O mundo é mais estranho do que parece

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Em um mundo onde a tecnologia e o dinheiro é o que mais importa, o ser humano esquece que estamos em uma hierarquia de poder, não só financeira, mas espiritual. Em que são distribuídas diversas oportunidades, títulos e propósitos acompanhadas de leis que devemos seguir (ou não) mas que ocasionalmente trazem consequências para aqueles que os negam.

É muito mais sensato conhecer um pouco de cada lei terrena para viver com menos consequências, não que você esteja isento dessas, mas com certeza irá se sobressair para com os demais.

Você deve estar pensando "O que esse louco está falando? De alguma religião? Céu e inferno? Deuses Gregos, egípcios?

Bom, de tudo. Estou falando de todas as manifestações espirituais juntas simbolizadas em consciência. Arquétipos.

Seres conhecidos na humanidade como símbolos de vidas que existiram no passado e continuam existindo no presente e futuro. Seres místicos com o único propósito de trazer sabedoria e instinto para pessoas encontrarem a sua missão na terra. Todos nós nascemos com um arquétipo natural, que ajudam a arrumar um emprego, encontrar a sua alma gêmea ou até mesmo ficar milionário. Mas muitos são escolhidos apenas com uma única missão, essa seria de purificar as pessoas dos arquétipos corrompidos de seus lados sombras.

Me chamo Jeon Jungkook, e sou um escolhido. Não me lembro muito bem como isso tudo começou, mas lembro que foi em um inverno.

Era Janeiro, a temperatura estava em aproximadamente -4°C. Eu andava pelas ruas de Seul encarando a neve sobre o chão de umas das calçadas do centro da cidade. – A vida sempre foi tão deprimente?

Tinha terminado um relacionamento a pouco tempo e não me sentia nada bem, lá estava eu com mais de 20 currículos na minha mão direita prestes a entregar na empresa mais próxima. Além de ter terminado com a minha namorada, Min-ji, estava desempregado.

-Urr, que frio é esse?! – Me encolhia e movia minhas duas mãos enluvadas até o rosto e soprava com ar quente. Inclino para a esquerda e vejo uma cafeteria que parecia amigável e quentinha. – Acho que é uma boa... um café pra esquentar não é um gasto tão alto assim, né? – Sorria animado e andava um pouco rápido em direção a cafeteria. Minhas botas afundavam um pouco na neve tornando os passos mais difíceis – Estou quase lá... eu... – Olho para o lado e vejo um carro vir rapidamente até mim.

O que...

Ele estava tão rápido que a única coisa que consegui pensar foi.

Eu não quero morrer, Deus. Por favor!

Minhas mãos cobriram o meu rosto enquanto eu me encolhi em posição de defesa, aguardando o impacto forte que acabaria com a minha vida em três segundos.

Um;

Dois;

Três.

- Mas, o quê? – Voltei a minha posição normal e olhei que o carro não estava onde deveria estar. Me virei procurando aquele carro, e o que vi pareceu confuso.

Um garoto de cabelos pretos com mechas alaranjadas estava agachado olhando o carro, que estava totalmente de cabeça para baixo na neve. O que ele fazia ali? Como conseguiu chegar tão rápido perto de um carro que poderia ter levado ele e eu para a morte?

O garoto se levantou e olhou diretamente para mim com uma expressão séria. Seus olhos eram asiáticos, porém a cor não era escura e sim de um esverdeado, ele usava lente?

Imediatamente corri até o carro para ver quem tinha se machucado, mas a única coisa que consegui ver foi uma pessoa evaporando como partículas de areia.

- Ah?? Que bruxaria... – Olhei para o garoto de mechas ruivas que deu um sorriso de sarcasmo e logo observei algo atrás dele, parecia ser uma sombra animal, mas logo foi tomando forma e eu pude observar que era um leopardo.

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