antes de começarem a ler quero deixar claro que essa história está sendo escrita num momento de surto e ódio pelo Kinn no episódio nove.
Escrita ao som de
"River - BRKN LOVE" (rock version)×
PORSCHE P.O.VEstava irritado.
Não conseguia acreditar que Kinn havia acreditado mais em seu ex (o qual já o havia traído antes) do que em mim.
Não querendo me gabar ou usar isso a meu favor mas há poucos dias atrás eu estava disposto a sacrificar minha mão por ele.
Aquele sequer parecia o meu Kinn.
Aquele que havia saído para um encontro numa cafeteria, aquele que segurou a minha mão quando me senti inseguro quando os olhares e cochichos maldosos recaíram sobre nós.Ele havia destruído tudo.
Tawan. Eu o odiava tanto.
Mas não tanto quanto odiava Kinn naquele momento.Eu estava andando de um lado para o outro ansioso, queria falar com ele. Esclarecer aquilo.
Torcer para que fosse apenas um plano idiota do qual eu não havia sido avisado, torcer para que Kinn não tivesse me traído daquela forma.
Meu coração disparou ao ouvir o som botas contra o chão.- Eu sabia que iria confiar em mim - disse esperançoso, mas diferente do que eu esperava, não era Kinn que estava a minha frente.
- Fuja comigo, Porsche - a voz de Vegas soa baixa, os olhos quase suplicantes.
Não podia acreditar que Vegas acreditava mais em mim do que a pessoa pela qual eu estava apaixonado. Sem pensar e totalmente guiado pela raiva, aceno com a cabeça em resposta.
Vegas, então, pega um canivete no bolso de sua calça e dentro de alguns poucos segundos consegue abrir a fechadura das grades me libertando.- Vamos, não temos muito tempo - ele diz e segura minha mão correndo para fora daquele lugar.
Eu nunca havia visto aquele túnel sinistro, era como uma saída de emergência. Com certeza para caso de invasão na casa da primeira família.
Dentro de alguns minutos, estávamos do lado de fora nos fundos da casa do clã principal.- Quer pilotar? - ele pergunta com seu típico sorriso ladino, éramos como dois fugitivos.
Assinto para a pergunta e pego o capacete em sua mão não demorando muito a subir na moto, o espero fazer o mesmo e então dou partida ao sentir suas mãos segurarem em meu abdômen.
Estava livre.
Não graças a um dos que achei serem meus amigos ou a Kinn (seja lá o que fôssemos).
As luzes passavam depressa pela rua, os carros como flashes de uma câmera, a respiração quente em meu pescoço não me permitindo sentir outra coisa de não a sensação de liberdade.Eu estava adorando aquela sensação.
Era como um abrigo em meio a tempestade.Não me sentia livre somente daquelas grades e daquele lugar horrível, me sentia livre da sensação de insegurança.
Me sentia livre das garras asquerosas de Tawan.
Me sentia livre do ciúmes e da raiva que havia tomado meu peito quando os vi de mãos dadas.
Mas estava tudo bem agora.- Pra onde? - pergunto alto para que Vegas pudesse ouvir.
- Vire aqui - ele sinaliza uma estrada de terra deserta, assim, faço o dito.
Não demora muito até chegarmos ao fundo do que parecia ser um hotel, ao estacionar, desço da moto após Vegas o olhando depois de tirar o capacete:
- Hotel do meu pai, acho melhor não verem você na casa da segunda família já que está sendo acusado de traição - ele diz e então assinto. Se fosse colocar na balança também não seria uma boa ser visto com ele mas não estava ligando pra isso agora.