Alone: Volume 01

01. A Família Ferreira

Essa poderia ser uma história normal, igual as outras. Mais não é. Meu nome é Lucas e eu tenho um grande segredo. Pra Contextualizar á todos, eu sou gay, desde que eu me entendo por gente. Eu moro em São Paulo com o Pai, Richard, e a minha irmã, Lizzy. Eu tenho 15 Anos, e eu não sou um adolescente normal igual aos outros, eu sou muito diferente. Eu nunca gostei de esportes, o único que eu sempre aturei foi Basquete. Eu amo ir pra escola, e isso pode soar muito nerd, mais eu amo a matéria de Inglês. Mesmo eu sendo o irmão mais novo, eu sempre cuidei da irmã e até mesmo do meu pai. Sempre que estou entendiado, eu começo a ler, e agora eu estou lendo, por que eu estou com muito tédio, e até que tenho paz, até a minha irmã chegar.

- Lucas - Lizzy Grita de Longe - Lucaaas - Grita novamente - Porra Lucas, eu tô falando com você, tá surdo? - Ela pergunta assim que entra no meu quarto.

- Eu não deixei você entrar. - Digo fechando o livro.

- É mais caso tenha esquecido, você está com o meu fone. - Ela diz enquanto pega o fone na minha cômoda. - E Aliais, o pai tá chamando a gente pra ir comer. - Ela termina.

- Tá bom eu já vou. - Digo e abro o livro novamente.

- Sério, que você vai ficar o dia inteiro nesse quarto e lendo ? - Ela pergunta

- Sim, não tenho nada pra fazer mesmo. - Digo

- Lucas, a gente tá de férias. Você não tem amigos? - Ela pergunta

- Sim, eu tenho muitos amigos - Digo na ironia

- Sério? Me diz três dos seu "amigos" - Lizzy diz no Sarcasmo.

- Primeira, Você, Segundo, O Nathan e Terceiro, o.... Charlie - Digo, me levantando, e indo até minha cômoda.

- Pra começar, eu sou sua irmã, e não conta, segundo você não fala com o Charlie desde que vcs tinham 10 anos... ou seja, Família. E você nem fala com o Nathan á uns quatro anos, desde que ele foi pra Chicago. - Lizzy diz enquanto se deita na minha cama.

- Tá bom, isso não importa. Eu não sei se... - Ia terminando, mais meu pai entra no quarto.

- Licença, posso entrar? - Ele diz batendo na porta já aberta.

- Pode entrar pai - faço uma pausa - viu Lizzy, deveria ser igual o nosso pai e pedir licença.

- Sério? - Ela pergunta na ironia. - Mais Saiba que eu nunca vou fazer isso.

- Tá bom, eu só vim aqui pra chamar vocês para comer, a comida já está na mesa. - Ele diz se aproximando até a porta.

- Tá bom, eu só vou pegar meu celular. - Digo, e ele se retira e vai até a cozinha. Pego o meu celular e vou junto com Lizzy pra comer.

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Começamos a comer, mais em uns 6 minutos, o meu celular e o de Lizzy apita, então pegamos para ver oque é.

- Eita Porra - Lizzy diz assim que liga o celular.

- Ei olha a boca, mocinha - Meu Pai diz para Lizzy - Oque aconteceu?

- Um garoto da nossa escola se assumiu gay, anonimamente pelo twitter e alguém descobriu o perfil dele e compartilhou com todo mundo. - Ela explica para meu pai.

- Eu vou pro meu quarto, ta bom - Digo e retiro o meu prato e vou até o meu quarto. Deito na cama, e começo a ler o tweet.

[Olá, á todos que estão lendo esse POST. Eu vim fazer algo que ninguém nunca fez, por via do Twitter. Eu sou Gay, e vim desabafar isso aqui, por eu não aguentava mais guardar esse segredo de todo mundo, e não acho que é algo que eu deveria escolher, porque não mudou nada em mim, eu só descobri algo que no fundo eu já sabia a anos. E eu não estou nem aí para os Homofóbicos de merda que estão me julgando assim que viram a palavra Gay no tweet. Bom esse sou eu. Com Carinho, Garoto Desconhecido.]

Eu não sei o por que, mais esse tweet mexeu muito comigo... não sei se é por conta de ter sido escrito por um garoto Gay que aparentemente é da minha escola. Ou se é por que eu em identifiquei com alguns detalhes desse post. Mais só tem uma coisa que eu queria fazer agora... que é mandar uma mensagem para esse garoto. Mais tem uma coisa que tá me impedindo, que é a falta de coragem.

Depois de uns 20 minutos tomando coragem para mandar uma mensagem pro garoto, eu finalmente ganho coragem e começo a escrever.

[Oi, Garoto Desconhecido, você não me conhece. Mais eu e você temos uma coisa em comum, e essa coisa em comum é que ambos guardamos o mesmo segredo... bom você talvez não, mais eu sim.. eu sou gay e eu tenho muito medo de contar para as pessoas que importam para mim. Espero poder conversar com você. Com Carinho, Freddy.]

Termino e fico analisando para ver se envio ou não. Talvez você esteja se perguntando o por que de eu ter assinado como 'Freddy'. E a resposta é bem simples, Freddy é o nome do Assassino do filme "A Hora do Pesadelo" que é o meu filme de terror favorito.

Quando eu estou quase desistindo de enviar a mensagem, meu pai aparece do nada no meu quarto, me dando um susto tão grande que faz com que eu aperte no teclado enter do notebook, fazendo a mensagem ser enviada.

- Filho, eu já estou indo trabalhar, tem comida nos potes dentro da geladeira, se precisarem de alguma coisa me liguem. Tá bom - Ele diz

- Ta bom, Tchau pai - Digo saindo do transe, e depois corro pra fechar a porta do quarto, e volto pro notebook. Quando eu ligo vejo que ja é tarde demais, a mensagem já havia sido enviada, ou seja agora só resta esperar por uma resposta.

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Horas Depois:
23:27

Depois e um bom tempo no meu quarto vou pra sala e vejo Lizzy sentada no sofá e tomando sorvete. Me sento do seu lado.

- Lizzy, posso te fazer uma pergunta? - Pergunto

- Pode, oque é? Quer sorvete? - Ela pergunta.

- Não valeu. Então oque você achou do garoto se assumindo naquele post? - pergunto

- Achei normal, por que ? - Ela pergunta

- Por nada... E você achou, tipo normal? - Digo gaguejando.

- Acho, por que? Você não acha ? - ela pergunta

- Óbvio que eu acho isso normal, tá achando que eu sou Homofóbico? - Digo

- Bom, por alguns segundos eu achei - Ela diz, mais é interrompida pela companhia que toca.

- Eu atendo - Digo e vou até a porta.

- Quem será ? - Ela pergunta.

- Sei lá, só tem um jeito de saber - Digo e abro a porta.

Assim que eu abro a porta, me deparo com um garoto que é igual a mim LITERALMENTE.

- Mais que porra é essa - Lizzy diz assim que vê quem é na porta..

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Continua no Capítulo 02.