Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros

Capítulo 17.

*Hendrick*

- Alô? - atendi ao telefonema de minha secretária.

- Sr Kavinsk, tem uma mulher aqui querendo falar com você, ao que parece é urgente e ela diz ser uma amiga sua e da família também.

- Quem é? - perguntei intrigado

- Renata Village, senhor. - travei na cadeira e respirei fundo, Renata..

Renata Village é a minha ex-namorada, vem de uma família extremamente rica, nós namoramos por 3 anos. Nossos pais são bastante amigos, o que ajudou bastante para a nossa aproximação. O namoro foi bom e éramos bons amigos, não tenho nenhum rancor dela ou algo do tipo, só não dava mais certo, eu já não me sentia confortável com ela então terminei, ela é uma pessoa boa, mas também é bastante mimada.

Ela não queria terminar e por um tempo tentou reatar e toda a sua família me pressionou muito para que voltássemos. Mas eu já estava decidido. Já fazia uns anos que não à via e para mim era uma surpresa ela aparecer assim, tão de repente.

- Mande entrar. - ordenei

Não demorou muito para que ela passasse pela porta, ela não havia mudado nada, cabelos longos loiros e liso, olhos verdes e corpo curvilíneo.

- Você está cada vez mais bonito, Hendrick. - sorriu e sentou-se à minha frente. - como vão as coisas?

- Bem, como está sua família?

- Todos bem, sentimos sua falta, papai vive relembrando da época em que jogavam tênis juntos.

Franzi o cenho e assenti

- Então, qual a urgência? - mudei de assunto, não me levem à mal, mas passado é passado.

Ela limpou a garganta e prosseguiu

- Papai quer abrir um novo negócio e quer que você e ele sejam sócios, e como eu estou trabalhando com ele agora, estou à frente disso. - Isso é bom..

- Queremos abrir uma empresa de moda, Moda Village companys. E Queremos que sua empresa compre algumas ações. O que será um ótimo lucro para você, pois você sabe que nossas empresas são de muito sucesso.

O que não era mentira, a família Village é conhecida por ter empresas de grande sucesso espalhadas por vários cantos do mundo e as possibilidades desse negócio darem certo são enormes, se eu me tornar sócio deles posso ganhar muitos lucros com isso, não posso perder uma oportunidade dessa.

- Papai gosta muito de você, Hendrick. - continuou - Esse negócio será bom para ambos, pense nisso, queremos nos aproximar de novo. Quando tiver uma resposta me ligue, você salvou meu número?

- Era você naquela mensagem? - perguntei surpreso, nem passou pela minha cabeça que fosse ela quem mandara.

- Sim, meu número novo, depois salve-o e me procure quando souber a resposta. - diz me olhando com um olhar diferente...

- Tudo bem, eu pensarei melhor nisso e direi a resposta à você. - digo por fim, precisava pensar bem nisso, apesar de ser uma ótima proposta ainda sim corria o risco de dessa vez não dar certo, me trazendo prejuízos e no momento, não é isso que eu quero, se eu falhar Jace Forts estará na minha cola para me ultrapassar.

- Se você fechar esse negócio, irá trabalhar comigo, você sabe que somos bons juntos, como nos velhos tempos. - ela sorriu e continuou - Poderíamos sair um dia desses para almoçarmos, ou quem sabe reunirmos às famílias, mamãe e papai vão tentar marcar um almoço com seus pais, estou ansiosa para ver Peter e Miguel.

Catarina e João são os pais de Renata, eles são boas pessoas assim como ela, eu também gosto deles e então tive uma ideia.

- Bom, mamãe vai dar um baile beneficente em breve, se você quiser ir será muito bem-vinda por nós, e seus pais também, claro.

- Bem a cara da dona Marina mesmo, eu adoraria ir - ela abaixou o rosto como se estivesse envergonhada e quando subiu notei que estava um pouco corada - como me convidou, devo presumir que será meu acompanhante ao baile? - perguntou tímida e congelei engolindo em seco. e agora?

- Eu sinto muito, Renata. Há outra pessoa à quem eu quero que me acompanhe ao baile.

Ela prendeu o ar e por um momento vi tristeza em seus olhos.

- Há outra mulher.. - sussurrou baixinho de cabeça baixa e levantou seu olhar novamente - Ela é uma sortuda, espero que ela saiba disso. Bom, eu tenho que ir, com licença, Hendrick.

Levantou-se e saiu em direção à porta sem nem esperar eu me despedir. Respirei fundo tenso com toda a situação e me encostei na cadeira. Eu não queria ser o responsável por magoar os sentimentos de alguém e principalmente dela, que viveu ao meu lado por um certo tempo e eu à conheço como ninguém. Não queria ser o causador da dor em seu coração tão bondoso..

Meu telefone tocou me tirando do transe e todo o peso que sentia esvaiu do meu corpo quando vi que era Júlia.

- Resolveu resgatar seu príncipe? - ouvi a risadinha baixa do outro lado da tela e sorri junto também.

- Não seja bobo, é que daqui a pouco irei em um almoço com sua mãe para organizar as coisas do baile e ela falou diretamente comigo pedindo para que levasse às meninas também. O que foi isso?

- Não se preocupe, ela só quer conhecer vocês porque o bocudo do Miguel comentou sobre para ela. Sabe que ele não controla a matraca dele né.

- Claro, tinha que ser ele, bom então.. era apenas isso - ela hesitou um pouco e voltou a falar novamente com a voz rouca e baixa, tão sexy.. - Kavinsk, eu.. eu só queria dizer que.. - passou um minuto e nada

- Que? - perguntei baixinho

- Que estou grata por ter falado dos meus serviços para sua mãe, obrigada, até mais.

Desligou na minha cara e sorri ladino, pelo visto estava dando certo..

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e essa Renata aí em? 👀

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