E lá estava eu... Sentada nas cadeiras do hospital, estava esperando alguma resposta dos médicos que estavam cuidando dela e eu estava em uma espécie de transe. Minhas mãos estavam tremendo muito e eu só pensava na possibilidade da minha tia estar ou não viva, mas eu rezava para que estivesse.
— Você é quem a trouxe?
A voz de alguém acaba me acordando de meu transe, olho para cima e vejo o médico me olhando, então me levanto rapidamente ficando em pé em sua frente.
— Sim, fui eu, eu sou a sobrinha dela! Como ela está? Eu preciso saber!
— Calma, eu sei que é um choque, mas eu... Sinto muito!
— O que?
— Tentamos de tudo, mas... O coração dela já estava fraco de mais, devido a uma grande falta de medicamentos que foram indicados para controlar o avanço da doença, por falta deles a doença se alastrou mais rápido que o normal!
Tudo parecia girar ao meu redor... Eu não estava acreditando, meu maior pesadelo se tornou realidade, o que eu mais temia acabou de acontecer. Eu acabei de perder quem eu mais amava, a pessoa mais importante para mim e quem cuidou de mim desde que eu era criança e agora ela se foi, ela se foi e eu acabei sozinha nesse mundo.
Eu tinha acabado de sair do hospital, eu não tinha mais o que fazer ali, eu entrei naquele hospital acompanhando ela e acabei saindo sem ela. Estava voltando para casa a pé e em baixo de chuva, o céu estava transbordando, talvez eu fosse a única pessoa na rua que estava andando em baixo de uma forte chuva e sem guarda chuva, mas eu não estava me importando com aquilo, eu não estava me importando com mais nada naquele momento, tudo parecia perder o sentido para mim.
Eu passei um bom tempo andando até conseguir chegar em casa, acho que fiquei tão afundada em pensamentos que não percebi o quão rápido cheguei lá. Eu tinha acabado de trancar a porta, fechei os olhos por alguns segundos e reparei fundo, dou apenas alguns passos, por um momento eu senti minha cabeça fervendo e logo meu corpo todo estava fervendo e acabei tomando uma atitude inesperada.
Eu revirei o móvel que estava ao meu lado, comecei a quebrar alguns vasos de flores, alguns retratos e várias outras coisas. Quando cheguei na cozinha eu dei um soco muito forte na mesa a ponto de conseguir fazer um buraco nele e por consequência disso acabei machucando minha mão.
Minhas pernas fraquejaram e então caí de joelhos no chão e acabei desabando em um choro descontrolado.
— É tudo culpa sua Amy... É TUDO CULPA SUA!
Me encosto na bancada da pia e começo a bater nele antes do meu corpo fraquejar outra vez. Eu estava me culpando por tudo, pela morte de minha tia, por não cuidar dela o suficiente, não cuidei dela e ela se foi por minha culpa, eu devia ter vigiado mais ela. Se eu tivesse cuidado dela como eu realmente deveria talvez ela ainda estivesse aqui.
Eu me levantei e andei cambaleando até meu quarto e caí no chão, decidi que ficaria por ali mesmo. Com um pouco de jeito tiro minha jaqueta encharcada e a jogo para o canto do quarto. Minha cabeça estava tão pesada, meu corpo estava pesado, fechei meus olhos por alguns instantes e não demorou muito para que eu apagasse completamente.
Algumas horas mais tarde:
Fui acordando aos poucos e senti um tremendo calor, parecia que meu corpo estava em chamas e estava muito insuportável. Junto com esse desconforto acabei escutando a campainha várias vezes, alguém a estava tocando e parecia estar com pressa, me levanto com uma certa dificuldade e vou caminhando para fora do quarto, eu estava tentando me apoiar nas paredes para não cair no chão.
POV Sharon:
Vicki apertava a campainha sem parar, já era a segunda vez que estávamos ali tentando falar com a Amy, aparecemos mais cedo só que parecia que não tinha ninguém em casa e vimos a loja fechada e então decidimos voltar mais tarde que seria agora, mas pelo jeito parecia que ainda não havia ninguém em casa e a loja ainda se encontrava fechada.
— Acho que devemos voltar amanhã. — Dizia Ashley sem paciência. — Já faz um tempo e nenhuma notícia...
Nossa atenção fora voltada para a porta que estava sendo aberta, ficamos aliviadas por finalmente ver que Amy e sua tia estavam bem, mas nosso alivio foi por água abaixo após a gente ver Amy a nossa frente com uma expressão nem um pouco boa, ela parecia abatida por algo, seus olhos se encontravam inchados e vermelhos.
— São vocês... O que foi? — Ela falava com uma certa dificuldade.
— Nós só queríamos falar com você, por isso viemos aqui, mas deixa isso pra lá, Amy, você está bem? — Vicki acaba entregando toda sua preocupação.
— Eu? Estou bem... Só um pouco... Cansada...
Era possível ver que ela não conseguia se manter em pé direito, ela quase caiu para o lado após perder o equilíbrio, mas por sorte Vicki a segurou.
— Meu Deus garota, você está queimando em febre!
Vicki a pega nos braços e a leva até o sofá, nós entramos na casa e Ashley fecha a porta, mas aí percebemos o quanto a casa estava bagunçada, estava tudo destruído.
— Mas o que aconteceu aqui? — Kendra se pergunta.
Nossa atenção foi tirada da enorme bagunça e voltada a Amy que gemeu em desconforto.
— Precisamos ajudá-la, ela está ardendo em febre! — Vicki nos olhava com muita preocupação.
— Iremos fazer o possível para ajudá-la agora! — Falo me aproximando do sofá. — Vamos levá-la para o quarto dela, assim poderemos cuidar melhor dela!
— Na verdade a gente devia levá-la para o banheiro, um banho de água fria ajudaria muito ela.
— Banho? — Pergunta Ashley fazendo uma pequena pausa em seguida. — Está bem... O que devemos fazer?
— Ashley vai encher a banheira, Kendra vê se você consegue achar algumas toalhas e Sharon me ajuda com ela por favor!
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Roubo ao Dólar
AcciónAmy, uma jovem moça de vinte anos que vivia com sua tia, e mesmo sem sua tia saber, Amy tirava seus lucros roubando carteiras de pessoas nas ruas de Los Angeles Um dia a sorte ficou contra ela quando acabou roubando a carteira de um grupo de mulhere...