~ 02 ~

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Nolan acordou, um pouco zonzo e perdido, mas logo se viu amarrado com correntes nas mãos e pés e suspenso no ar, de pé, num laboratório e com dois seguranças o encarando.
— Cadê ela? ― Perguntou Nolan, sério, para os homens, que o ignoraram. — Cadê Ela? ― Ele perguntou, alto e furioso.
— Calma meu rapaz, sua namorada está bem. ― Um homem disse, sorrindo, vindo por trás dele.
— Só pode ser brincadeira... ― Nolan murmurou, sério, ao ver o rosto do homem, parado à sua frente.
— Nolan James, quanto tempo meu amigo, sentiu minha falta? ― Perguntou Hank, sorrindo.
— Desgraçado. ― Nolan resmungou, furioso.
— Calma Hank, deixa nosso amiguinho tomar uma água, se acalmar, antes da gente bater um papinho camarada com ele. ― Disse George, sorrindo.
— Aff, por que isso não me surpreende mesmo?! ― Nolan disse, bufando de ódio, ao ver o cara que ele e o FBI inteiro mais procurou nesses últimos anos, bem ali debaixo do seu nariz.
— Surpreso em me ver, agente James? Soube que está me caçando. ― O homem comentou, sorrindo debochado, fazendo seus capangas gargalharem animados.
— O que vocês querem comigo? ― Perguntou Nolan, frio.
— Com você? Nada, meu rapaz. ― Disse George, e ele o encarou sem entender.
— Nós só queremos a garota, você é só uma pedra no nosso caminho, mas vai ter sua utilidade agora. ― Hank disse, sorrindo, e ele encarou o homem, confuso.
— Te matar seria mais fácil, mas o Hank gosta desse negócio de joguinhos. ― Disse George, sério.
— Ela virá atrás dele, é a isca perfeita. ― Hank disse, sorrindo animado.
— Não queria te chatear, mas nós acabamos de nos conhecer, e acredito que ela não venha... ― Nolan começou a dizer, sorrindo debochado, antes de levar um soco na barriga do Hank.
— Então torce pra ela vir, senão você será um homem morto. ― Ele disse, bravo, antes de se afastar e sair da sala com George ao seu lado e os capangas logo atrás.
Nolan viu ali uma oportunidade de se soltar e fugir, mas foi em vão, estava muito bem amarrado, e não havia nada que pudesse o ajudar naquele momento.
— Saco. ― Ele disse, alto, se debatendo, antes de inspirar fundo e bufar com raiva.

Nolan estava cabisbaixo quando a porta da sala se abriu, mas não moveu um músculo se quer pra ver quem estava ali. A sala silenciosa ecoava apenas o caminhar apressado daquela pessoa, ele ergueu a cabeça curioso, pois não havia escutado nenhum insulto e também nenhuma ameaça. Um homem mais velho o soltava das correntes com uma certa dificuldade por causa da tremedeira de nervoso. Assim que o homem finalmente conseguiu soltá-lo, eles se encararam por longos segundos, como se eles se conhecessem de algum lugar mas não faziam ideia de onde.
— Vamos, antes que eles voltem... ― Disse o homem, sério e ansioso, antes de saírem rapidamente da sala.
— Por que me soltou? Quem é você? ― Nolan perguntou, curioso, enquanto o seguia pelos corredores.
— Sou o Dr. James, e eu preciso da sua ajuda. ― O homem disse, sério, o encarando.

