o que Carol?
-Mas não foi fácil, ele veio falar comigo, com tanta simplicidade e humildade, Nem parecia aquele mesmo garoto arrogante, que passava por mim e não me via.
-Eu já havia lhe dito muitas vezes, que ele era uma pessoa legal, faltava apenas vocês dois sentarem para conversarem, para vocês se entenderem.
-Ele gosta muito de você.
-Eu sei, e eu também gosto muito dele. Mas eu gosto muito mais de você, e não quero te ver sofrer de novo por causa dele.
-Não seja pessimista.
-Eu não estou sendo pessimista, estou sendo realista, e não vem com esse papo de que, "parece que você não está gostando da minha amizade com o Alex".
-Eu não vou pensar dessa maneira, porque, eu sei que você se preocupa comigo de verdade, e sei também que o seu maior medo, se dá, pelo fato de você saber que eu gosto muito dele, e isso, lhe faz lembrar o seu namoro com o Walter.
-Esquece o Walter, vamos falar da sua conversa com o Alex.
-Desculpa amiga, mas essa conversa me deixou um pouco zonza. Eu nem sei onde parei de falar.
-Você estava me contando, como fora difícil para você fazer jogo duro com ele.
- Ai, amiga! Ele me pareceu tão interessado em mim.
-É por isso que você está desse jeito?
-É sim amiga.
-Eu falei para você, se ele antes não havia lhe notado, é porque ainda não havia chegado à hora disso acontecer.
-Você está parecendo o Alex falando, vocês combinaram essa versão da história, pois foi isso mesmo que ele me falou.
- Claro que não, deixa de ser boba e me conte o que mais aconteceu.
- Teve momentos na conversa, que eu reconheço que fui agressiva.
- Conhecendo você, eu até imagino, a maneira que você falou com ele, deve ter cortado qualquer tentativa dele ser simpático ou engraçado ou até mesmo romântico.
-Bem que ele tentou, mas eu não deixei.
-Ele tentou o que?
-As três coisas.
-Qual delas você mais gostou?
-Claro que foi na hora que ele tentou ser romântico, afinal de contas quem não ficaria lisonjeada.
-E o que foi que ele disse, de tão romântico?
-Não foi o que ele disse, e sim a sua postura de tentar, apesar da minha agressividade, ele foi o tempo todo carinhoso comigo, mesmo nas vezes, em que eu coloquei os meus ressentimentos para fora, ele não perdeu a linha.
-Uma coisa amiga, nós temos de reconhecer, desde o dia, que vocês se encontraram na academia, ele vem demonstrando interesse em você.
-Ele me disse "que foram forças superiores, que nos preservaram até aquele momento, como se estivessem guardando, algo muito especial para nós dois".
-É a impressão que eu tenho também.
Carol passou então a detalhar todo o diálogo que teve com o Alex, para a sua amiga, passaram horas ao telefone conversando.
Enquanto isso, Alex em casa, arrumava-se para se encontrar com a Beth, mas o seu pensamento viajava, entre sonhos possíveis e outros nem tanto, em todos, ele queria estar sempre, ao lado daquela linda morena que o enfeitiçou, que sensação estranha era essa, que estava tomando forma dentro dele, perguntava-se para si mesmo. Alex ainda iria demorar um pouco, para entender completamente, tudo o que estava acontecendo no seu interior.
Alex chegou à casa da Beth, para buscá-la para irem ao cinema. Como de hábito, Beth já estava arrumada lhe esperando, e recebeu-o com um ardente beijo, que pela primeira vez, ele não retribuiu com a mesma intensidade, tal atitude, não passou despercebida por Beth.
-Aconteceu alguma coisa, Alex?
-Não. Respondeu-lhe secamente
-Eu lhe conheço, você está diferente, você não é de responder desse jeito, eu tenho certeza que aconteceu alguma coisa.
-Não aconteceu nada, não fique querendo achar problema aonde não tem.
-Tá legal Alex, vamos logo para o cinema, se não nós vamos acabar perdendo à próxima sessão.
Foram para o cinema, mas Alex não conseguia manter a atenção no filme e tão pouco em Beth, que começou a perceber, que algo muito estranho estava acontecendo, mas ela preferiu não tocar no assunto agora, pois o seu amado, aparentemente estava nervoso, ela concluiu, que seria mais prudente deixar para conversar com ele num outro dia.
Alex ao retornar para casa começou a se questionar, em relação ao seu namoro com a Beth, será que vale a pena continuar essa relação, mesmo sabendo, que ela não era a garota dos seus sonhos, e pior ainda, e se essa insistência atrapalhasse um possível envolvimento com a Carol? Essa sim, uma garota capaz de preencher todos os seus sonhos. Mas como prudência nunca é demais seria melhor esperar para ver o que poderia pintar em relação à Carol, antes disso, não seria interessante, tomar qualquer atitude.
Beth por sua vez começara a imaginar, o que poderia estar causando essa mudança no comportamento de Alex. Beth pensava, pensava e não conseguia achar um motivo sequer, para justificar a mudança no comportamento de Alex, logo ele, que sempre fora atencioso com ela, ficara de uma hora para outra, distante e irritado. Depois de um tempo pensando, tentando achar uma explicação para o comportamento de Alex, Beth resolveu acreditar, que ele deveria ter se aborrecido em casa ou na academia, mas por algum motivo qualquer, ele achou melhor não comentar nada a respeito, do que estava lhe irritando com ela.
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Um amor para sempre by CS Araujo (Completa até 31/01/2016)
RomanceOBRA REGISTRADA. DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. PLÁGIO É CRIME. Alex viveu um encontro mágico com uma estranha, durante as suas férias escolares. Carol viveu um encontro mágico com o amor da sua vida, durante as suas férias escolares. Alex descobre...