A jovem fada se senta na grama
apreciando o cheiro da vida e das rosas ao seu redor
atrás de si uma enorme floresta se estende ao longeSuas folhas eram azuis como seus cabelos
E seus troncos eram da mais escura essência
Algumas árvores ao longe ficam em chamas, chamas de lamúria e iraA fada não se move nem mesmo um centímetro, ou leva um dedo
Aquela floresta faz parte dela, suas chamas são como seus gritos
agudos e lamuriososSeu par de asas atrás dela se move a medida do rajar do vento
Aquele que é silencioso e lento
como um desabrochar de uma rosa
Em seus pequenos dedos apertada sobre suas juntas um pequeno lírio tenta escaparela se recusa a solta-lo
De seus lábios saem palavras e frases desconexas para quaisquer outros que chegam perto
Ela conversava com alguém sem ao menos ter outra presença além delaos outros a chamam de louca
mas ela sempre acredita que existe mais coisas que nossos olhos medíocres podem ver( Ela não estava sozinha)
A mesma jogava palavras ao ar com o vento a sua frente
Era a lua falando com ela
Dizendo que se apaixonou novamentea fadinha ria e ria com suas palavras
para qualquer um ela seria louca ou solitária demais com aquele lírio que andava com ela pra cima e para baixose perguntassem ela dizia
" É um fragmento da minha amante que eu ainda espero"No fim ela não era louca, apenas um espirito livre de olhos abertos
( Meu querido amor, você é como um lírio que carrego para cima e para baixo estando a sua espera, não tenha medo pois te envolverei com minhas asas e te amarei até a lua)