Capítulo 12.

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*Maria Júlia*

Era sábado à noite, depois do café da manhã com as meninas e as revelações eu voltei para meu apartamento e dormi o dia inteiro. Pensei em sair hoje mas Helena disse que não iria pois estaria com Peter essa noite, Ana e eu pensamos em ir juntas, mas ela estava de tpm e com cólica e só queria ficar em casa essa noite.

Estava sentada no sofá assistindo a princesa e o sapo comendo pipoca sentindo o vento da noite vim da varanda e arrepiar meus pelinhos quando meu celular apitou, o peguei e sorri ao ver que era Hendrick.

"boa noite, bela dama, está por ?"

"estou sim, boa noite Kavinsk." - respondi.

"queria saber se está afim de sair para comermos e beber um pouco, a noite me parece agradável e gostaria de sua companhia para aproveitá-la."

Fiquei alguns segundos encarando a tela do celular sorrindo, as vezes eu acho que ele pode ter saído de um livro para ser tão cavalheiro e sexy ao mesmo tempo. Parei de devaneios e o respondi.

"aceito, para onde vamos?"

"surpresa, princesa."

"chego dentro de 40 minutos, tempo suficiente para você?"

"não se atrase, não gosto de atrasos. beijos."

Desliguei a tela sorrindo e afundei meu rosto na almofada.

o que esse homem tinha que me deixava tão boba assim?

subi as escadas, tomei um banho e me arrumei, optei por um vestido soltinho branco e uma sandália bonitinha, soltei meu cabelo afim de deixar meus cachos respirarem e no rosto só passei um gloss. a noite estava fresca e não tinha porque exagerar.

alguns minutos se passaram e ouço a campainha tocar, olho meu celular e sorrio ao ver que ele não se atrasou, pego minha bolsa e desço, ao abrir a porta me deparo com Hendrick vestindo uma bermuda preta e uma camisa azul escuro e nos pés uma sandália. gostoso.

- Eu sempre tenho a impressão que você fica cada vez mais linda. - me analisa da cabeça aos pés e conclui. - é isso, você sempre se supera. - sorriu e me estendeu a mão.

Agradeci e sorri fechando a porta, pegamos o elevador e fomos ao estacionamento onde entramos em uma range rover preta. outro carro, é claro..

Demoramos a chegar ao local porque segundo Hendrick era um pouco mais afastado da cidade, assim que chegamos meus olhos brilharam ao avistar um bar à beira mar e sorri animada. Eu sempre amei a praia. Os ventos correndo soltos por todo meu corpo, meus cabelos voando, a sensação de liberdade..

- Pela sua cara suponho que tenha acertado. - segurei no seu braço e fomos caminhando pelo corredor que nos levava até as mesas, havia uma trilha de coqueiros entre eles que balançavam com o vento e faziam um barulho gostoso com as folhas se chocando uma na outra.

o cheiro de ar puro..

Respirei fundo e fechei os olhos caminhando por entre o corredor deixando essa sensação me apossar completamente. Soltei o braço de Hendrick e tirei minhas sandálias pisando na areia indo em direção as mesas.

Me virei e vi que ele me olhava como se gostasse da minha reação, o chamei e assim como eu ele tirou as sandálias e veio comigo.

Chegamos à mesa e ele puxou a cadeira para mim e logo em seguida fez os pedidos e a cerveja chegou logo depois.

- Não sabia que eu precisava tanto disso até estar aqui. - digo esperando ele terminar de me servir. Ele sorriu fraquinho e balançou a cabeça.

- Você parece uma criança que está em um parque de diversões com o passe livre para brincar em todos os brinquedos e comer todos os lanches que ela conseguir. - gargalhei e assenti.

- Eu amo a praia, sentir o vento soprando para todos os cantos, me sinto livre, me sinto pronta para qualquer coisa, ouvir as ondas do mar. - respirei fundo sorrindo para ele que me olhava feito bobo. - é o paraíso.

- Que bom que gostou, eu também gosto da praia, não tanto como você, pequena sereia. - sorriu e piscou para mim. - Como surgiu seu amor pelo mar?

parei por um segundo e a saudade me bateu forte.

- Minha mãe, ela amava o mar e sempre que podíamos meu pai nos levava para acampar, era maravilhoso. - respirei pesado abaixando a cabeça

Ele tocou minha mão gentilmente e me senti confortável para falar disso e assim segui.

- Eles eram muito apaixonados um pelo outro, meu pai fazia de tudo por ela. - levantei meu olhar para Hendrick que me olhava atentamente.

- Meus pais também são assim, somos uma família muito unida, como já disse a você. Mas aproveitando o momento de confissões devo dizer que meu amor pelo mar surgiu quando aprendi a surfar. - diz melancólico como se estivesse se lembrando de algo.

- Você sabe surfar? - perguntei estática.

- Sei, meu pai ensinou a mim e a meus irmãos. Irmãos me refiro a Peter e Miguel.

- Vocês são muito apegados, é admirável a relação de vocês.

- Somos uma família, faríamos de tudo um pelo outro.

A conversa entre nós dois fluía muito bem, em momento algum ele se mostrou ousado demais, conversávamos como bons amigos. Era bom estar perto dele, era confortável e aconchegante..

Gargalhei alto enquanto o ouvia continuar a história.

- É sério, você tinha que ver. - gargalhou e limpou as lágrimas que estavam saindo de seu olhos.

Ele estava me contando da vez que pintaram o cabelo de Miguel de rosa enquanto ele dormia.

- Ele passou um mês sem falar com a gente. - diz.

Era bom vê-lo assim, descontraído e feliz..

- Vocês são péssimos amigos. - digo sorrindo também.

Estávamos caminhando na areia de braços dados olhando para o céu estrelado sentindo o vento frio e ouvindo as ondas do mar que estavam bastante agitadas essa noite. Nos sentamos sob a areia e ficamos ali, em silêncio, apenas admirando a vista.

Eu não sabia o que de fato estava rolando entre nós dois, depois daquele beijo as coisas tinham mudado entre nós. Mas ele também não tentou mais falar sobre o ocorrido comigo. O que, para mim, foi bem melhor, eu não queria mesmo tocar no assunto do nosso beijo e ele entendia visto que não comentara nenhuma outra vez.

Voltamos para o bar onde deixamos nossas coisas guardadas em segurança e a pegamos, era hora de voltar..

Caminhamos em direção ao carro mas ao chegar perto da entrada avistamos um saxofonista que não estava lá quando chegamos, ele tocava uma música lenta e romântica. Só notei quando minha mão foi puxada me guiando para perto e Hendrick se virou para mim colando nosso corpos. Uma mão sua pousou no meio da minha costa e a outra manteve esticada entrelaçando nossas mãos, subi um braço levando-o ao seu ombro nos aproximando ainda mais e assim ficamos, dançando lentamente, encostei minha cabeça sob minha mão e sorri fraquinho.

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um capítulo boilinha para vocês 🥺🤏🏾

tá tudo correndo bem né? hmm... 🤔🤭

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Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros Onde histórias criam vida. Descubra agora