— Hey eu tô com fome. – Jisung fala e se joga na cama do mais velho.
— E eu com isso? – Minho pergunta mexendo no celular sem dar muita atenção para o garoto.
— Só tem eu e você na casa, e eu não sei cozinhar.
— Pede comida uai.
— Pensei nisso, mas nenhum lugar está fazendo entrega essas horas da madrugada. Vou morrer de fome. – Jisung fala de forma dramática. Minho olha para o garoto e solta um suspiro cansado.
— Vem, vou te ensinar a fazer alguma coisa. – Minho fala levantando da cama indo em direção a cozinha. — Você precisa aprender a cozinhar, não vou estar para sempre do seu lado pequeno Han. – Passa o braço por cima dos ombros alheio.
— Claro que vai, você é imortal grande Lee. – Abraça a cintura de Minho e juntos vão para a cozinha.
[...]
— Já pensou o que vai fazer quando tiver mil anos? – Jisung pergunta de olhos fechados, enquanto, recebe carinho no cabelo.
— Você sabe que eu não sou imortal mesmo né? – Minho pergunta parando o carinho.
— Claro que é. Você nunca vai morrer. – Fala e puxa a mão do mais velho para continuar o carinho.
Quando Minho ia responder, ele começa a tossir colocando a mão na frente da boca.
— Tá tudo bem? – Jisung pergunta ainda com os olhos fechados.
— Tá sim. Só engasguei com a saliva. – Minho responde olhando assustado para a palma de sua mão que possuía pequenas gotículas de sangue.
[...]
— Hey tá tudo bem? Você não apareceu em nenhum dos ensaios hoje. – Jisung pergunta após entrar no quarto e encontrar Minho ainda de pijama deitado na cama.
— Estou bem, só um pouco cansado. – Minho responde com a voz fraca.
— Ok. – Jisung solta um suspiro cansado, ele sabe que o mais velho está mentindo. — Precisa de alguma coisa?
— De carinho. Deita aqui comigo. – Minho pede de forma manhosa.
Jisung deita do lado do mais velho e o puxa para o seu peito. Ele sabe que tem algo de errado acontecendo, só nessa semana Minho foi ao hospital duas vezes.
Sempre que o mais novo tenta perguntar o que aconteceu Minho muda de assunto ou simplesmente ignora a pergunta.
[...]
— Ajuda, rápido. Ajudem aqui. – Hyunjin desce as escadas com Minho no colo aparentemente desacordado.
— O que aconteceu? – Chan pergunta pegando o garoto do colo de Hyunjin e correndo para fora colocando ele no banco de trás de seu carro.
— Eu não sei, cheguei no quarto dele e o encontrei caído no chão desacordado. – Hyunjin tenta explicar rápidamente colocando uma bolsa com os documentos do mais velho, que ele pegou quando percebeu que Minho estava desacordado, no banco da frente junto a Chan. — Cadê o Jisung? – Pergunta e senta atrás apoiando a cabeça de Minho em seu colo.
— Saiu. – Chan responde dando partida no carro indo direto para o hospital.
[...]
— Hey. – Minho fala vendo Jisung entrar no quarto do hospital que ele está ficando.
— Porque não me contou? – O Garoto pergunta com voz de choro.
— Não queria te preocupar.
— Bom, não funcionou né. Estou preocupado agora. – Jisung fala de forma sarcástica com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto.
— Desculpa. – Minho responde abaixando a cabeça.
— Tudo bem, a gente não tem com o que se preocupar. Esqueceu? Você é imortal. – Jisung limpa algumas lágrimas que insistiam em escorrer e tenta dar o seu melhor sorriso para o mais velho.
[...]
Jisung foi até a cantina do hospital buscar um copo de café e já estava voltando para o quarto do mais velho. Afinal, não queria deixar o garoto sozinho por nada. Já faz um tempo que Minho está no hospital, cada dia que passa ele piora mais.
— Com licença. – Um médico fala passando por Jisung correndo com várias enfermeiras atrais.
Jisung reparou que eles iam na direção do quarto de Minho e começou a correr na mesma direção sem se importar em parar para pedir desculpa quando esbarrava em alguém. Ele viu o médico e as enfermeiras entrarem no quarto do mais velho e rapidamente apressou os passos, mas foi impedido por Chan que o segurou o impedindo de entrar no quarto.
— ME SOLTA. – Grita tentando se soltar de Chan.
— Você não pode entrar lá agora. – Chan fala tentando impedir o garoto de se soltar. Changbin vendo a dificuldade do líder rápidamente se aproxima e o ajuda a segurar Jisung.
— Por favor eu preciso ver ele. – Jisung implora com algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, que cada vez desciam mais por medo do que poderia acontecer com seu grande Lee.
[...]
— Eu sinto muito. – Mais uma pessoa fala para Jisung, mas ele não faz nem questão de prestar atenção em quem foi.
— Quer carona para casa? – Felix pergunta apertando de leve o braço do amigo que não parava de encarar o túmulo a sua frente, torcendo para o mais velho sair dali de dentro falando que ele era idiota por realmente acreditar que ele havia morrido. Afinal, ele era imortal não é?
— Vou te esperar no estacionamento, demore o tempo que precisar. – Felix da um tapinha de leve no ombro alheio e vai para o estacionamento esperar o amigo.
— Você não pode me deixar. Eu preciso de você aqui. A gente ia viajar o mundo a fora lembra? Iríamos fazer uma turnê pelo mundo todo. Iríamos ser sempre nós dois. Íamos para Las Vegas nos casarmos em uma daquelas capelas que se encontra em qualquer esquina, a empresa acharia que fizemos por brincadeira, mas eu, vc e nossas fãs saberiam o quanto aquilo significaria para gente. Você não podia ir embora assim, sem me levar junto. Eu preciso de você aqui comigo, não sei o que fazer sem você. Você era meu mundo, meu ar que eu respiro. Como vou viver sem você do meu lado?! – Jisung fala se jogando no chão sem nem tentar segurar as lágrimas, querendo que aquela dor insuportável no peito fosse embora junto com elas. — Era pra você ser imortal.