Prison Riot - Phase 1

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M: Porra, 'cê tá com o pau no ouvido é ? Eu sou o Monarch e fui eu que mandei o baixinho aqui ir atrás de tu, falando nisso, 'cê fez um bom trabalho viu. – O lobão se abaixa um pouco e dá um tapa no ombro do diabrete, já que era essa a sua forma principal de agradecer a todos.

A: N-Não ! Eu já entendi quem é você. . .mas eu ainda tô confuso com tudo isso ! – Aluísio até aumenta seu tom de voz pra mostar que realmente tava confuso com as coisas que aconteceram diante seus olhos.

M: 'Cê quer uma águinha com açúcar pra melhorar a pressão ? Tá aqui ó. – O Monarch entrega um copo de vidro com água e açúcar para o Aluísio beber.

A: Ah valeu, isso vai me ajudar. . . – Ele pega o copo e bebe metade da mistura.

A: Espera. . .você tá achando que eu sou idiota porra ?! – Ele se estressa e joga o copo no chão, o deixando em diversos pedaços e ficando 100% putasso.

S: Pftt ! Hahahaha ! Que isso meu consagrado, era só uma piadinha pra levantar a sua moral ! – Monarch que estava segurando a risada, a solta de forma descontrolada que faz até uma lágrima sair de seus olhos.

A: Levantar moral é o caralho ! Eu nem tô com problema de pressão e você me dá uma merda dessa ?! Tá achando que eu sou palhaço ?! – Aluísio é um homem de pavio curto e vendo a postura de Monarch, ele o segura pela gola do uniforme de presidiário e o ergue, já que ambos tinham quase a mesma altura e peso.

M: Maluco, tu tá só o ódio agora hein ? Olha aqui, 'cê me coloca no chão e a gente pode tentar conversar que nem dois seres humanos civilizados, pegou a visão ? – Mesmo achando tudo aquilo hilário, pra não colocar mais lenha na fogueira, ele controla seus risos e tenta reverter a situação que se encontrava.

A: Tsc ! Tá bom, desembucha logo quem é você. – Ele decide dar uma chance a esse maluco e o coloca no chão, esperando sua explicação.

M: Meu querido diabretezinho, faz favor e puxa uma geladinha pra mim lá do frigobar, pode ser ? – O lobão fala rapidinho com o diabrete, pedinho um pouco de cerveja pra molhar a garganta.

???: Pode deixar ! – O diabrete era tão obediente que foi procurar o frigobar pra atender o pedido do seu chefe.

M: Então vamos nessa, eu sou o Monarch, prazer em te conhecer meu pit. – Ele estende a mão a Aluísio e solta um sorriso bem característico, típico de um pilantra.

A: Aluísio Castiel, agora fala qual é o seu nome real. – Ele retribui o cumprimento ainda recioso.

M: 'Cê pode me chamar de Monarch mesmo, por motivos profissionais eu não espalho o meu nome completo para novatos. – Ele coça a palma da mão de Aluísio com o indicador e dá uma piscadinha pra ele.

A: Ok, de todos os caras que eu já conheci, você com certeza é o mais estranho. . . – Pela estranheza desse aperto de mão, ele rapidamente o desfaz e continua olhando torto pro Monarch.

M: Me chamam de Estranho, Excêntrico, Insano, Lunático. . .pra mim isso tudo é elogio Hahaha ! – Novamente, ele dá outra gargalhada não se importando com o que dizem dele, ele era isso mesmo então foda-se.

???: Tá aqui chefe, peguei a que você mais curte ! – De longe, o diabrete grita e manda uma lata de cerveja pelos ares e o Monarch a pega com precisão.

M: Ah moleque, como eu precisava desse composto de água, malte, lúpulo e levedura pra me deixar tranquilo feito grilo ! Vai querer uma lata também meu pit ? – Monarch abre a lata animado e oferece a bebida ao Aluísio.

A: Aceito, vamos ver se essa cerveja aí é da boa mesmo. – Ele coloca uma das mãos na cintura e aceita, Aluísio é um tipo de homem que não recusa cerveja de graça, mesmo que seja de um elemento tipo o lobão.

M: Ah meu pit, tu vai ver que essa aqui desce rasgando ! Manda a Kløs aí diabrete baixinho ! – O lobão grita pro cara ouvir no outro lado da cela.

??: Já tá na mão chefe ! – Uma outra lata chega nos ares e o Monarch a pega e joga na direção de Aluísio.

A: Kløs ? Que nome estranho. . .produzida no Anel da Ira ? – Ele percebe o nome peculiar e o design preto com as letras douradas, achando naquilo chique até demais.

