Capítulo 11

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[Marinette]

Depois de ter uma noite de sono tomada por um sorriso perfeito e um par de olhos verdes, eu praticamente não consegui dormir. 

Lembrei de todos os poucos momentos que passei com Adrien, a forma um tanto quanto peculiar de nos encontrarmos pela primeira vez, a forma como o reencontrei logo depois em sua empresa, e todos os pequenos acontecimentos entre nós.

Foi tão rápido, que eu me perguntava o "por que" de me sentir apegada a ele.

O havia conhecido a poucos dias, mas a conexão que eu sentia estar nos interligando era inexplicável, talvez fosse o fato de termos gostos em comum, ou talvez porque eu admirasse seu empenho no trabalho.

Eu estava me sentido meio confusa e não sabia se isso era um bom sinal.


Era assim que eu me sentia, uma total estranha por não reconhecer seus próprios sentimentos, se realmente fossem sentimentos.

E foi assim que cheguei no escritório do meu chefe, perdida em pensamentos.

Eu havia adentrado o local assim que obtive sua permissão. Ao entrar no escritório luxuoso do meu chefe, comecei a reparar novamente no ambiente, o mesmo estilo moderno e elegante do meu chefe se revelava no espaço, que por mais que fosse apenas um escritório, era bem grande e arejado.

voltei minha atenção a figura loira que preenchia alguns papéis de forma séria e concentrada. Sorri ao ver sua confusão em organiza-los sob a mesa, enquanto sua face se mantinha confusa ao encarar um papel em específico.

Caminhei em sua direção e me posicionei a sua frente, de forma que ele percebeu minha presença.

- Bom dia - sorri gentilmente e seus olhos se encontraram com os meus.

- Bom dia Marinette - ele retribuiu o sorriso na mesma intensidade. Fiquei feliz e aliviada por ele não estar de mau humor.

- Precisa de alguma ajuda com esses papéis? - caminhei para mais perto e me coloquei ao seu lado, abaixei-me perto dele.

- Não será necessário, a menos que queira olhar - apontou para a pilha de papéis.

- Deixe-me ver isto - peguei o papel de suas mãos e o analisei cuidadosamente, prestando atenção no que dizia. 

- Achou o erro? - ele ergueu os lábios em um sorriso provocante.

- Claro que achei - percebi o grande problema aparente.

- Então poderia me dizer? - colocou seus braços sob a mesa e pousou seus olhos sobre os meus.

- Simples, pelo que pude notar, é sobre o desfile que haverá no baile beneficente - encarei seus olhos por um instante, mas logo desviei - claramente o erro é visível, sabendo que é sobre a verba do evento. Estou certa? - ele confirmou positivamente com a cabeça.

- Como planeja resolver isto? - questionou-me e rapidamente franzi o cenho.

- Creio que este trabalho não me diz respeito, se me permite dizer - permaneci com o cenho franzido, enquanto ele continha  um sorriso.

- Claro que eu sei disso - me olhou de relance e ergueu seus lábios em um sorriso ladino - mas quero testar sua capacidade - senti meus olhos soltarem faísca e o encarei com um olhar mortal.

- Resumindo, você quer jogar o seu trabalho em cima de mim - reclamei recebendo um arquear de sobrancelhas de sua parte - mas está bem, resolverei isto em um instante.

- Acha mesmo que consegue? - começou a girar em sua cadeira olhando para o teto.

- Você duvida da minha capacidade? - ele riu.

O Dono do Meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora