Poucos minutos de conversa foram o suficiente para que Mário ficasse intrigado e disposto a desvendar a acidez por trás das palavras de Manoela, fazendo ele começar a reparar mais na aluna da universidade da sua família. A diferença entre eles é com...
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Deixo o copo de MilkShake na mesa e viro para a Ashley, que está falando sobre a Kisa e o Alfredo que acabaram de entrar juntos.
— É lindo o amor — Ashley suspira.
— Ashley, você só fala de amor — debocho.
— Mas é sério, olha o amor entre eles. Tem todo o olhar apaixonado.
— Olhar apaixonado? — Camile questiona.
— Percebe como o Alfredo olha a Kisa, com paixão, admiração e amor. O jeito que ele sorri ao ver ela fazer qualquer coisa. É amor e é bonito.
— Conte mais sobre esse tal olhar. — Apoio os cotovelos na mesa e apoio a cabeça nas mãos.
— Se você olhar para eles, você vai ver que se amam pelo olhar. Não é a questão da pupila dilatada, é a percepção do amor nos olhos, o famoso os olhos dizem mais que a boca. Não precisamos perguntar para saber que eles se amam.
— Verdade, eles se olham com amor — Priscila diz. — Queria que alguém me olhasse assim.
— E os olhos azuis? — questiono.
— Não sei se ele realmente me quer, me vê como algo a mais, ou se é apenas algo carnal.
— Ashley irá analisar o olhar — Camile diz.
— Mas como realmente perceber? — pergunto, bebendo minha bebida.
— Ficou curiosa, Manoela? — Priscila debocha. — Primeira vez que vejo a Manoela animada com o amor.
— Porque ela está amando — Ashley diz.
Me engasgo com o MilkShake e arregalo os olhos.
— O que? Eu não! — nego rapidamente.
— Está sim. Eu achei que era algo da minha cabeça, mas eu percebi quando eu estava passando no corredor e vi.
— Do que ela está falando, Manoela? — Camile pergunta.
— Eu que vou saber? Deve estar louca — respondo, mexendo o canudo do Milkshake freneticamente.
— Estou falando sobre como você e Mário se olham.
— Mário? — Priscila e Camile praticamente gritam.
Engulo seco, deixando de olhar para as meninas.
— Manoela, você e o Mário...
— Não...ela...ela está falando nada com nada — falo, nervosa, cortando a Priscila. — Deve viu coisas.
— Não faça isso de novo comigo, Manoela. Eu acreditei, mas não acredito mais.
— Espera, conte essa história direito — Camile diz, os olhos arregalados. — Ele não te forçou, né?
