CAPITULO 1

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Dedico este capítulo às almas que observam si mesmos e tentam calar a voz da sua mente pelo vício rotineiro.

Eu sei, não é bom, não é nada bom, não é Stephen King, não é J. K. Rowling, nem nada como um dessas histórias que nos prendem por horas e mais horas, mas são pensamentos, em meio de 4 doses de remédio no qual eu deveria tomar apenas 1. E agora estou numa crise psicotica tentando escrever um romance, que ora. Não é romance.

Enquanto o coração bate forte, o sino rotineiro da madrugada é tomada por este ar frio, e você está acordado porque infelizmente você foi amaldiçoado pela criatividade que só vem nessas malditas horas. A risco de que você deveria estar dormindo, mas digo que aproveitar essa brisa, e não escutar a voz insuportável da mente é bom, não bom, ótimo, e as vezes perfeito, escutando aquela música que só você entende...não por saber traduzir o inglês para o português, mas...por sentir, e se arrepiar.

Ora, o que está fazendo? Você deveria sim sumir, você deveria tomar mais 4 doses e morrer sem dor, você deveria fazer tudo menos viver.

Mas acho, que essa voz eu não posso mais escutar, eu adoraria mata-la por este instante para amanhã voltar novamente, e insistentemente você tentar explicar, mas seus pais não entenderem, porque para eles a tristeza tem motivo.
Mas meu caro amigo, a depressão não tem motivo, e quando tu menos percebe, ela está te levando para o fundo do poço e te fazendo gostar da dor, como um masoquista.

Mas olha. Certamente eu não ligo, não sou um escritor nato, não sou um ser abençoado pelos talentos da escrita, nem pelo melhor português já visto, nem pelas palavras mais profundas do mundo daquelas que tocam o fundo da alma de alguém. Mas juro que estou afirmando a verdade, dando uma de Junghead Jones de Riverdale e contando um romance assustador ou triste, ou apaixonante? Ou simplesmente palavras carregadas aos ventos que possam chamar a atenção de um bom leitor, ou de alguém que saiba entender o que estou dizendo.

É triste se sentir sozinho, entretanto, entrelinhas, entrepensamentos, entretudo.

É tão inútil por se sentir inútil, é tão insuportável por pensar que alguém será seu amigo novamente, e pensar que uma escrita pode te ajudar, que as pessoas que te magoaram na verdade foi você quem magoou, e depois quem brigou com você, certamente estava certo e você errado.

Tá tudo errado porra! Porque ninguém me deixa em paz e ao mesmo tempo me deixa, porque em algum momento me sinto bem e do nada me sinto uma bosta completa num mundo de merda que não sabe nem me dizer que merda eu tenho, ora transtorno depressivo, ora transtorno de personalidade, ora depressão. Eu só queria ser alguém que estivesse com a saúde mental em dia, que sim tivesse seus momentos de merda, mas que tivesse alguém para abraçar e chorar, e acabar, porque a dor iria acabar, mas a minha não, supera a porra do mundo, com a dor na cabeça falando se eu deveria existir ou não existir e virar uma lenda na porra de um mundo doente.

Sim, eu tenho raiva, mas eu sei que importante é; não sentir raiva e entretanto, sentir raiva, e depois mudar para a brisa ruim que só um antidepressivo faz, eu já aceitei que não irei morrer só com isso. Então porque me faz ter uma brisa tão louca ao ponto de eu tropeçar em meus pés e querer dormir ali mesmo, no chão imundo, ora vezes limpo porque sempre tem alguém limpando, mesmo que seja limpando que nem o cu.

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