um mundo chamado poesia

39: Loucos

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"Ela ficou tanto tempo em meio as cobras que acabou de tornando uma."

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É cansativo esperar
É cansativo ficar esperando algo que nunca chega
Sou tão única no meu modo de ser que talvez não exista um alguém que consiga cair nesse meu mundo de cores que sou
Que não consiga me ver em meio a tantas sombras
que não consiga me enxergar de verdade
Que não consigo ouvir minha música ao fundo
Que eu nunca consiga estender a mão para o sol
E nunca consiga parar de tremer de frio
Cansei da solidão
Eu só queria ser escolhida
E atravessar a barreira do mar
Eu só queria ser escolhida
E não ficar só em espera infinita
Eu só queria ser escolhida
E não chorar mais as escondidas
Eu só queria ser escolhida
E viver como nunca na vida
Eu só queria ser escolhida
E poder tocar finalmente no sol
Sem medo de se queimar
Só isso, só isso.
Ser escolhida uma única vez
Só isso...

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Chapeleiro maluco
Loucura da paixão envolvida
Loucura da loucura em vida
Das raízes sanguíneas
Da emoção em tambor
Sem rima, só agitação

Loucura na dançar em meio aos olhos curiosos
Na música que queima meus osos
Que entorpece os sentidos
E me move aos céus

Loucura na sensação do estopim
Que foge da razão Indomável

A vergonha já não dominante
As amarras já não sufocantes
No livre fascinante
Daqueles que escolheram viver da verdade
E da bagunça sem explicação

Loucos inerentes
Da mente que te engana
Da mão que se fecha em socos
Da língua Indomável
Incontrolável
Um desejo em palavras e ações
Sorrir para os céus que Caém em agitação
Fugindo do normal
Sem a cegueira nos globos .

Palavras colocadas em linhas
Manchando seus dedos de tinta
Antiga escrita

Em terras do nunca
Dizeres em versos
A agonia sentida
Locutora de segredos
Sem sentido
Sentido...
Seguindo na linha do destino
E saboreando da imaginação manchada em rabiscos

Da identificação
Do coração sem sangue
Estações que mudam sem pretensão
Chuva de tilintar
Meu eu artista

Poetisa
Doses de sonhos
E calafrios

Me tornando tornado
Pedras pequenas do espaço
Um mundo em colapso
Uma em um milhão de infinitos
Saindo da casca da falação
Abrindo a mente
Revelando páginas de mim
Sendo amante da liberdade
Nessa loucura de sinceridade
E da minha pequena familiaridade
Nessa profundidade
De distorções.