UNIDOS POR VOCÊ?!

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Dois dias depois, eu evito Alan o máximo que posso. Ele deixou minha bolsa com Paul. O presidente finalmente perdeu no xadrez e chegou o dia em que ele mesmo decorou a sala com flores. O que deu uma certa leveza no ambiente. Percebo que ele é um cara nobre e sinto culpa por engana-lo. E aos poucos, ganho sua confiança a ponto de ter a liberdade de caminhar por onde quiser, sem passe.
  A garagem Rogers está nos preparativos finais para ser inaugurada. Hannah é solta, Richy está finalmente livre também.  Phil está liberado e fica no apartamento com Jessy que insistiu muito em cuidar dele. Ela também decidiu cuidar do bar, e mesmo brigados, Dan também ajuda ela. O desconhecido parou de enviar ameaças e isso meio que me tranquiliza, mas também me deixa amedrontada. Digamos que, é a calmaria antes da tempestade. Envio uma mensagem com o que descobri para Alan sobre Michael e ele não responde de volta. O que me deixa frustrada. Após ser liberada da casa branca mais cedo, eu chego no apartamento, procurando minhas chaves. A porta do elevador abre e Alan sai, nossos olhos se encontram e eu digo:

- Não pude te agradecer por deixar minha bolsa em casa. Desculpe, esses dias foram corridos demais pra mim!

Ele sorri e diz:

- Você poderia depois vir conversar comigo sobre o que descobriu?

Eu digo:

- Claro. Vou só tomar um banho rápido e passo no seu apartamento!

Ele concorda e entra. Quando encontro as chaves, fecho a porta encosto na parede e suspiro forte dizendo:

- Seja o que Deus quiser.

Então abro a porta do quarto e Paul e sua esposa, dormem. Tomo um banho relaxante, uso uma roupa leve e me direciono ao apartamento de Alan. Eu bato duas vezes, silêncio total. Seguro a maçaneta e percebo que está destrancada. Quando a porta se abre, eu vejo a mesa  feita e velas. Na entrada há um caminho de rosas vermelhas e Alan coloca um vinho na mesa e diz:

- Aceita jantar comigo?

Aquilo me deixa tão feliz, um gesto simples, um jantar tão especial e ele teve o cuidado de fazer o caminho de rosas somente para que eu pudesse pisar. Ele se aproxima devagar, estende a mão e diz:

- Pode recusar se quiser, prometo que não ficarei com raiva e entenderei. Sei que seu coração pertence ao seu namorado, mas isso não me impede de lutar por você também!

Eu decido segurar a mão dele que me leva pra mesa e puxa a cadeira para que eu sente, então ele senta a minha frente e eu digo:

- Está tudo perfeito. Como sabia que eu sempre quis caminhar sobre pétalas de rosas?

Alan sorrindo diz:

- Como deve saber, sou bem observador. Quando recebeu o buquê, seus olhos brilharam e eu soube na hora, que gosta de rosas. Elas são como você, lindas por fora e ao mesmo tempo os espinhos, refletem sua garra e força pra ajudar seus amigos! Uma de suas qualidades que eu mais admiro.

Ele segura minha mão e pergunta:

- Você não sentiu nada, quando abrir sobre meus sentimentos para você?

Eu pego a taça de vinho e tomo num só gole, suspiro forte e digo:

- Mexeu comigo, não nego. Alan, você é um cara incrível. Literalmente eu não sei como olhar pra você depois do que me disse! Você bagunçou minha cabeça de um jeito diferente.

Alan se aproxima e diz:

- Podemos falar sobre o Michael e depois, falamos sobre nós dois. Pode ser?

DUSKWOOD- DEPOIS DO ADEUSOnde histórias criam vida. Descubra agora