Vai-se o ar, ficam os pulmões
Os batimentos que aceleram em velocidade da luz
Os suspiros sonhadores admiram o céu azul
E, quando se vê, o olhar desvia-se...
Apaixonar-se é arte
Artimanha do coração
É manha, aperto e comichão
Coisa que toma forma nos impossíveis amores
Fórmula de intensos ardores
E sobrecarrega o peito
Em sentimento pitoresco.
Externa-se no bilhete esperançoso
No admirador secreto
Sorriso no rosto
Um "se", um "quase"
Um encontro corpo-a-corpo
Muito perto um do outro
Choque de peles em amorosa eletricidade
Pelos eretos.
Então, bobamente
Idealiza-se a amada
A compara à alvorada
Ao mais brilhante diamante
Aos pensamentos mais distantes
Arrebatamento que se expande
Ai, ai, que súbito romance!
Ufa...
É...
A paixão é muitas vezes penosa
Uma desilusão amorosa
Em fixação venenosa
Certamente!
Mas, ironicamente
É sensação gostosa!
Arrisco ainda a escrever
Que a paixão é queda
Transforma-nos em pedra
A frente daquela pessoa
Mas como é delicioso cair e recair
Sobre o semblante da musa
Que sonho que é
Congelar-se diante da bela medusa.
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Poesias para amar!
Puisi"Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar..." Já dizia Vinicius de Moraes. Quem jamais sentiu aquele comichão no coração, quem nunca se tremeu de amor ao se aproximar da amada na paixão? Ora, o que seria do homem sem o amar? Nada...