Capítulo 7.

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*Hendrick*

- Como assim você não beijou ela? não rolou clima? achei que você fosse o bom nisso.

Já havia se passado dois dias desde o evento em que fui com a Júlia, hoje era sábado e estávamos em um bar bebendo e jogando sinuca, eu pensei em contar ontem na sessão de filmes mas achei melhor deixar para depois.

- Não beijei, Miguel - digo enquanto me preparo para dar outra tacada.

Eu e a Maria Júlia nos falamos apenas para dar os últimos ajustes sobre o evento que irá ocorrer nessa semana agora e tudo por e-mails, ela anda bastante ocupada trabalhando e eu também tenho me preparado bastante, preciso fechar negócios importantes e não ando com tempo para me dedicar a ela.

- Se quiser fazer a jogada no ano que vem está bom, está bom para você também, Peter? - Miguel pegou sua cerveja e deu uma golada.

- Para mim parece ótimo. - zombou Peter.

- Eu não atrapalho quando é a vez de vocês dois. - digo e me abaixo dando uma tacada cheia e jogando duas bolas para dentro do buraco, dou um sorriso ladino pros dois e uma piscadela.

Miguel deu a volta na mesa.

- Mas por que não beijou? da pra você contar a fofoca direito? eu conto tudo direito para vocês, até da vez que broxei na cama com aquela dançarina. - diz ele enquanto eu e Peter caímos na gargalhada. Miguel preparou sua tacada e assim a fez, acertando uma bola, ela parou perto do buraco, porém não caiu.

Peter arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso ladino sapeca pro Miguel, era a vez dele jogar.

- Obrigado por isso, Miguel. - diz e acerta a bola jogando ela dentro do buraco e Miguel revira os olhos enquanto abre outra cerveja.

- Você bebe rápido demais. - Digo abrindo outra cerveja e me servindo de duas goladas.

- Isso acontece quando tô estressado e nervoso.

- E por que tá assim? - perguntou Peter.

Miguel pegou o giz e passou na ponta do taco para polir a superfície da ponta, ajudando ele a ter uma jogada mais certeira. Levando em conta que ele estava perdendo. Eu estava em primeiro, Peter em segundo e ele em último. Ele preparou a tacada e jogou.

errou de novo.

- Primeiro, porque você não conta a fofoca direito pros seus melhores amigos, segundo porque eu estou perdendo e perder me deixa nervoso.

Sorri ladino e comecei a contar tudo que rolou naquele dia comigo e com a Júlia.

Eles estavam a exatamente 20 minutos contados gargalhando da minha cara.

- Então não teve beijo porque você quer conhecê-la melhor e ainda brincou de pega pega com ela? - perguntou Peter sorrindo e limpando as lágrimas, já havíamos parado de jogar, eu ganhei, como sempre. Miguel se estressou e resolveu por não jogar mais, agora estamos sentados tomando cerveja e comendo petiscos.

- Ela é bem fechada, se eu tentasse era capaz de ela querer ir embora ali mesmo. Da para parar de rir? - perguntei irritado.

- Pensei que você estivesse confiante. - zomba Miguel dando um gole na sua bebida prendendo a risada.

- Se essa for as aulas que você vai dar, estamos lascados. - zombou Peter fazendo Miguel cair na gargalhada. Eu odeio eles.

- Ainda bem que eu já deixei de ser um aluno exemplar à anos. - diz Miguel.

- Eu nunca fui mesmo. - confessou Peter comendo mais petiscos, ele era viciado nisso que chegava a confundir com janta.

Miguel esticou o braço e pegou três palitinhos de dente, virou de costas e depois voltou para frente com a mão fechada e somente as pontas dos palitos para fora e disse:

Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora