O Professor e Sophi.

Capítulo 4

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Malcolm ajoelhado em sua frente, segurando o gelo sobre seu tornozelo. Porque ele me ajudaria?

- Poderia ter se ferido, não precisava se envolver nisso. É perigoso. Sophi disse em tom baixo.

- Só achei ser a coisa certa a se fazer.

Malcolm a responde mas não tira seus olhos do tornozelo. Eles ficam em silêncio por um momento, que é interrompido com o celular de Sophi tocando. E quando ela olha a tela:

- Ahhh.. Que merda.

Malcolm a olha, e se levanta. Ela não atende, mas o celular volta a tocar. Ela respira fundo, se preparando para o que viria.

- Oi.

- Mas onde caralhos você está Sophi? Porra!!

Ela fecha os olhos.

- Eu tive um problema com o...

Freddy a interrompe.

- Haaa... Eu soube... e sabe como? Porque aquele desgraçado me ligou falando um monte de merda. Sabe que ele é um dos nossos clientes mais....

Ele faz uma pausa, Sophi pode ouvir ele chutando algo no outro lado da linha.

- Droga, você tem noção de quem ele é? E do prejuízo que está nos dando?

- Freddy, ele tava drogado, me agrediu. Não sou obrigada a passar esse tipo de coisa. Sophi argumentar.

- Me chamasse porra. Eu teria resolvido, e não teria criado esse problema. E quem é o cara que tava com você? Que socou ele?

Sophi olha Malcolm que está sentado na cama olhando em seu celular, não se sabe o quê.

- Ele, não é ninguém.

Freddy da uma gargalhada irônica.

- Sabe que comigo não se brinca Sophi, comigo não se brinca caralho. Então me fala, quem é a porra desse cara. Sabe que mais cedo ou mais tarde eu vou descobrir.

Ela sabe que realmente Freddy fará isso, e claro que Malcolm terá problemas.

- Você é um saco. Ele é só um antigo cliente que me reconheceu, e me tirou de lá, depois que aquele desgraçado me jogou no chão. Não aconteceu pior por causa dele.

- Aaaah. Que bonzinho ele é. Freddy irôniza. - Volte agora. Ordena.

- Eu... Eu vou pra casa, estou machucada, tornozelo torcido.

- Foda-se, porra. Quero você aqui, AGORA!

Sophi começa a tremer de tão nervosa, seu olhos enchem de lágrimas. Mas não é de medo, e de raiva , de ódio.

Malcolm olhava o celular apenas disfarçando, porque sua atenção estava em toda aquela conversa. O homem do outro lado da linha falava tão alto, gritando, que o professor podia ouvi-lo. Ele se levanta e se aproxima de Sophi.

- O avisa que vai ficar e passar a noite comigo, acerto o valor quando for. Malcolm disse em tom firme.

LEle se quer sabia o porquê estava fazendo isso, mas de alguma forma se preocupou com a segurança da garota. E antes que Sophi dissesse algo:

- Eu já ouvi o bom samaritano. Pelo menos não vamos ficar com a porra do prejuízo. Faz um serviço bem feito, não quero reclamações. Mas ainda vamos conversar sobre essa noite, não pense que vou deixar passar.

Freddy termina a ligação.

- Não precisava fazer isso. Sophi disse desconsertada.

Ela fixa seu olhar em seu tornozelo, enquanto fala. Malcolm percebeu que a garota sempre desvia seu olhar do dele, diferente da noite da semana passada.