Poucos minutos de conversa foram o suficiente para que Mário ficasse intrigado e disposto a desvendar a acidez por trás das palavras de Manoela, fazendo ele começar a reparar mais na aluna da universidade da sua família. A diferença entre eles é com...
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Entro na biblioteca e encontro as meninas sentadas conversando. Passo meus olhos pelas meninas, vendo-as ansiando por alguma informação minha.
— E então? — Priscila pergunta.
— Não estão deixando ir embora por causa da chuva forte — digo e me sento ao lado da Camile.
— Ficaremos aqui até quando? — Camile pergunta.
— Estamos aqui há horas, provavelmente deve ser quando a chuva passar — Priscila diz.
— Eu queria ir para casa — digo.
— Eu também. Hoje é sexta-feira, eu estava pensando em maratonar Jogos Vorazes.
— É só ver no seu celular, Ashley — debocho.
— Não é a mesma coisa. — Ela revira os olhos castanhos.
— O senhor Parker está chamando os alunos para o auditório — uma menina diz ao passar pelo corredor.
— Vamos? — pergunto.
— Vamos — Camile diz.
Nós quatro vamos juntas em direção ao auditório, assim como outros alunos que também ficaram aqui. Quando chegamos, já tem vários alunos sentados e alguns chegando por outra entrada.
É como um imã, assim que chego, meus olhos se concentram no Mário em pé conversando com uma coordenadora enquanto prende o seu cabelo. Sento em um dos bancos livres da frente junto com as meninas e ele repara a minha presença.
Mantenho o meu olhar sério para ele e fico reparando sobre o que a Ashley disse sobre o tal do olhar do amor. Será isso o olhar do amor?
O loiro me olha por longos segundos, marca seus olhos em mim por todo o meu corpo e rosto. Reparo ele ficar tempo demais com os olhos azuis presos na minha saia, talvez em minha coxa. Engulo seco e pigarro, chamando a sua atenção. Mário balança a cabeça e volta a conversar com a coordenadora.
Quando a maioria, ou todos, os alunos chegam, Mário se aproxima do microfone para falar.
— Boa noite. Como vocês sabem, está chovendo muito, o que impossibilita a visão da estrada e a ida de vocês para casa. Sei que são adultos e responsáveis por si mesmos, mas realmente não tem como sair nessa tempestade de acordo com as autoridades. A chuva não irá parar, então terão que ficar aqui essa noite. Iremos pegar o nome de cada um aqui e dividir vocês para colocar nas acomodações do campus.
A coordenadora da faculdade passa recolhendo nome por nome e isso demora longos e cansativos minutos. Depois deles se reunirem por alguns minutos, voltaram com as duplas e trios que irão dormir no mesmo quarto. Por sorte, ou azar, as meninas ficaram juntas e eu fiquei sozinha.
Lanço um sorriso para as meninas, recebendo um reconfortante delas. Silabo que ficarei bem sozinha e caminho para a saída. Antes de ir para o quarto, passo no vestiário do time de natação e pego uma blusa grande que eu costumo deixar no armário da Camile. Em seguida, eu segui para o meu quarto e foi estranho estar em um lugar que eu nunca pisei. Mas, mesmo com a estranheza, eu fui tomar um banho para ir logo dormir.