Seguindo as instruções do homem mais velho, Nolan conseguiu chegar nos fundos daquela imensa mansão sem ser visto, mas quando pôs os pés no enorme quintal, viu uma bela mulher, muito destemida pulando o grande muro, Tabitha.
— O que faz aqui? Cê não pode ficar aqui, eles te querem. ― Nolan disse, sério, assim que se aproximou dela.
— Eu vim te salvar, mas pelo visto você se vira muito bem sozinho. ― Ela respondeu, sorrindo, o encarando.
— Eu tive uma ajudinha. ― Nolan respondeu, sorrindo.
— Como assim? De quem? ― Ela perguntou, séria, sem entender.
— Vamos, eu te conto no caminho. ― Nolan disse, sério, antes de se afastar.
— Que caminho? ― Tabitha perguntou, séria e curiosa, mas ele não lhe respondeu, continuou andando. — Fala logo, ou é segredo? ― Ela perguntou, séria, parando no meio do quintal.
— Bom, seu pai me ajudou. ― Ele respondeu, sério, a encarando.
— Meu pai? Ele tá aqui? ― Ela perguntou, confusa e ansiosa.
— Sim, ele está sendo obrigado a trabalhar pro George e pro Hank. ― Nolan respondeu.
— Pra quem? Quem são eles? ― Tabitha perguntou, o encarando, sem entender.
— Os caras que querem te pegar. ― Ele respondeu, sério.
— Então ele está correndo risco de vida, é isso? Eu preciso fazer alguma coisa. ― Ela disse, séria, antes de começar a andar em direção a porta dos fundos da mansão.
— Sim, mas... ― Nolan começou a dizer, sério, entrando na frente dela.
— Mas nada, eu vou tirá-lo daqui. ― Tabitha respondeu, séria, tentando passar por ele.
— Eu não posso deixar. ― Nolan disse, sério, ainda na frente dela, a impedindo de passar.
— Você não vai me impedir. ― Ela respondeu, brava, dando um leve empurrão no peito dele.
— Vou sim... ― Ele rebateu, antes de pegá-la no colo, e a colocar em cima do seu ombro.
— Me solta, você não pode fazer isso comigo. Não sou mais criança. ― Ela disse, brava, dando tapas nas costas dele, irada.
— Seu pai me salvou pra eu poder salvá-la, então sim, eu vou fazer isso com você. ― Nolan disse, sério, enquanto caminhava a passos largos em direção ao muro da mansão.
— Você está mentindo. ― Ela disse, brava, assim que ele a colocou no chão.
— Não estou, eu posso provar que... ― Nolan começou a dizer, mas um alarme soou bem alto, o interrompendo. — Merda. Vamos. ― Ele disse, a ajudando a subir no muro.
Assim que ela conseguiu subir, apareceu dois capangas, Nolan bufou antes de partir pra cima deles. Depois de desviar e levar socos e chutes, ele conseguiu derrubar o primeiro homem, o segundo foi mais fácil, mesmo ele estando armado com uma faca pequena, Nolan conseguiu desarmá-lo e jogá-lo no chão desacordado.
— Amador. ― Nolan murmurou, bufando, após subir no muro e pulá-lo, antes dos outros capangas aparecerem.

— Seu pai me disse que nós dois precisamos encontrar algum cientista que saiba lidar com isso. ― Nolan contou, sério, lhe mostrando um pendrive, no mesmo instante em que chegaram num local fechado e escondido, entre vários condomínios de casas.
— O que tem aí? ― Tabitha perguntou, séria, o encarando.
— Não sei, ele disse que você me daria as respostas e me contaria tudo sobre vocês. ― Ele disse, sério, a encarando.
— Depois, primeiro precisamos voltar lá e salvá-lo. ― Ela disse, séria.
— Não, não podemos Taby, seu pai me pediu pra fazer isso primeiro, que ele ficará bem. ― Ele respondeu, frio.
— Não. Se deixarmos ele lá, vão matá-lo. ― Respondeu Tabitha, furiosa.
— Você é muito teimosa hein. ― Nolan disse, irritado.
— E você é um mandão. ― Ela rebateu, brava, e os dois se encararam por alguns segundos.
— Vamos seguir com o plano. ― Ele disse, seco, desviando o olhar do dela.
— Você não manda em mim. ― Ela disse, furiosa. — Onde você tá indo? ― Tabitha perguntou, o vendo se afastar.
— Conheço alguém. ― Nolan respondeu, sério, sem olhar pra trás, ela bufou com raiva, mas depois o seguiu batendo os pés.

Andaram por quase duas horas, entre um mar de prédios, casas e floresta, em um completo silêncio, até pararem na frente de uma indústria abandonada no meio do nada. Tabitha o encarou quando o alarme soou, ele a olhou de soslaio, mas não moveu um músculo, até ver uma mulher muito bonita passar pela porta de entrada da tal indústria.
— Essa é a sua ajuda? ― Perguntou Tabitha, embasbacada.
— Sim. ― Nolan respondeu, sorrindo, encarando a mulher que se aproximava lindamente.
— Que linda. ― Tabitha comentou, boquiaberta.
— Sim... ― Nolan respondeu, hipnotizado, no mesmo instante que a mulher chegou perto deles, deu um sorriso sincero para a Tabitha, e um tapa bem estralado no rosto do Nolan.
— Uou. ― Tabitha disse, surpresa.
— O que você quer aqui? ― A mulher perguntou, séria, a encarando.
— Preciso da sua ajuda. ― Nolan disse, sério, a encarando.
— Sempre precisa. ― A mulher rebateu, fria, cruzando os braços.
— É caso de vida e morte. ― Ele insistiu.
— Sempre é. ― A mulher respondeu, fria.
— É muito importante, Susan. ― Nolan disse, insistindo.
— Não estou disponível. ― Ela respondeu, rude.
— Por favor. ― Nolan pediu, sério.
— Pedindo por favor? Qual a treta que você se meteu dessa vez? ― Susan perguntou, surpresa e sem entender nada.
Nolan e Tabitha se encararam por alguns segundos, e em seguida, quase no mesmo instante desviaram seus olhares para a cientista, Susan, que os encarou confusa e curiosa.

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⏰ Última atualização: Jun 08, 2022 ⏰

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