"Sarah, você sabe o que isso significa?"
Virei a cabeça para a janela, olhando para o céu sem nuvens, e depois para o meu interlocutor."Vou assumir a empresa, quer a família Andrade goste disso ou não."
Fiquei de pé, e Arcrebiano e Guilherme se levantaram de suas cadeiras e ficaram atrás de mim, foi uma boa reunião, mas definitivamente muito longa.
Apertei a mão dos homens presentes na sala e me dirigi rapidamente para a porta.
"Veja bem, Bil , isso vai ser bom para todo mundo" Levantei meu dedo indicador.
"Você ainda vai me agradecer por isso."
Tirei meu blazer e desabotoei o primeiro botão da minha camisa branca, sentei no banco de trás do carro, desfrutando o silêncio e o friozinho do ar-condicionado.
"Para casa" resmunguei baixo e comecei a ver as mensagens no celular.
A maioria era de negócios, mas entre elas encontrei também um SMS da Bianca:
"Estou molhadinha, preciso de um castigo" Dei um profundo suspiro, ah sim, minha namorada tinha adivinhado bem qual era o meu estado de espírito, sabia que aquela reunião não seria nada agradável e que não me deixaria tranquila, sabia também o que poderia me relaxar.
"Esteja preparada lá às oito", respondi em poucas palavras, e depois me acomodei no banco olhando pela janela do carro e vendo o mundo passar, fechei os olhos.
E não conseguia pensar em outra coisa, vou pirar se ela não aparecer na minha vida.
Já tinham se passado cinco anos desde o acidente, cinco longos anos desde como disse o médico "o milagre" a morte e a ressurreição, durante o qual sonhei com uma mulher que nunca tinha visto na vida real.
Eu a conheci nas minhas visões, quando estava em coma, o perfume do seu cabelo, a delicadeza da pele, eu quase podia senti-la me tocando, toda vez que fazia amor com a Bianca ou com qualquer outra mulher, na verdade, eu fazia amor com ela.
Eu a chamava de minha Senhora, era minha maldição, minha loucura e provavelmente, minha salvação.
O carro parou, peguei o blazer e saí.
Arcrebiano, Guilherme e os caras que eu tinha levado comigo já estavam esperando no pátio do aeroporto.
Talvez tenha exagerado,mas, às vezes, é necessário dar uma amostra de poder para ludibriar o oponente.
Cumprimentei o piloto e me sentei na poltrona macia, a comissária de bordo me trouxe whisky com uma pedra de gelo, dei uma olhada nela, ela sabia do que eu gostava. Lancei um olhar vazio e ela corou e sorriu ligeiramente.
E por que não? Pensei e rapidamente, me levantei.
Peguei a mulher surpresa pela mão e a puxei para a parte privada do jatinho.
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365 DNI - Sariette
FanfictionBaseada no filme e livro 365 dias, agora uma versão sariette 👀 Me sigam no twitter: @Galegadaju