VII - Não podemos mais esperar

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Rebeca então se levanta e fala a Vicent que está pronta para continuarem.

A noite estava fria em Ravika, o jovem rapaz finamente havia chegado a casa amarela, então bateu cuidadosamente na porta com medo de fazer um enorme barulho. A maçaneta se vira e uma claridade do outro lado, de dentro da casa um senhor baixo e gordinho aparece e se depara com o rapaz segurando um saco a frente de sua casa.

- Posso ajudar em alguma coisa jovem rapaz? Parece cansado.

- Eu sou Arthur, os guardas da entrada da cidade me falaram que um morador desta casa conhecia meu pai e que gostaria muito de me conhecer também.

- Não pode ser! Não estou acreditando, será que você é filho de quem estou pensando?

- Meu pai se chamava Gomide Lehman - responde o rapaz na esperança de estar falando com a pessoa certa.

- Então eu estava certo no meu pensamento, como você cresceu garoto. Lembro que seu pai o trazia no colo quando vinha a minha casa.

- Então eu estou com umas mercadorias neste saco e preciso de dinheiro. Os guardas me enviaram até aqui, o senhor pode me ajudar?

- Rapaz seu pai era um grande vendedor, sabe quem cometeu o assassinato dele? Eu sou Ycaro o comandante de Ravika.

Arthur se espanta com a lembrança do seu grande herói da vida. Porque ele lembrou deste detalhe? Queria muito sair correndo de lá, mas ao mesmo tempo agora não só precisava de ajuda como também descobrir quem havia assassinado seu pai.

- Senhor Ycaro eu tenho aqui estes... - antes de Arthur continuar o baixinho o puxa para dentro de sua casa e fecha a porta.

- Garoto cuidado, não pode se arriscar assim. Agora vamos ver o que tem aí.

Então o garoto abre o saco e revela os seus relógios para que o homem baixo careca com uma enorme barba branca, ficando admirado com o que vê.

- Minha nossa, esses relógios garoto aonde os encontrou? São muito raros não vemos desses modelos a anos. E por sinal não tem nenhum arranhão - pegando um por um e colocando de lado.

- Eu os achei durante uns cinco anos na encosta do mar, mas não os roubei como os guardas devem ter achado.

- Eu acredito em você Arthur, o seu pai era um grande homem, assim como você, ele achava itens de muito valor e os comerciantes não queriam comprar com medo de ser mercadoria roubada, aí ele vinha até mim e eu o ajudava.

- E como foi que mataram ele? - perguntou o garoto.

- Quer mesmo saber? - alerta Ycaro.

- Sim, eu sempre quis saber. Meu pai me ensinou muito do que sou hoje, e não tive tempo de agradecer, última vez que o vi, tinha apenas 10 anos, ele me ensinava muita coisa mesmo.

- Esta bem! Seu pai, como informei era um grande homem, um dos melhores mercadores que passavam por aqui. A fama dele foi crescendo e as invejas começaram a surgir. Ele por incrível que pareça adquiriu o costume de desconfiar de todos, e todas as vezes no caminho olhava para os lados com frequência para saber se não estava sendo perseguido. Certo dia ele veio até mim com um saco cheio de pedras preciosas, decidiu vir mais tarde, e ao bater na minha porta um homem surgiu e o acertou pelas costas atravessando a espada em seu corpo, mas não conseguiu pegar a mercadoria, pois no mesmo momento eu abri a porta, e infelizmente no escuro não consegui reconhecer o sujeito que já corria até sumir de minha vista. Peguei as pedras preciosas e as enterrei em meu quarto em homenagem a ele. Não eram minhas, ele veio na intensão de vendê -las.

- Arthur então chorou muito com o que aconteceu, finalmente havia descoberto como seu pai havia sido morto. Mas uma coisa ele não tinha entendido e perguntou a Ycaro.
- Como soube que foi atacado por trás se o assassino fugiu?

Os Reinos de Oregon - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora