*Maria Júlia*
Era sábado à noite, depois do café da manhã com as meninas e as revelações eu voltei para meu apartamento e dormi o dia inteiro. Pensei em sair hoje mas Helena disse que não iria pois estaria com Peter essa noite, Ana e eu pensamos em ir juntas, mas ela estava de tpm e com cólica e só queria ficar em casa essa noite.
Estava sentada no sofá assistindo a princesa e o sapo comendo pipoca sentindo o vento da noite vim da varanda e arrepiar meus pelinhos quando meu celular apitou, o peguei e sorri ao ver que era Hendrick.
"boa noite, bela dama, está por aí?"
"estou sim, boa noite Kavinsk." - respondi.
"queria saber se está afim de sair para comermos e beber um pouco, a noite me parece agradável e gostaria de sua companhia para aproveitá-la."
Fiquei alguns segundos encarando a tela do celular sorrindo, as vezes eu acho que ele pode ter saído de um livro para ser tão cavalheiro e sexy ao mesmo tempo. Parei de devaneios e o respondi.
"aceito, para onde vamos?"
"surpresa, princesa."
"chego aí dentro de 40 minutos, tempo suficiente para você?"
"não se atrase, não gosto de atrasos. beijos."
Desliguei a tela sorrindo e afundei meu rosto na almofada.
o que esse homem tinha que me deixava tão boba assim?
subi as escadas, tomei um banho e me arrumei, optei por um vestido soltinho branco e uma sandália bonitinha, soltei meu cabelo afim de deixar meus cachos respirarem e no rosto só passei um gloss. a noite estava fresca e não tinha porque exagerar.
alguns minutos se passaram e ouço a campainha tocar, olho meu celular e sorrio ao ver que ele não se atrasou, pego minha bolsa e desço, ao abrir a porta me deparo com Hendrick vestindo uma bermuda preta e uma camisa azul escuro e nos pés uma sandália. gostoso.
- Eu sempre tenho a impressão que você fica cada vez mais linda. - me analisa da cabeça aos pés e conclui. - é isso, você sempre se supera. - sorriu e me estendeu a mão.
Agradeci e sorri fechando a porta, pegamos o elevador e fomos ao estacionamento onde entramos em uma range rover preta. outro carro, é claro..
Demoramos a chegar ao local porque segundo Hendrick era um pouco mais afastado da cidade, assim que chegamos meus olhos brilharam ao avistar um bar à beira mar e sorri animada. Eu sempre amei a praia. Os ventos correndo soltos por todo meu corpo, meus cabelos voando, a sensação de liberdade..
- Pela sua cara suponho que tenha acertado. - segurei no seu braço e fomos caminhando pelo corredor que nos levava até as mesas, havia uma trilha de coqueiros entre eles que balançavam com o vento e faziam um barulho gostoso com as folhas se chocando uma na outra.
o cheiro de ar puro..
Respirei fundo e fechei os olhos caminhando por entre o corredor deixando essa sensação me apossar completamente. Soltei o braço de Hendrick e tirei minhas sandálias pisando na areia indo em direção as mesas.
Me virei e vi que ele me olhava como se gostasse da minha reação, o chamei e assim como eu ele tirou as sandálias e veio comigo.
Chegamos à mesa e ele puxou a cadeira para mim e logo em seguida fez os pedidos e a cerveja chegou logo depois.
- Não sabia que eu precisava tanto disso até estar aqui. - digo esperando ele terminar de me servir. Ele sorriu fraquinho e balançou a cabeça.
- Você parece uma criança que está em um parque de diversões com o passe livre para brincar em todos os brinquedos e comer todos os lanches que ela conseguir. - gargalhei e assenti.
- Eu amo a praia, sentir o vento soprando para todos os cantos, me sinto livre, me sinto pronta para qualquer coisa, ouvir as ondas do mar. - respirei fundo sorrindo para ele que me olhava feito bobo. - é o paraíso.
- Que bom que gostou, eu também gosto da praia, não tanto como você, pequena sereia. - sorriu e piscou para mim. - Como surgiu seu amor pelo mar?
parei por um segundo e a saudade me bateu forte.
- Minha mãe, ela amava o mar e sempre que podíamos meu pai nos levava para acampar, era maravilhoso. - respirei pesado abaixando a cabeça
Ele tocou minha mão gentilmente e me senti confortável para falar disso e assim segui.
- Eles eram muito apaixonados um pelo outro, meu pai fazia de tudo por ela. - levantei meu olhar para Hendrick que me olhava atentamente.
- Meus pais também são assim, somos uma família muito unida, como já disse a você. Mas aproveitando o momento de confissões devo dizer que meu amor pelo mar surgiu quando aprendi a surfar. - diz melancólico como se estivesse se lembrando de algo.
- Você sabe surfar? - perguntei estática.
- Sei, meu pai ensinou a mim e a meus irmãos. Irmãos me refiro a Peter e Miguel.
- Vocês são muito apegados, é admirável a relação de vocês.
- Somos uma família, faríamos de tudo um pelo outro.
A conversa entre nós dois fluía muito bem, em momento algum ele se mostrou ousado demais, conversávamos como bons amigos. Era bom estar perto dele, era confortável e aconchegante..
Gargalhei alto enquanto o ouvia continuar a história.
- É sério, você tinha que ver. - gargalhou e limpou as lágrimas que estavam saindo de seu olhos.
Ele estava me contando da vez que pintaram o cabelo de Miguel de rosa enquanto ele dormia.
- Ele passou um mês sem falar com a gente. - diz.
Era bom vê-lo assim, descontraído e feliz..
- Vocês são péssimos amigos. - digo sorrindo também.
Estávamos caminhando na areia de braços dados olhando para o céu estrelado sentindo o vento frio e ouvindo as ondas do mar que estavam bastante agitadas essa noite. Nos sentamos sob a areia e ficamos ali, em silêncio, apenas admirando a vista.
Eu não sabia o que de fato estava rolando entre nós dois, depois daquele beijo as coisas tinham mudado entre nós. Mas ele também não tentou mais falar sobre o ocorrido comigo. O que, para mim, foi bem melhor, eu não queria mesmo tocar no assunto do nosso beijo e ele entendia visto que não comentara nenhuma outra vez.
Voltamos para o bar onde deixamos nossas coisas guardadas em segurança e a pegamos, era hora de voltar..
Caminhamos em direção ao carro mas ao chegar perto da entrada avistamos um saxofonista que não estava lá quando chegamos, ele tocava uma música lenta e romântica. Só notei quando minha mão foi puxada me guiando para perto e Hendrick se virou para mim colando nosso corpos. Uma mão sua pousou no meio da minha costa e a outra manteve esticada entrelaçando nossas mãos, subi um braço levando-o ao seu ombro nos aproximando ainda mais e assim ficamos, dançando lentamente, encostei minha cabeça sob minha mão e sorri fraquinho.
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um capítulo boilinha para vocês 🥺🤏🏾
tá tudo correndo bem né? hmm... 🤔🤭
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Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros
RomanceTodo mundo merece a chance de viver um amor clichê como nos livros, todos merecem uma nova chance de ser feliz novamente. Mas será que Maria Júlia Romano conseguirá se entregar ao amor depois de tantos traumas? ela será capaz de deixar o passado de...