ᴀʟᴍᴀ ɢᴇ̂ᴍᴇᴀ é a pessoa com quem você se conecta instantânea e profundamente, que te enxerga e te aceita por quem você é e, ao mesmo tempo, te ajuda a ser a melhor versão de você mesmo.
Mas, e se não for bem assim?
Com 18 anos, Madison Martinez está...
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OCHEIRO DE CAFÉ INUNDOU MINHAS NARINAS. Ao passo que adentrava no lugar, outros cheiros chegavam até mim.
Sarah tinha voltado para Miami na noite passada e combinamos de tomar café no restaurante da minha família, o que eu agradeci internamente, hoje não era um bom dia em minha casa.
Meus pais não tinham o melhor casamento, e nem se quer o mediano. Desde quando era criança, presenciava inúmeras brigas dos dois, e não eram brigas simples, algumas vezes escutava algo se quebrando. Porém, nunca perguntei nada sobre o assunto para eles.
Mesmo tendo uma boa relação com meu pai e ele sendo muito aberto, Alexandre conseguia esconder muitas coisas de mim. Ao mesmo tempo em que ele parecia falar tudo, ele parecia dizer apenas o necessário.
Hoje logo cedo quando levantei e escutei barulhos na cozinha, não estranhei. Era algo tão rotineiro que não me importava mais. Por isso, quando li a mensagem de Sarah perguntando se podíamos tomar café da manhã juntas no restaurante da família, não pensei duas vezes.
Apesar do costume, não era algo que gostava de presenciar.
— Oi, Maddy! — A voz de Sarah chega rápido aos meus ouvidos, me fazendo girar a cabeça em sua direção. Não me espantei ao vê-la debruçada sob o balcão e minha avó do outro lado, um sorriso aberto decorando seu rosto.
— Mi niña, ¿cómo estás?
— Sabe, estou começando achar que me trocaria facilmente por ela, vovó. — Estreitei os olhos na direção da mais velha.
— Nunca faria isso, ninã.
Sem conseguir segurar, solto uma risada, ambas me acompanhando na ação.
— Bom dia, para vocês. — Abracei Sarah e rodei o balcão, abraçando e beijando minha avó. — Como foi a viagem?
— Boa, aproveitei bem. Inclusive, trouxe presentes. — Sorriu largo. A garota amava presentear pessoas próximas, ela dizia gostar da reação delas recebendo o presente. — O da vovó e o do vovô já dei, o seu e o do tio estão no carro.
— Já recebi, já abri e amei. — Abuela se gaba, a expressão convencida em seu rosto.
— Me impressionaria se fosse o contrário.
— Mi amor, por favor ven aquí. — A voz masculina se faz presente e olho, vendo meu avô vindo até nós, um sorriso abrindo em seu rosto ao me ver. — ¿Por qué no me dijiste que mi niña estaba aquí?
— Meu avô favorito. — Abri os braços indo até ele.
— Claro, é o único que você tem, Maddy. — Sarah diz, fazendo com que minha avó ria ao seu lado.