M: Aham, na época que eu tava solto, eu coloquei essa receita nas mãos de uns mestres cervejeiros e eles sempre me entregam umas caixas e eu sempre dou um jeito de pagar eles...até o cheirinho da cevada me lembra de casa. . . – Ele sente a fragrância da cerva e dá uma ótima golada nela.

A: Se você diz né... – Ver o Monarch todo apaixonado pela latinha fortaleceu ainda mais sua curiosidade, o fazendo abrir a lata e dar uma golada direto.

É, até que o gosto era bom, não é tipo: "Nossa ! Que cerveja maravilhosa !", mas é o tipo de cerveja que você tomaria com amigos ou família num churrasco no domingo.

M: Então. . .o que 'cê achou meu pit ? – Ele ergueu as sobrancelhas e esperou uma resposta.

A: Monarch, eu nunca fui chegado muito na cerveja, sempre preferi um whiskey com mel. . .mas essa cerveja, é ótima.

M: Ah moleque ! 'Cê é um dos meus agora viado ! – Monarch fica tão alegre que puxa o Aluísio pelo braço e tasca um abraço bem forte nele.

A: T-Tá bom. . .não precisa exagerar tanto assim. – Claro que o Aluísio fica desconfortável com esse abraço repentino, já que era um tipo de afeto que ele não recebia muito, principalmente de homens.

M: Foi mal meu pit, as vezes eu acabo me empolgando. . .é que essa cerva é tão gostosa que porra ! Todo mundo dessa prisão xexelenta deveria beber isso diariamente !

A: Tô ligado. . .falando em prisão, cê percebeu que tá rolando um motim na prisão ? – Agora ele lembra do que estava rolando fora da cela que eles estava batendo papo.

M: Claro que percebi, eu que tô comandando esse motim prisional. – Ele calmamente diz isso enquanto bebia a Kløs.

A: Pera quê ? – Pelo susto, quase que ele cospe a cerveja pra fora, mas consegue engolir na pressa.

M: Ué, eu não posso não ? Eu sou um prisioneiro de renome aqui, eu tenho total direito de causar uma rebelião prisional se eu quiser. – Monarch estranha a surpresa de Aluísio, afinal de contas ele era foda e podia fazer o que quiser.

A: E eu achando que era aquele pivete o manda-chuva do motim. . . – No momento aonde o garoto apareceu e Aluísio estava na cela, ele realmente cogitou que esse foi que soltou os prisioneiros e que estava por trás de tudo.

M: 'Cê tá falando do Phone Freak ? Ele meio que é meu braço direito aqui na prisão...'cê viu como ele tá guiando a rebelião ? – Monarch termina sua lata e amassa na testa, jogando ela num canto e se virando para Aluísio, querendo ter algumas notícias do andamento do motim.

A: Geralmente um motim é uma desordem organizada então...está indo tudo bem.

M: Snif snif. . .eles crescem tão rápido. . . – Ele até se emociona e deixa cair mais lágrimas de seus olhos.

A: Tá bom. . .mas você realmente só criou esse motim porque quis ? – Aluísio questionou o quão caótico ele poderia ser.

M: Bom, geralmente eu tenho esse costume de espalhar o caos e a desordem sem motivo. . .mas essa tem um motivo ! Eu tô usando ela pra abrir caminho até a cozinha da prisão pra pegar um contrabando que um dos meus contatos escondeu lá.

A: Contrabando. . .se você consegue colocar latas de cerveja circulando na prisão, você com certeza consegue fazer mais coisas circularem. – Parece que alguém usou a lógica aqui.

M: Exatamente ! Tipo essa roupa de rei e os anéis. . .e essas bugigangas não me serviram de porra nenhuma ! Tomar no cu delas ! – O cara vai pro modo putasso e chuta as coisas pra longe.

A: Você por acaso é bipolar. . .? – Essa pergunta páira na mente de Aluísio, já que o lobão muda da água pro vinho em segundos.

M: Bipolar. . . gostei desse xingamento rapá. . . quê isso ? – Monarch o olha como se nunca tivesse ouvido essa palavra antes.

A: É. . . esquece, um dia você descobre o que é. – Aluísio faz uma cara de desapontamento, colocando a mão na testa.

M: Então tá, foda-se isso. . . acho que a Fase 1 já deve ter sido completada, mas nenhum dos desgraçados me deu um toque. . . Ahá ! Tive uma ideia super-hiper-mega foda ! – Uma luz hipotética se acende na cabeça de Monarch.

A: Hhm, que ideia ?

M: Tu vai lá fora verificar a situação do motim, e se todos os guardas tiverem sidos abatidos, tu me dá um toque pra irmos pra Fase 2 ! Tendeu tudo ou quer mais mordidinho ?

A: Porque caralhos sobrou pra mim. . . ? – Aluísio fica confuso com esse plano e porque ele seria o "mensagueiro" do Monarch.

M: Tu tá vendo outra pessoa aqui meu pit ?! Vai logo lá fora ver essa merda ! – Novamente, ele volta a ficar putasso.

A: E se eu não quiser ? – Aluísio cruza os braços, querendo ver o lobão ali o intimidar.

M: Eu chupo o seu pau. – Esse foi direto ao ponto, se aproximando do rosto do Aluísio e o encarando muito.

No começo o Inccubus não se sente ameçado com essa jogada boba do Monarch pra cima dele, mas aos poucos sua mente começa a moldar imagens do momento que muda sua expressão séria para uma de choque aos poucos, e só vai ficando pior e pior ! Quase deu uma ansia de vômito na boca do estômago dele, parece que essa "jogada boba" foi um tiro certeiro vindo do lobão monarca.

A: T-Tá bom ! Eu vou lá fora. . . ! Aí eu acho que perdi o meu apetite. . . – Claro que Aluísio cede após ver imagens mentais são traumatizantes.

M: Ah brigadinho, 'cê é mó fofinho ! Vou pegar um walkie-talkie procê ! – Monarch dá um sorriso e vai saltitando aonde os aparelhos estão, mas só de meme, antes de sair, ele dá um beijinho na bochecha do Inccubus.

A: S-Seu. . . FILHO DA PUTA !!! – O cara explode de raiva ao receber o beijo, a raiva foi tanta que até as pupílas dos seus olhos viraram chamas.

M: Hahahahahah ! Toma essa merda e cai fora daqui ! – Em meio a gargalhadas incontroláveis, o lobão abre a cela, joga o walkie-talkie pro Aluísio e pra completar, dá um chute na bunda dele, o mandando voando pra fora de sua cela.

Mesmo num momento de raiva cega, o Aluísio pode notar a série de coisas que o Monarch fez em poucos minutos, ele até se impressionou com a agilidade do lobo, mas quando seu surto acabou e ele voltou a normalidade, o mesmo estava jogado na parede, de cabeça pra baixo e com o walkie-talkie na cara, vendo o lobão fechar a cela e mandar um beijo pra ele, que deveria ser um sinal de sorte, mas tava mais pra um sinal de azar.

Após se levantar e dar uma leve arrumada em seu cabelo, o nosso querido Aluísio decide seguir o único caminho linear a sua frente, já que mal sabia o mapa daquela prisão, ele seguia os corpos de prisioneiros e carcereiros abatidos no chão. Dando umas viradas aqui e ali, ele dá de cara com alguns grupos menores de prisioneiros lutando com os guardas restantes, e eu posso dizer que aquele motim estava bem equilibrado. Alguns condenados mais fortes derrotavam os guardas novatos e os guardas mais experientes sentavam o cacete nos amado. O Aluísio vendo tudo aquilo pode tirar uma conclusão: "Mesmo a rebelião estando equilibrada, ela iria acabar o mais cedo possível, o trabalho em equipe é quase nulo".

Gastando mais tempo andando pela prisão, ele fica de frente a uma porta com a placa "Refeitório" ao lado dela, as luzes daquela área específica estavam falhando e de longe ele ouvia gemidos e grunhidos de dor, com certeza estava rolando uma luta lá dentro. Aluísio passou pela porta e não é que ele tava certo mesmo ! Duas figuras que ele já conheciam estavam no 1x1 no centro do refeitório: O Carcereiro Lawrence e o Sam/Phone Freak.

A: Melhor contatar o Monarch sobre isso. . . – Já que o Sam era o braço direito de quem orquestrou o motim, o próprio deveria saber da situação do pivete.

O Inccubus saca seu walkie-talkie do bolso e limpa sua garganta antes de chamar o Monarch:

A: Monarch ? Responda câmbio.

M: Fala tu. – Ele responde até que bem rápido.

A: Não tem o tal do Phone Freak ?

M: Aham, o que tem o puto ?

A: Ele ainda está brigando com o Lawrence. . . acho que é esse o nome dele, e a cara dele diz que ele nem tá aguentando ficar em pé. – Aluísio ainda de longe, dá uma olhada na situação do Phone Freak e ele estava bem abatido.

M: Mas que merda ! E eu achando que o guri iria derrotar aquele pau no cu do Lawrence ! – O lobão se frusta, já que pelo jeito, seu plano não estava indo do jeito que ele planejou.

A: Então. . . o que a gente faz ?

M: A gente aciona a Fase 2 ué. . . cê segura o cabra um pouco aí até eu chegar, pode ser ou vai ser difícil ?

A: Heheh. . . acho que vai ser molezinha. . . – O olhar e semblante do Aluísio muda, tava quase que tatuado na cara dele que ele tava afim de comprar essa briga.


* End Chapter * 

A New Life for Us in a PrisionOnde histórias criam vida. Descubra agora