SEVEN | UNTHINKABLE THINGS

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VICTORIA estava ao lado de Newt, em frente às portas do labirinto, que começavam a se abrir na primeira hora da manhã.

A menina não havia conseguido dormir direito aquela noite, mesmo que Minho não tivesse saído do seu lado nem por dois segundos. Por conta de sua exaustão mental e física, Alby havia a proibido de entrar no labirinto naquele dia. Por fim, ele – um não-corredor, ela gostaria de acrescentar – e Minho iriam voltar ao lugar onde Ben havia sido picado, para que pudessem descobrir o que havia acontecido.

Uma péssima ideia, caso a opinião de Victoria importasse em alguma coisa. Mas quando Alby colocava uma ideia em sua cabeça, nada a tiraria de lá; nem mesmo uma alarmada Victoria, que sentia algo estranho em seu estômago.

— Tomem cuidado. — Ela pediu, abraçando Alby e Minho, em seguida. Encarou os olhos castanhos do asiático, sabendo que tentar impedi-los de entrar no labirinto não funcionaria. — E é melhor voltarem, se não quiserem que eu vá caçar vocês durante a noite.

Alby riu fraco, e Minho sorriu para ela de uma maneira que Victoria nunca havia visto antes: um sorriso terno e derradeiro. O mais velho deu um passo à frente, empurrando o ombro da garota em forma de brincadeira. — Te prometo que volto inteiro, pirralha.

— Sabe que não gosto de promessas, seu trolho. — Ela murmurou, e ele riu novamente.

— Não vou deixar de voltar inteiro por isso.

Newt sorriu perante à cena, fazendo um toque de mão com Alby e Minho.

— Boa sorte. — Ele desejou, sincero.

E então, os dois garotos saíram correndo labirinto adentro.

Victoria suspirou, não tendo um bom pressentimento sobre aquilo. Notando sua angústia, o loiro passou um de seus braços pelos ombros dela e eles voltaram para o domicílio, onde Newt deixou que ela deitasse em sua rede e prometeu que ficaria ao seu lado para que ela pudesse dormir por algumas horas.

Finalmente, ela tinha conseguido. Mas fora um sono turbulento, mais desgastante do que restaurador. Seus sonhos estavam recheados de rostos fantasmagóricos e dos gritos de Ben; verdugos apareciam de repente e ela se remexia agitadamente na rede a cada susto que levava.

Minutos depois de acordar e dispensar Newt, Victoria encarava o chão sem fazer nada, sentada em uma rede junto de Chuck, que usava uma faca para esculpir algo em um pedaço de madeira.

— Então... — O garoto cantarolou baixinho, chamando a atenção da menina, que lentamente virou seu rosto.

— O que foi dessa vez? — Ela murmurou, olhando suavemente para ele.

— O que 'tá rolando entre você e o Minho? — Ele perguntou de repente, pegando-a de surpresa. Victoria quase se engasgou, franzindo o cenho.

— Garoto, do que você 'tá falando?!

— Você e o Minho. — Ele sorriu fraco, ainda esculpindo a madeira. — A tensão é tão tensa que quase dá 'pra tocar.

— Que tensão?

— Mulheres... Não entendem nada. — Ele reclamou e ela bateu em seu braço, fazendo-o a encarar com uma careta.

— Cala a boca, seu trolho! — Resmungou. — Não tem tensão nenhuma.

— Tem sim! — Ele insistiu e a menina revirou os olhos. — Ah, qual é! Vai me dizer que você não acha ele um garanhão?

Victoria não se conteve e riu alto com a frase de Chuck. — Você tem idade 'pra isso?

— Não sei, mas tenho o suficiente 'pra saber que ele quer beijar você. — Chuck soltou o pedaço de madeira que esculpia e juntou as duas mãos, fazendo sons de beijos. Victoria balançou a cabeça negativamente.

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⏰ Última atualização: Jan 12 ⏰

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