Capítulo 6

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Christopher= Hey, hey! – arregalou os olhos. – Onde vai?

Dulce= Ao banheiro. – sussurrou para ele. – Quando não estou com o seu filho no colo, estou com a sua filha pressionando a minha bexiga.

Christopher= Parece que tem sempre uma parte minha lembrando que você é a nossa parte preferida. – sorriu ao final e ela riu. – Me ama...?

Dulce= Te amo. – beijou-lhe os lábios. – Eu já volto.

Christopher= Vou contar os minutos! – brincou e ela negou com a cabeça enquanto se afastava.

A morena seguiu até o banheiro e respirou aliviada ao entrar na cabine, a gravidez estava apenas no início e as idas já eram tão frequentes.

Juana= Só estou dizendo que ela finalmente conseguiu o que tanto queria. – entrou no banheiro e Dulce franziu o cenho ao escutar a voz da mulher. – Vai se mudar e vai levar o Christopher junto. Agora veja, o menino está sofrendo, perdeu o emprego, vai perder os amigos e os familiares, e tudo para que? Para agradar a dondoca! – a outra voz concordou em seguida. – Ele estava dizendo para a minha irmã o quanto está infeliz, que está fazendo isso só porque a mulher quer! E pensar que Christopher era tão forte, tão decidido! – lamentou-se com a outra mulher. – Foi se deixar levar por uma brasileirinha trambiqueira! – bufou. – Mas é igual ao Alex, né? Está com aquelazinha nos Estados Unidos e não se dignou a vir no aniversário da sobrinha! Eu não sei que tipo de feitiço essas golpista jogam neles! – lavavas as mãos. – Mas vou dizer para a Alexandra, ah, eu vou! Ela tem que abrir os olhos do Christopher! Se a outra quer ir embora, que vá sozinha! Mas deixe o homem aqui, trabalhando, feliz, perto da família dele! No final das contas, a estrangeira sempre foi ela! Ela que é de fora da família mesmo! – os passos se distanciaram até que a morena notasse que estava sozinha outra vez.

Dulce abriu a porta da cabine e encarou a mulher, que terminava de secar as mãos com a outra senhora e que, a morena pôde reconhecer, era familiar de Carlos.

Permaneceu alguns segundos encarando Juana, então deu passos lentos e precisos até a pia, justamente ao lado da senhora. Inclinou o corpo e lavou as mãos, mantendo o olhar fixo na mulher através do espelho.

Logo afastou-se e secou as mãos lentamente. Seguiu até a porta do banheiro, tocou a maçaneta e então pigarreou, girando o rosto para Juana.

Dulce= Eu sinto muito. – abriu a porta. – Que a sua vida seja tão medíocre e a sua família tão falida, que você precise me ofender para ter algum tipo de satisfação pessoal. Espero que a Chloe não seja a única neta que te deixarão conhecer. – abriu um pequeno sorriso sarcástico e deixou o local.

Caminhou pelo salão sem olhar para trás, e já de longe avistou Christopher rindo com os familiares enquanto Gustavo permanecia esparramado no colo do pai e devorando a bolinha de frango.

Aproximou-se e sentou-se no mesmo lugar de antes, logo o marido pousou a mão em sua perna e aproximou a boca de seu ouvido.

Christopher= Quase morri de saudade. – sussurrou, e a voz saiu mais rouca que o normal. – Estava a ponto de ir atrás de você. – ela virou o rosto para ele. – Assim de apaixonado você me tem, vida.

Dulce forçou o sorriso, fez um leve carinho no rosto dele e lhe beijou a bochecha, logo voltou a concentrar a atenção no restante da família.

Gustavo logo terminou de comer e voltou a correr pelo salão, fazendo o pai acompanhá-lo mais uma vez.

Quarenta minutos depois, Maite decidiu que iria embora, e Dulce aproveitou a oportunidade para que também deixasse o local. Estava tão cansada, que nem mesmo perguntou a Selena a razão da morena não ter conversado com Christopher durante todo o aniversário.

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora