Funcionário do departamento de Execução das Leis da Magia, Beto era um "bom" homem, tinha três filhos e uma bela esposa.
Neste exato momento, Beto caminhava rapidamente em uma estradinha rural ladeada por cercas vivas amaranhadas, sob um céu de verão vivo e azul como misótis. Beto usava suas roupas de trabalho fora, roupas que para ele, servia como um desfase, que muitas vezes usava para se disfarça de trouxa; no caso casaca e polainas por cima de uma roupa de banho listrada e inteiriça.
Beto caminhará a uma distância sem nada ver exceto as cercas, e a vastidão do céu azul. Até então ele fazer um pequena curva para a esquerda e despencar, íngrime, descendo a encosta do morro, permitindo que inesperadamente, descortinasse um panorama de um vale inteiro, ele viu uma aldeia sem dúvida Little Hangleton, aninhada entre dois morros escarpados, a igreja e o cemitério bem aparentes. Do outro lado do vale, engastada na falsa do morro oposto, havia uma bela casa senhorial rodeada por um vasto e veludoso gramado.
Ele diminuiu a marcha diante do acentuado declive da ladeira. O caminho era torto rochoso e esburacado, descia o morro como o anterior e parecia conduzir a um arvoredo, sombrio um pouco mais abaixo. De fato, o caminho logo desembocou no arvoredo, e Ogden parou, que se detivera para puxar a varinha.
Apenas do céu desanuviado, as velhas árvores projetavam sombras profundas, escuras e frescas, Ogden levou alguns segundos para enxergar a casa semi-oculta entre seus troncos. pareceu-lhe um lugar estranho para se construir uma casa, ou então uma decisão curiosa a visão do vale. Ele se perguntou se estaria mesmo está casa sendo habitada; as paredes estavam cobertas de musgo e havia caído tantas telhas que em alguns postos as traves estavam visíveis. Cresciam urtigas em volta e suas hastes alcançavam as janelas pequenas e grossas de sujeira. Quando acabara de concluir que era impossível que fosse habitada, uma das janelas se abriu com estrépito e deixou sair um foi de vapor ou de fumaça, como se alguém estivesse cozinhando.
Ogden se adiantou em silêncio.
Quando as sombras das árvores o encobriu, ele tornou a para com os olhos fixos na porta de entrada, a qual tinham pregado uma cobra morta.
Ouviu-se, então, um farfalhar e um estalo, e um homem andrajoso despencou da árvore mais próxima, caindo de pé diante de Ogden; este pulou para trás tão rápido que pisou nas abas da casaca e se desequilibrou.
- Enshineishi.
O homem á frente tinha cabelos espessos tão entremeados de sujeira que não dava para destinguir a cor. Faltavam-lhe vários dentes na boca; e os olhos, pequenos e escuros, olhavam em direção oposta. Sua aparência poderia ter sido cômica, mas não era; produzia um efeito assustador, Ogden recuou alguns passos antes declamar.
- Ãh... bom-dia. Sou do Ministério da Magia...
- Enshineishi.
- Ãh... Desculpe... não estou entendendo - respondeu Ogden nervoso.
Ogden estava sendo extremamente obtuso; em sua opinião, o estanho fora muito claro, principalmente por que brandia uma varinha em uma das mãos e uma faca de lâmina curta ensanguentada, na outra.
Ogden não entendia nem uma palavra do que o homem a sua frente dizia.
Mas quando tornou a olhar a cobra na porta repentinamente, descobriu; ele estava falando a linguagem das cobras.
O homem andrajoso agora avançava para Ogden, mas tarde de mais: ouviu-se um estampido e ele foi para no chão, apertando o nariz, que espirrava em seus dedos uma gosma amarelada e feia.
- Morfino! - gritou uma voz.
Um homem mais velho saiu depressa da casa batendo a porta ao passar e fazendo a cobra balança pateticamente. Este homem era mais baixo do que o primeiro e tinha estranhas proporções; os ombros eram muito largos e os braços compridos demais, o que, juntamente com os olhos vivos e castanhos, os cabelos espessos e curtos e o rosto enrugado, dava-lhe a aparência debrum macaco idoso e forte. Parou ao lado do homem com a faca, que agora soltava gargalhadas ao ver Ogden no chão.
- Ministério é? - perguntou o homem mais velho, olhando Ogden com arrogância.
- Correto! - confirmou ele com raiva, limpando o rosto. - E o senho, presumo ser o senhor Gaunt?
- Isso. Ele acertou seu rosto, foi?
- Foi! - retorquiu Ogden.
- O senhor não deveria ter anunciado sua presença? - perguntou Gaunt agressivamente. - Isto é uma propriedade privada. Ninguém pode ir entrando e esperando que o meu filho não se defenda.
- Defenda de quê, homem? - Contestou Ogden, se levantando.
- Bisbilhoteiros. Invasores. Trouxas e Ralé.
Ogden apontou a varinha para o próprio nariz, de onde continuava a escorrer uma abundante secreção semelhante a pus, e estancou p corrimento. O Sr. Gaunt disse a Morfino, pelo canto da boca.
- Shinfaishen
Desta vez, alertado, Ogden reconheceu a língua que o homem falava; mas não o que era dito. Morfino deus a impressão de que ia discordar, mas, quando o pai ameaçou-o com um olhar, ele mudou de ideia; saiu em direção a casa com uma estranha ginga e bateu à porta fazendo a cobra balançar tristemente.
- Foi o seu filho quem vim ver, sr, Gaunt - explicou Ogden, enxugando o resto do pus na frente da casaca. - Aquele era o Morfino, não?
- Ãh, era o Morfino - confirmou o velho, indiferente. - O senhor tem sangue puro ? - perguntou Ogden com frieza, Ogden sentiu seu respeito pelo bruxo crescer.
Aparentemente isto fazia a diferença para Gaunt. Ele estudou o rosto de Ogden e resmungou em um tom dedicadamente ofensivo.
- Pensando bem, já vi narizes igual ao seu na aldeia.
- Não duvido nada, se o senhor costuma a soltar seu filho contra eles. Que tal continuarmos essa discursão dentro da casa?
- Dentro?
- É, Sr. Gaunt. Ja disse que estou aqui por causa de Morfino. Enviamos uma coruja...
- Não estou interessado em corujas. Não abro cartas
- Então o senhor não tem razão para reclamar que as visitas apareçam sem avisar - retrucou Ogden, mordaz. - Estou aqui porque ocorreu uma séria violação das leis bruxas nas primeiras horas desta manhã...
- Está bem, está bem, está bem! - berrou Gaunt. - Entre na maldita casa, então, mas não vai lhe adiantar muito!
A casa parecia conter três cômodos minúsculos. Havia duas portas no cômodo principal, que servia da sala a cozinha. Morfino estava sentado em uma poltrona imunda ao lado do fogão enfumaçado, enrolando uma cobra entre os dedos grossos enquanto cantava baixinho em sua linguagem.
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Voldemort em Memórias de um Lorde das Trevas
FantasiaConheça a história de; Você-sabe-quem, contada por outras vítimas. Saiba o que Voldemort foi capas de fazer, para chegar até onde chegou... Leiam e deixem seu comentário... Serei grato por isso !