𝐍𝐎𝐉𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐄 𝐃𝐄𝐋𝐈𝐂𝐈𝐎𝐒𝐎

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𝕆𝕚𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕚𝕡𝕒𝕤 𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖𝕤𝕠𝕤!
𝕋𝕦𝕕𝕠 𝕓𝕖𝕞 𝕔𝕠𝕞 𝕧𝕠𝕔𝕖𝕤?

E nhain?
Mais uma one desses dois e essa vem com novidade.

Queria dizer que esse universo é algo beeem maior, mas como eu comecei a pensar nessa pequena cena, decidi que poderia trazer ela como aperitivo para vocês. Ela tem começo, meio e fim, antes que vocês fiquem pensando que vai ter um "CONTINUA" no final.
Relaxem, tudo sob controle.
Como algumas outras ones minhas, vocês não precisam saber do contexto todo do universo para entender ela, vai ser tranquilo. Literalmente isso aqui é um aperitivo, algo para vocês sentirem o que a história vai ser e agarrarem ela.
hahahahahahaha

Dito isso...
Sem mais delongas, aproveitem a jornada e boa leitura!
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O garoto de cabelos rosados mais jovem havia chegado primeiro no apartamento bagunçado, que ele dividia com o outro. Entrou pela janela como era de costume, só assim, não chamaria a atenção de alguns vizinhos fofoqueiros. Tirou a parte de cima do uniforme apertado e andou até a geladeira — já conhecia tanto daquele espaço, que não precisava acender nenhuma luz. Abriu a porta do refrigerador apenas para resmungar baixinho e reclamar de como Sukuna, seu companheiro de casa, era um irresponsável e havia esquecido de novo de comprar as coisas para abastecer os dois para a semana.

Ouviu um barulho baixo e olhou por cima do ombro, apurando a vista e os sentidos para identificar o que seria aquilo. Relaxou visivelmente ao sentir o cheiro amadeirado forte e a mistura excêntrica que ele tinha agora com o que provavelmente seria sangue. Típico do outro.

Yuji virou de volta para a luz alaranjada e abriu uma garrafinha de água, sorvendo um gole longo, sentiu a garganta relaxar e acomodar o líquido frio, do jeito que o jovem gostava. Do outro lado do cômodo — e também tendo entrado pela janela — outro corpo, bem parecido com o que agora engolia devagar a água gelada, estava parado. Sukuna também tinha os cabelos rosados, mas por escolha — havia secretamente pintado para ficar ainda mais parecido com o garoto que dividia a casa e a vida. O fez em segredo apenas para proteger o mais jovem. Ele atraía para si todos os males e perigos que Yuji poderia ter.

O mais velho olhou o corpo do outro ainda de costas, nem se importando de assegurar que realmente era alguém conhecido que havia cruzado a janela. Isso irritou Sukuna, mas ele sabia que Yuji sentia que era ele — talvez pelo cheiro característico do sangue nas suas roupas de mercenário. Ele podia dizer que também era pela falta de interesse em olhar quem chegava por trás — clássico jeito que o mais novo o recebia — e, claro, pelos pequenos arrepios e tremores de ansiedade, nas costas nuas voltadas para si. Chegou perto suficiente e não o tocou, soltou devagar o ar perto da nuca de Itadori e esperou, ou o menor encostaria o corpo no dele e deixaria de lado aquele momento de indiferença, ou ele se afastaria e continuaria esse tormento.

Curiosamente Yuji não fez nenhum dos dois. O mais velho sorriu e admirou os pelos mais curtos da base do cabelo do outro, ergueu a mão e com a ponta do indicador, coberto por uma luva espessa, contornou a marca de fios escuros, arrepiando ainda mais o corpo alheio. Yuji virou devagar, segurando a garrafinha apertada entre seus dedos. O mercenário entendeu o que aquilo significava, instantaneamente. Itadori está com vontade de discutir. Simples.

A língua sempre tão ferina de Sukuna deslizou pelos próprios lábios e o sorriso que deixavam o mesmo era cínico e sensual, mas não abalou o outro, que apenas o encarou, descendo o olhar caramelado para boca vermelha por recentes mordidas e possivelmente pelo sangue que havia espirrado ali após algumas mortes. O jovem fez um movimento negativo com o rosto e o voltou para os pés do outro, calçados por coturnos escuros e, agora, coberto de um líquido viscoso, marcando completamente o local que era pisado. Yuji respirou profundamente e voltou a olhar para o rosto tatuado do outro.

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