Polaroid effect-chaennie

Capitulo 9- aquele da cena em que rosé poderia ter evitado

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O projeto arquitetônico futurista harmonizado pela alvenaria, vidro e madeira se assomava na sua frente. Ela ficou um tanto impressionada pela casa que os irmãos park moravam. Não por ser grande, Jennie era acostumada com a grandiosidade das coisas, mas por ser de muito bom gosto, e isto era raro.

A primeira coisa com a qual se deparou ao cruzar a porta de comprimento e largura exagerada foi a escada de madeira em degraus suspensos, enfiados na parede toda de pedra. O vidro que acompanhava a subida até o primeiro andar servia de proteção e dava um ar moderno, sofisticado e charmoso.

A coreana não conseguiu vislumbrar nada lá em cima. Pois ficou admirada pelo jardim exatamente embaixo da escada, em plantas bonitas e baixas, onde se misturava aos seixos de diversas cores.

Por um momento até questionou a veracidade da vegetação, mas julgando pelo que ela estava vendo, parecia ser de verdade mesmo. Viu Jisoo ao seu lado de soslaio levantar as sobrancelhas em uma expressão um tanto impressionada, deduziu que ela havia feito o mesmo questionamento, no entanto nenhuma delas externou isso.

Seguindo pelo corredor, Jennie não conseguia escutar o som dos seus próprios sapatos de grife estilo boneca, pretos envernizados baterem contra o porcelanato que imitava concreto, pois o som alto, somado a conversas paralelas, cruzou a sala e chegou aos seus ouvidos.

Contorceu o rosto com o incômodo.

Ela não gostava de barulho, de festas e tinha horror a aglomerações. Então sempre que podia, evitava certos tipos de coisas que envolvessem principalmente lugares fechados e com muitas pessoas. Não havia sido diagnosticada com nada relevante, mas era inegável o quanto se sentia mal nessas ocasiões.

Quase sempre era a última a chegar, e a primeira a sair.

Sentiu as mãos da sua melhor amiga de longas datas segurar seu braço para conduzi-la por um caminho que as fariam desviar das pessoas ao cruzarem a sala, que era completa com uma TV de sei lá quantas polegadas e um sofá enorme em formato de R sobre um tapete que cobria quase o cômodo inteiro.

Passaram pela porta de correr de vidro com detalhes em madeira que era quase do tamanho de uma parede completa.

Sentiu o aperto no seu braço se intensificar ao se deparar com uma quantidade maior de gente, que ia e vinha pelo terraço espaçoso, em volta da piscina aquecida. Um tanto impressionante, diga-se de passagem – seus azulejos tinham uma coloração mais puxada para o verde e seu formato era retangular. Tão comprida que ia de uma extremidade a outra, acompanhando o espaço coberto do terraço. E no centro dela existia uma espécie de quadrado em pedras brancas, formando uma área rasa. Tão rasa de poder andar sobre ela, e até sentar-se.

Mas o que chamou a atenção da garota, que era a cara da Korea, ao ponto dos seus olhos peculiares brilharem, foi perceber uma mesa de sinuca quase na extremidade do ambiente do lado oposto ao bar, e praticamente arrastou sua amiga para lá.

Jennie amava sinuca, era quase seu passatempo preferido nos tempos de escola, mas nos dias atuais quase nunca tinha oportunidade de jogar.

Havia dois garotos em volta da mesa, entretidos – um de cabelos tingidos de azul que tinha acabado de fazer uma jogada, e outro que observava a bola branca correr sobre o material aveludado verde, este possuía um cigarro entre os lábios finos e passava giz na ponta do seu taco.

O garoto de cabelo colorido ajeitou a postura e pegou um copo vermelho de plástico repousado em uma das quinas da sinuca e quase se engasgou. Depois bateu no braço do outro.