O Verdadeiro Lado | CONCLUÍDO

CAPÍTULO ÚNICO

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Era tarde da noite quando a porta principal da sala foi batida, o suficiente para se escutar até um pouquinho de longe, mas não pela força e sim pelo silêncio. Paola respirou fundo se remexendo na cama, mas um dia de briga teria com seu esposo novamente. Eles eram casados há 6 anos, e agora estavam naquela fase difícil do casamento.
A porta do quarto foi aberta e ele entrou, trajado de um terno escuro, segurando uma maleta na mão direita, Welliton tinha a pele clara, olhos escuros e cabelos loiros, tinha 1,82 de altura e um ótimo físico. Paola estava sentada na cama, as costas escoradas na cabeceira e os olhos atentos no esposo.

- Como foi seu dia? - perguntou como sempre.

- Cansativo! - e recebeu a mesma resposta de sempre.

Ela respirou fundo, assistiu ele tirar o terno e os sapatos, retirando a blusa social logo em seguida ficando somente com a blusa branca por baixo. Paola suspirou chateada, sabia que novamente dormiria e não teria conseguido conversar com seu esposo. E ficou chateada por saber que novamente ele não iria ter relação com ela.

- Cris sente sua falta! - pronunciou.

- Verei ela amanhã. - respondeu guardando a maleta e caminhando para o guarda-roupa.

- Você não irá tirar um tempo para passar com ela não? - questionou.

- Amanhã verei ela no almoço. - respondeu impaciente.

- Certeza? Você fala e não cumpre. Sua filha precisa de você. - falou e recebeu o virar brusco do corpo dele.

- EU JÁ FALEI QUE VEREI ELA, ENTÃO PARE DE ENCHER O RAIO DA PACIÊNCIA. - gritou irritado.

Paola se encolheu na cama, os olhos embaçaram levemente e o corpo começou a tremer. Ela temeu que tivesse acordado a menina que dormia no quarto ao lado.

- Desculpa - pediu para dar fim na discussão.

Welliton pegou suas roupas e entro no banheiro, seus passos pesados ecoavam no quarto agora silencioso.

Deitada na cama, ainda assimilando o que acabou de ocorrer estava Paola, os olhos distantes e lágrimas querendo ser soltas.
Em meia dor, ela tomou uma decisão e esperou que ele saísse do banheiro para revelar.

O que aconteceu minutos depois, aonde ele saiu e se deitou de costas para a mesma.

- Eu quero um tempo. - pronunciou de uma vez.

Welliton nada falou, apenas prestou atenção no que ela dizia.

- Eu vou para a casa da minha mãe amanhã cedo, depois que a Cris ir para a escola. Não precisa pagar nada para ficar com a Cris... Se bem que nem sei se você terá tempo - pronunciou.

Welliton assimilou as palavras, a fúria crescendo em seu corpo juntamente com a decepção e insegurança...

- Já vai? Rápido assim? - questionou em puro ódio.

- Como assim? - Paola confusa perguntou.

- Tem quanto tempo que planejou isso? Um mês? Mais de um mês? - continuou questionando.

- Welliton, não estou lhe entendendo. - tentou novamente.

Um minuto exato, foi o tempo que ela demorou para perceber as costas tremendo e o choro da pessoa na sua frente.

- Welliton, você está chorando? - perguntou assustada.

- Quanto... Quanto tempo faz? - questionou.