O dia seguinte na empresa começou bastante agitado. Durante toda manhã eu não sabia o que estava acontecendo, até que na hora do almoço, Arthur me contou que o telefone da presidência não parava de tocar desde que começou o expediente.Arthur: Os jornalistas querem saber o que causou a confusão. — ele dizia enquanto enrolava o espaguete no garfo. — Me recuso a dar qualquer explicação e alimentar ainda mais essa história.
Carla: Já tem notícias espalhadas pelos jornais? — perguntei tomando um gole do meu suco e começando a me preocupar novamente.
Arthur: Em alguns sites. — Arthur esticou a mão e segurou a minha por alguns segundos acariciando as costas dela com seu polegar — Se eu me mantiver calado, logo esse assunto vai ser esquecido e eles já terão encontrado outra notícia para publicar.
Carla: Tem certeza? — ainda me sentia insegura.
Arthur: Acredite, querida. — vi seu corpo inclinar para frente — Vivo nesse meio desde que nasci, logo eles descobrem um caso de fraude ou de traição e terão muito que publicar, enquanto a briga que eu provoquei será totalmente esquecida.
Carla: Eu só quero que tudo fique bem.
Carla: Acredite, meu amor. — ele beijou minha mão — Vai ficar.
Voltamos para empresa dentro do Lincoln que ele dirigia com maestria. Optamos por ir a um restaurante de carro para evitar sermos abordados na rua por jornalistas. O resto da tarde passou rápido e perto da hora de ir para casa, Olivia ligou para minha sala.
Olívia: Srta. Diaz, estou ligando para lhe dar um recado deixado pelo Sr. Picoli. — sua voz era suave, mas capaz de demonstrar toda sua eficiência. — Ele precisou sair para uma reunião de última hora. Disse que o motorista estará esperando-a em frente à empresa.
Carla: Obrigado, Olivia. — respondi recostando-me à cadeira — A propósito, que tal de amanhã saímos para tomar um café? Faz tempo que não conversamos.
Olívia: Eu adoraria.
Um pouco triste por voltar para casa sozinha, eu me recostei no carro enquanto Charles dirigia pelo tráfego intenso do Rio de Janeiro no final da tarde. Ouvi meu telefone tocar e o peguei apressada dentro da bolsa pensando que fosse Arthur. Na tela, vi escrito o nome de Daniela e atendi bastante curiosa e um pouco preocupada pensando se algo aconteceu com Malu.
Carla: Alô?
Daniela: Carlinha, já está vindo para casa? — ela parecia ansiosa do outro lado da linha.
Carla: Sim, estou a caminho. Aconteceu alguma coisa?
Daniela: Não, pelo menos não ainda. — ela parecia animada — É que Davi vai jantar aqui em casa hoje e eu gostaria de saber se você e meu irmão estarão disponíveis.
Carla: Eu estarei, mas Arthur está em uma reunião, não sei a que horas chega.
Daniela: Vou torcer para que chegue a tempo. — ela disse e eu estava cada vez mais curiosa com essa urgência.
Carla: Daqui alguns minutos estarei chegando em casa. — respondi e logo desligamos a ligação.
O trajeto demorou menos do que eu pensava. Charles parou o carro na entrada e eu desci devagar carregando minha bolsa nos ombros. Assim que entrei no hall, vi Daniela descendo as escadas sorrindo para mim.
Daniela: Que bom que chegou, Carlinha! — ela me abraçou dando um beijo em minha bochecha logo em seguida.
Carla: O que está acontecendo? — inclinei a cabeça um pouco para o lado com uma curiosidade cada vez mais aguçada.
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Quem é você, Arthur?
FanfictionSinopse: Carla Diaz era apenas uma jovem mãe solteira que conheceu uma espécie de anjo que lhe deu a oportunidade de uma nova vida. Tudo parecia maravilhoso até que ela conheceu o homem que agora estava dominando todo o império da família da qual el...