Capitulo 7- aquele em que rosé recebe uma intimidaçao

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Seus olhos estavam meio apertados sobre um óculos escuro aviador. Não se lembrava de acordar tão cedo em um fim de semana, a não ser para ir para as aulas nos dias de sábado no ensino médio.

Se Rosé fosse sincera, aquilo não fazia muito tempo assim.

Mas lá estava ela, com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo alto, preso com firmeza no topo da cabeça,que emoldurava seu rosto de traços bonitos.

Concentrada nas ruas quase vazias, observava de soslaio sua melhor amiga com os pés em cima do painel do seu carro, comendo um biscoito recheado e tagarelando sem parar sobre dividir a mesma casa que a Kim Jisoo.

Manoban era o único ser humano que conhecia que comia biscoito recheado no café da manhã. Por outro lado, seu estômago não funcionava nas primeiras horas do dia, só de sentir o cheiro daquela coisa já lhe causava náuseas.

Não demorou para Rosé estacionar sua Mercedes utilitária preta e esportiva rente a calçada e apertar o botão, desligando carro. Seu vigésimo quarto bocejo naquela manhã foi audível.  

"Nossa, Rosé... quanta motivação..."

"Lisa, são sete horas da manhã. E você me forçou a fazer sua mudança... sério mesmo que você está me cobrando alguma coisa!? Sinceramente, nem sei se isso aqui é de verdade, ou um pesadelo... " Murmurou, virando sua cabeça e olhando a mansão através de lalisa.

Bem, se Rosé  pudesse escolher, certamente seria a segunda opção.

Mas tudo o que saiu da boca dela, além de farelo de biscoito, foi: "Quer um?"

Maneou a cabeça e seu suspiro foi profundo. 

"Vamos logo com isso, não quero, você sabe... me deparar com ela." Disse arregaçado a blusa branca de manga comprida, depois abriu a porta do carro, deslizando as pernas nuas sobre o couro preto para o lado, precisando dar um pequeno pulo para descer. 

Rosé vestia um short jeans destroyed de lavagem clara, sua camisa estava amarrada de lado em um nó e seus pés calçavam uma bota marrom com os cadarços desamarrados.

"Ah, Rosé... sério... você tem que se acostumar com a presença dela. E outra, depois do fora que você deu, acho bem difícil ela falar com você." Lisa disse assim que observou a mala sendo aberta pela amiga, tão próxima ao seu rosto que sentiu o vento do movimento passar rente ao seu nariz.

"Você acha?" Seu tom de voz saiu forte e seus olhos arregalaram por trás do seus óculos de sol, não escondendo a surpresa enquanto pegava a primeira caixa e estendia para Lisa.

"Não! Acho que ela vai fazer da sua vida um pesadelo..." Falou divertida – os lábios carnudos formando um sorrisinho torto e o nariz levemente descentralizado que enrugava com o movimento.

Depois precisou agir rápido para segurar o objeto, seus braços baixaram em consequência do peso.

"A gente não está em um?"Roseanne resmungou.

"Você provavelmente." Deu de ombros enquanto girava nos calcanhares e ia em direção a porta da casa.

"Mas eu... eu vou entrar no meu sonho agora..." Assim que terminou de falar, topou o pé no degrau da pequena escadinha que dava a porta. Por muito pouco não derrubou a caixa e metia a cara nela.

"Não diga nada!" Lisa imediatamente adicionou em quase um grito, se virando para amiga com uma cara feia.

Rosé chegou a emitir o som da risada, engolindo no mesmo instante. Além da gargalhada, segurou também o comentário maldoso e apertou os lábios ao mesmo tempo que levantava as mãos em rendição.

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