Capítulo 17

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POV LOUIS

Chego a casa e tento entrar sem fazer barulho. A esta hora o meu pai ainda não regressou do trabalho, mas com todas as novas medidas para me manter seguro nunca se sabe.

Tomo banho porque estar num hospital deixa-me sempre com a sensação de que estou cheio de vírus e bactérias e acabo por me dar a liberdade de pensar um pouco no que aconteceu.

Toda a situação com o Niall. A forma como os olhos dele estavam tão tristes, mas as suas palavras me diziam outra coisa. É obvio que ele tem sentimentos fortes pelo Harry, mas o que eu não entendo é porque ele quer que eu fique com ele. Como é que podes gostar tanto de uma pessoa e dizer com a certeza com que ele me disse para eu ficar com o Harry e que nós vamos casar e todas essas fantasias? Se eu gostasse assim de uma pessoa eu não iria querer que ela ficasse com mais ninguém, aliás tenho a certeza que só o pensamento de a ver com outro me deixava doente, mas o Niall disse-me com toda a certeza, fica com o Harry e sê feliz com ele que eu ficarei sempre aqui apenas a observar o amor da minha vida a ser feliz com outro. Porra isso deve doer.

Mas pelo menos comigo ele não tem de se preocupar. Eu serei a última pessoa com quem o Harry irá assentar e casar e ter filhos. Jamais nós iremos ter algum tipo de relação. Tudo o que aconteceu entre nós foi um erro e não vai voltar a acontecer. Eu vou ajudá-lo com os curativos porque ele me salvou e depois afasto-me de vez. Chega desta brincadeira.

Idiota major

Não te esqueças do meu curativo hoje à noite x)

Reviro os olhos ao ler a mensagem dele. Como é que eu vou sair novamente, ainda por cima de noite?

-Pai? – chamo quando o ouço chegar a casa.

-Olá, Louis. Como foi o teu dia? – o meu pai chega perto de mim e abraça-me. Consigo ver que ele está bastante cansado.

-Bem obrigado e o teu?

-Cansativo.

-Há novidades sobre a explosão? –sei que ele não me vai responder, mas posso tentar.

-Estamos a trabalhar no assunto.

-Ainda bem. Será que eu poderia ir a casa do Thomas, depois de jantar?

-Ele pode vir aqui. Ele sabe que é sempre bem-vindo.

-Sim, eu sei e ele também mas tu precisas de descansar e nós não te queremos incomodar.

-Querem ficar sozinhos já entendi. Mas esta casa é muito grande eu não vou incomodar-vos nem vocês a mim. – penso numa forma de convencer o meu pai a deixar-me ir. Se eu não for a casa do Thomas não há forma alguma que eu consigo ir a casa do Harry.

-Pai, não é a mesma coisa. O Thomas ficou muito preocupado comigo por causa da explosão e ainda não tivemos tempo de estar sozinhos. Eu prometo que não fico por muito tempo. –o meu pai suspira e eu fico em expectativa pela sua resposta.

-Está bem. – sorrio. –Mas o segurança leva-te e depois vai-te buscar. E é só porque eu confio muito no Thomas porque nos dias que correm não te quero ver por aí, muito menos à noite.

-Sim, pai. Obrigado. Eu vou me arranjar.

-Ai Ai estes jovens apaixonados. – ouço o meu pai dizer.

O motorista do meu pai leva-me ao apartamento do Thomas e eu chamo logo um uber para me levar ao outro lado da cidade onde mora o Harry. Só de pensar que vou ter de fazer esta viagem 2 vezes por dia. Porque é que ele não arranja outra pessoa para lhe fazer os curativos?

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